19 de dezembro de 2016

História verídica de um milagre no Natal da Hungria

A maravilhosa história que vamos narrar trata-se de um fato que ocorreu no Natal de 1956 na Hungria. Ela foi revelada por um sacerdote chamado Nobert, um dos últimos fugitivos na época da perseguição comunista russa contra a Igreja Católica na Hungria. Esta história, apesar de ser encontrada com diferentes detalhes em sua narração, é verídica. Eis como aconteceu:

Dentro dos limites territoriais de sua paróquia, em Budapeste, havia uma Escola que estava à serviço do governo comunista. Uma mulher identificada apenas por Gertrude, era professora de uma classe infantil de meninas. Ela era declaradamente ateia militante e tinha por objetivo pessoal, destruir, no coração de suas pequenas alunas, as “superstições que infestavam” a escola, ou seja, a fé cristã. Mesmo assim, as crianças provenientes de famílias fervorosamente católicas, não se deixavam influenciar.

Certo dia, uma das alunas mais inteligentes da sala, de 10 anos, chamada Angela, foi ao padre Nobert pedindo a autorização para receber a Santa Comunhão todos os dias. Padre Nobert conta que preveniu a menina do risco ao qual ela estaria se expondo, mas ela se defendeu tão sabiamente, que o padre acedeu; disse ela: Para dar bons exemplos na classe e na escola, preciso estar forte. E nos dias que comungo, sinto-me mais forte. A professora não conseguirá apanhar-me em um erro. Por favor, senhor Padre, não me recuse o que lhe peço.”

Mas Gertrude parecia descobrir as crianças que comungavam e, apesar de que Angela era uma excelente aluna, começou a sofrer perseguições da professora comunista, que sempre buscava um pretexto para implicar a pequena. Aparentemente a professora sempre vencia e aproveitava de sua autoridade para ter a última palavra. Embora a menina resistisse, ficava visivelmente abatida. Mesmo assim, o silêncio da garota irritava a professora. As outras alunas relatavam os ocorridos ao padre Nobert, que nada podia fazer. Graças a Deus que Angela continuava firme na fé – dizia ele – e a nós restava rezar, confiando em Deus”.

Assim, aconteceu que pouco antes do Natal, no dia 17 de dezembro de 1956, Gertrude maquinou uma cilada para ridicularizar a fé da menina. Pediu que ela se retirasse da sala, e depois de um tempo suas 31 coleguinhas chamaram-na em uníssono: Angela, entra!” A pequena já entrou desconfiada, pressentindo a armadilha, quando a professora disse às alunas: Viram! Estamos todas de acordo!” Os olhos da professora ardiam como fogo, como de um gato quando se atira a um rato. Tinha uma cara má, muito má!” - revelou uma das garotas.

Então, a professora voltou-se para Angela e disse: Quando os teus pais te chamam, o que você faz?” E com o coração apertado de temor, a menina respondeu: Vou até eles.” Gertrude retrucou: Sim! Você vai até eles porque você existe! E olhando para as outras garotas, continuou: E se vocês chamarem o 'Barba-azul', ele vem?” Não, porque ele não existe!” - responderam as garotas. Isso mesmo! - continuou a professora - Ele não vem porque não existe, porque é uma fábula. Os vivos, os que existem, respondem quando os chamamos. Os que não respondem é porque não existem! Vocês entenderam?” E com um sorriso malvado Gertrude continuou: Parece que há entre vocês alguém que acredite no Menino Jesus?...”

Nesta hora, as crianças percebendo sua intenção maldosa, silenciaram. Algumas vozes tímidas ainda responderam: Acreditamos!”

E tu, Angela - perguntou Gertrude - você crê que o Menino Jesus te ouve quando o chamas?” Sim! - respondeu a menina com ardente fervor e coragem - Eu creio que Ele me ouve!” Ótimo! - continuou a professora - Então façamos a experiência. Se o Menino Jesus existe, ele ouvirá quando vocês o chamarem. Vamos! Gritem todas ao mesmo tempo: 'Vem, Menino Jesus!' Vamos! Um, dois, três! Vamos!”

Mas as meninas abaixaram a cabeça tristemente em silêncio. Imaginemos a angústia que passou no coração destas pequenas crianças, que se viram encurraladas pelos argumentos maléficos desta mulher ateia.

Então, a professora soltou uma risada, dizendo: Vamos! Se o Menino Jesus existe, ele ouvirá que vocês o chamam, e virá!” Como as crianças permaneciam em silêncio, a professora concluiu: Viu! Vocês não têm coragem de chamá-lo porque sabem que ele não virá, porque ele não existe! Assim, o Menino Jesus é uma fábula assim como o 'Barba-azul', como a 'Chapeuzinho Vermelho'...”

Angela continuava de pé, pálida e rídiga. Mas de repente, como que movida por um impulso sobrenatural, a menina se colocou mais ao centro da sala e convocou as colegas com firmeza: Ouçam-me! Vamos chamá-Lo! Juntas, gritemos: 'Vem, Menino Jesus!'” As garotas ainda com receio, permaneciam caladas e assustadas, até que uma a uma foi se levantando, e olhando umas às outras, com as mãos em prece, gritaram juntas: Vem, Menino Jesus!”

A professora, surpresa com a reação das garotas, recuou um pouco. E Angela, encorajada, e com um brilho de esperança, insistiu: Vamos! De novo!” E as meninas gritaram novamente com mais força: Vem, Menino Jesus!”

De repente - relataram as crianças - a porta se abriu silenciosamente. A luz do dia pareceu fugir para a porta, e essa luz transformou-se em um globo de luz que foi se abrindo como uma noz.”
A princípio, elas ficaram com um pouco de medo, mas nem tiveram tempo para gritar, pois no globo de luz surgiu um Menino tão lindo como nunca tínhamos visto. Ele sorria, mas não falava nada. Ele vestia uma túnica branca resplandecente, e assemelhava-se a um pequeno Sol. As crianças encheram-se de júbilo, sorrindo felizes. Depois, o Menino desapareceu com o globo de luz que se fechou devagarinho. Também a porta se fechou devagar e silenciosamente.”

As meninas se abraçavam, sorrindo e chorando, com imensa alegria. Mas, de repente, um grito ecoou no ar. Aterrorizada e com os olhos arregalados, a professora começou a gritar: 'Ele veio! Ele veio! Ele existe!'” E conta-se que ela fugiu da sala batendo a porta”.

Angela, olhando para as colegas, falou com alegria: Viram! Ele veio! Ele existe! Vamos agradecer!” E todas se ajoelharam e rezaram cheias de gratidão e alegria.

Suposta foto de Angela
O padre Nobert, que anos mais tarde revelou este acontecimento, afirmou ter interrogado as 32 meninas, uma por uma, e não encontrou nenhuma contradição em seus relatos. Por causa da perseguição comunista, ele teve que partir precipitadamente da Hungria, refugiando-se no ocidente, e não teve mais notícias de Angela e sua família, sabendo apenas que ela era a filha mais velha de uma família católica de muitos filhos. Sobre a professora Gertrude, soube-se que ficou tão transtornada que foi internada em uma clínica para loucos, e que não parava de gritar: 'Ele veio! Ele existe!'

Que possamos refletir no exemplo de fé e coragem destas crianças húngaras!

Desejamos a todos um Santo Natal, e que a certeza de nossa fé cristã jamais se esmoreça diante das críticas e perseguições. "Vem, Menino Jesus! Vem!"

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