30 de dezembro de 2016

Carta aberta ao Excelentíssimo Sr. Bispo

Gostaria de postar aqui um comentário que enviei ao site da Diocese de Uruaçu. A princípio não iria postar, mas pelo fato de que provavelmente este meu comentário nem chegou aos ouvidos dele, e também por sugestão de uma pessoa a quem muito respeito e confio, resolvi colocar a público.

"24 dezembro 2016.

Gostaria que por caridade mostrassem isto ao Sr. Bispo Dom Messias. Não precisam publicar na internet.

Excelentíssimo Dom Messias,

Sou de outra Diocese, mas gostaria de conversar com o senhor a respeito deste Decreto de 21 de dezembro de 2016.

Com todo respeito à sua pessoa e ao seu ministério de pastor da Diocese, gostaria apenas, como membro da nossa Santa Igreja, somente dizer que fiquei muito triste, e gostaria de expor os meus porquês.

Entendo que deve ser muito difícil conduzir uma Diocese onde existe uma grande quantidade de fieis e cada um com pensamento diferente.

Acredito que existem algumas pessoas que se unem em grupos radicais, mas isto ocorre não só da parte dos que são mais tradicionais, mas também dos que são progressistas (e nunca vi em lugar nenhum Decreto para conter os abusos deles. Não me refiro em particular à sua Diocese, mas de maneira geral).

Hoje em dia, em nome do Ecumenismo, aceita-se tanta coisa estranha, que não tem nada a ver com a fé católica, mas fecha-se para o que é próprio da Igreja (há tantos séculos). Não sei se o senhor já leu o Tratado da Verdadeira Devoção ou algo a respeito da vida de 'São Luiz Maria Gringion de Montfort', mas ele mesmo incitava o uso das correntes, e ele mesmo usava, como usaram muitos santos da Igreja. Isto são detalhes, claro! Ninguém é obrigado a usar ou deve ser sentir intimidado a usar, ou excluído por não usar...

Mas proibir de usar... por quê?

Excelência, penso que estas pessoas que fazem parte destes 'grupos sectários' que o senhor citou, não vão obedecer o Decreto, porque se elas já estão sendo radicais, irão se rebelar mais ainda... O que vai acontecer é que as outras pessoas, que não fazem parte destes grupos, e que nem pensariam em ser deles... é que serão afetadas.

Fico triste, muito triste ao ver que proíbe-se o uso do véu, mas não se proíbe o uso de roupas curtas, justas, decotadas e transparentes... Vemos muito nas Missas e principalmente nos Casamentos, as madrinhas (e também as noivas) usarem vestidos muito indecentes; e o Sacramento fica mais parecendo um desfile de moda (indecente) do que um culto sagrado.

Muitas mulheres que usam véu hoje em dia, o usam porque querem preservar a santa modéstia, e não porque fazem parte de alguma militância tradicionalista. Eu mesmo, uso o véu, mas não sou militante tradicionalista.

Tem tantas outras coisas mais graves e importantes para se preocupar, e ficar impedindo as pessoas de viverem a piedade! Oh! Peço à Nossa Mãe Santíssima - que sempre usou o véu, e que em todas as suas aparições aparece usando o véu - que interceda pelo senhor.

Não quero julgá-lo, mas peço só para que o senhor reflita se no fundo isto não brotou também de uma opinião e antipatia pessoal do senhor a algo que pode parecer mais tradicional. É porque seria muito triste ver um bispo impor aos fiéis algo só porque ele pessoalmente não gosta, isto seria autoritarismo. Repito, não quero julgá-lo disto, somente peço que o senhor, verdadeiramente reflita, se além dos fatores que o senhor citou, se isto também não foi motivado por algo pessoal.

E por fim, vos suplico, por caridade, não proíba as mulheres de usarem o véu.
Creio que nossa Mãe Santíssima não tirou o seu véu no Céu.

DEUS lhe pague por ler.
Com minhas pobres orações,
RM

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