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21 de março de 2020

Como ser humilde?

Respondendo a pergunta de um de nossos leitores: Como alcançar a humildade?

"A humildade é a verdade." Nesta frase Santa Teresa d'Ávila resumiu a mais preciosa das virtudes.

Mas, verdade em quê sentido? A de reconhecermos que somos fracos e pecadores, que nada somos! "Somos pó e ao pó voltaremos" (cf. Gen 3,19). Tudo o que temos de bom vem de DEUS!

São Paulo já dizia: "O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?" (I Cor 4,7)

Outros pontos interessante a refletir são o seguinte:
1) Todos somos iguais diante de DEUS: "porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo... Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus." (Gal 3,26.28)

2) Que podemos perder tudo de uma hora para outra. Seja bens, ou até o próprio uso do intelecto, por uma doença ou acidente; assim, o que adianta possuir bens ou ter-se por inteligente neste mundo, só para ser melhor que os outros, se tudo haveremos de perder? "Havia um homem rico... ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, lhe disse: Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão? Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus." (cf. Lc 12,16-21)

Os dois tipos de hipocrisia que ferem a humildade:

- O 'orgulho refinado' é uma das características da falsa humildade. É aquele que pensa e diz que não é orgulhoso, e consegue habilmente se passar por humilde e piedoso, enganando a muitos.

- Mas existe também a falsa humildade, onde a pessoa sempre se rebaixa e se minimiza quando faz alguma coisa boa, só para ouvir mais elogios ainda, ou se passar por humilde.

Se fazemos ou falamos algo que realmente é bom, e reconhecemos isso, não devemos ser falsos humildes e dizer que não foi bom. O correto é agradecer e dizer: "Muito obrigado. Também gostei. DEUS é Bom, e me concedeu esta graça de realizar isso." Nesse caso, a pessoa reconhece que fez algo bom, mas sabe que foi DEUS que lhe deu aquele dom.

Como saber se ainda somos muito orgulhosos?

Talvez uma boa dica para saber se ainda é muito ou pouco orgulhoso, é medir o grau de humilhação que sentimos ao passarmos por uma situação difícil e de humilhação.

- Se sofremos muito, é que ainda somos muito orgulhosos. Ou seja, se fossemos colocar em número: Em uma escala de 1 a 10, se o nosso sofrimento, ao sermos humilhados, é de 9 pontos, então, significa que nosso orgulho também chega a 9 pontos.

- Se sofremos pouco, é que estamos começando a caminhar pelos caminhos da verdade... Ou seja, se o nosso sofrimento é 3 de pontos, significa que o nosso orgulho chega a estes 3 pontos... o restante seria humildade.

Já dizia Santa Teresa dos Andes: "Sou o que sou diante de DEUS, o que me importa as criaturas!" Assim, o humilde não se importa com a opinião das pessoas, sejam estas elogios, ou sejam insultos, ele está sempre humilde diante de DEUS que conhece quem ele verdadeiramente é. E Santa Terezinha também dizia algo parecido: "Eu sou o que DEUS pensa de mim!"

Assim, o que adianta queremos parecer diante dos outros melhores do que somos? E o que adianta lutarmos para estarmos acima e mandarmos nos outros, ou não aceitar nos submeter a eles?

Quantas vezes nos vangloriamos - e isso ocorre muito sutilmente -sem nos darmos conta de que fizemos ou dissemos tal coisa somente para parecermos bons (melhores do que somos), ou para contar vantagem de algo pequenino que fizemos?


Como mudar isso?
Reze a Ladainha da Humildade


Devemos sempre olhar nossa condição de pecadores, de que não podemos fazer nada sem a Graça de DEUS. JESUS mesmo dizia: "Sem Mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5). Mas, vangloriar-se ou chamar a atenção também está ligado, de certa forma, à uma carência, pois o ser humano busca ser amado, reconhecido.

Sigamos o exemplo de JESUS que, "sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2,6-8).

Se formos verdadeiramente humildes, cientes de nossa fraqueza e pequenez, tudo será descomplicado para nós.

E como dica, deixamos aqui o link de alguns excelentes Artigos:

31 de março de 2019

Aproximai-vos confiadamente...!

Estamos entrando no mês em que celebramos a Paixão e morte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, assim como a vitória da Ressurreição e a Festa da Misericórdia. Neste tempo, os cristãos são convidados, de maneira especial, a aproximarem-se do Sacramento do Perdão.


Embora atualmente, já seja bem comum para muitos católicos buscar a Confissão mensalmente, ou até semanalmente, existem ainda um grande número de pessoas que tem muita dificuldade com este Sacramento.

Quando Jesus caminhava pelas terras de Israel e curava os doentes, perdoando seus pecados, os judeus indignados gritavam: “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Mc 2,7). De fato, só Deus pode perdoá-los; mas o que eles não sabiam, ou não queriam crer, era que Jesus é Deus. Hoje, passados mais de dois mil anos de Sua Ressurreição, muitos continuam dizendo tal qual os fariseus: “Eu me confesso diretamente com Deus, pois só Ele pode perdoar os pecados!”; “Ah! Não vou confessar com um padre, que pode ser até um homem mais pecador do que eu!”; “Não tenho pecado! Nunca matei, nem roubei!”

Após a Sua ressurreição, Jesus apareceu aos Apóstolos, soprou sobre eles e disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Atos 20,21-23). Mas alguém poderia ainda questionar: “Ah! Mas isso era com os apóstolos! Eles morreram! Os padres de hoje não podem fazer isso!” Bem, veja em Atos 1,16-26, nos primeiros dias da Igreja nascente, o exemplo claro do que hoje a Santa Igreja chama de sucessão apostólica: a eleição de São Matias.

O poder que Jesus tem de perdoar os pecados, Ele confiou aos Seus apóstolos, e isso vem sendo passado de geração em geração até os nossos dias. Assim, no Sacramento da Confissão, não é o padre que está dando o perdão, pois naquele momento, ele age “in Persona Christi”, ou seja, na Pessoa de Cristo. Quem perdoa é Jesus, que usa do sacerdote como um canal para derramar Seu perdão e Sua Graça.

São Paulo afirmou: “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o Ministério desta Reconciliação... e pôs em nossos lábios a mensagem da Reconciliação. Portanto, desempenhamos o encargo de Embaixadores em Nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (II Cor 5,18-20).

“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós O declaramos mentiroso e a Sua palavra não está em nós” (I Jo 1,8-10).

“Confessai os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5,16). Quão Bom é Deus, pois podemos confessar com o sacerdote, que nos compreende em nossas misérias, pois é ser humano pecador como nós, e não precisamos nos confessar com os Anjos, que são Seres Puríssimos, diante dos quais, muitos, apenas por vê-los, caíram por terra aterrorizados (cf. Mt 28,4).

Mas... o que está por trás de todos estes questionamentos, é o mesmo ponto: vergonha, respeito humano, orgulho. São João Bosco dizia que os pecados que mais levam para o Inferno são os pecados de “respeito humano”. Este pecado fere diretamente o Primeiro Mandamento, de amar a Deus acima de tudo, pois se dá um respeito às situações humanas acima do respeito e temor que se deve dar a Deus. Assim, pela vergonha do que o outro pode pensar, muitas vezes se cala um pecado a vida toda, e se perde eternamente, e assim, “inutiliza os meios tão poderosos e eficazes de que Deus se serve para nos atrair a Si.”

“Ó alma, quem quer que sejas neste mundo, ainda que teus pecados sejam negros como a noite, não temas a Deus, tu, frágil criança, porque grande é o poder da Misericórdia Divina!” (Sta. Faustina; D.1652). “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do Trono da Graça, a fim de alcançar Misericórdia e achar a Graça de um auxílio oportuno.” (Heb 4,16).

Não há pecado, por maior que seja, que não possa ser perdoado pela Misericórdia de Deus. O pecado contra o Espírito Santo, no qual se diz que não tem perdão, é aquele pecado de quem se obstina na incredulidade, de não crer no Amor e no Perdão de Deus; afinal, Ele não obriga ninguém a receber o Seu perdão, mas, ao mesmo tempo, “o amor de Cristo nos constrange” – dizia São Paulo – afirmando ainda: “Eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (cf. II Cor 5,14; Rom 5,8). Veja! Ele já morreu por amor a você, mesmo antes de você nascer! Mesmo sabendo que você cometeria todos estes pecados! Mesmo assim, Ele quis te criar. E foi também a seu respeito, que Ele suplicou: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).

Então! Aquela alma que lia esse artigo, entrou em si e refletiu: “Ó Senhor, quantas graças deixastes para mim, através da Santa Igreja, pelos Sacramentos! «Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuos gemidos, pois, dia e noite, Vossa Mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão.» Mas, já sei o que irei fazer: «Vou confessar o meu pecado, e não mais dissimular a minha culpa. Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade.» (cf. Sal 31). Criarei coragem, levantar-me-ei, irei ao sacerdote, e direi: “Padre, há tanto (tempo) não me confesso, e os meus pecados são esses...”

Depois que aquela alma colocou-se diante de uma imagem de Jesus Crucificado, e junto à Santíssima Mãe Maria, fez o Exame de Consciência, foi à Igreja e, no Confessionário, falou tudo o que lembrava, sem nada ocultar, o Sacerdote lhe disse: “Deus, Pai de Misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo Ministério da Igreja, o perdão e a paz.” E continuando, in Persona Christi, completou: “Eu te absolvo dos teus pecados, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”

Nesse momento, essa alma estava tão feliz que, entre lágrimas, respondeu apenas: 'Amém!', e nem percebeu que, quando, “estava ainda longe, seu Pai o viu” e, após a Confissão, Ele ”movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou... e falando aos servos (Anjos), disse: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lhe, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés... Façamos uma festa, pois este Meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado” (Lc 15,20-24).

Agora, imaginemos: E se não existisse a Confissão? Imagina se, depois que pecássemos, não tivéssemos mais nenhuma chance, e fossemos condenados para sempre?! Mas o Pai Eterno nos dá a oportunidade de recomeçarmos, e nos dá o Seu perdão, “pelo Sangue de Cristo... que purifica a nossa consciência das obras mortas” (cf. Hb 9,14).

Que grande Graça do Amor e Misericórdia de Deus! O perdão é para todos: para você, para mim! O perdão só não está disponível para aquele que acha que não precisa dele. Este Sacramento é o Trono da Graça de Deus, aproveitemos dele enquanto podemos, e lembremos que: “o Confessionário é o único Tribunal onde você entra como réu, declara-se culpado, e sai absolvido.” Deus é Bom!

22 de fevereiro de 2019

Sobre: como será o anticristo

Este artigo foi apresentado originalmente no site (ZENIT.org), mas parece que não está mais 'no ar'. Então, para não deixar perder este texto, de tão grande importância, reproduzimos aqui, na íntegra.
Cardeal Giacomo Biffi celebrando a Eucaristia

O Cardeal Giacomo Biffi faleceu no dia 10 de julho de 2015. No ano de 2007, durante o Pontificado do Papa Emérito Bento XVI, ele pregou os exercícios espirituais para o Papa e para a Cúria Romana; e nesse retiro ele apresentou o seguinte assunto:

* * *
(Atenção: Grifos nossos)

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org). O cardeal Giacomo Biffi apresentou a Bento XVI e à Cúria Romana «a advertência profética de Vladimir S. Soloviev» sobre o anticristo. O pregador dos exercícios espirituais fez referência ao filósofo e poeta russo, que viveu entre 1853 e 1900, para explicar que o anticristo, na verdade, consiste em reduzir o cristianismo a uma ideologia, em vez de ser um encontro pessoal com Cristo salvador.

Citando a obra de Soloviev, «Três diálogos» (1899), o arcebispo emérito de Bolonha recordou que «o anticristo se apresenta como pacifista, ecologista e ecumenista».

«Convocará um Concílio ecumênico e buscará o consenso de todas as confissões cristãs, concedendo algo a cada um. As massas o seguirão, menos alguns pequenos grupos de católicos, ortodoxos e protestantes», disse.

Segundo a síntese de sua pregação desta terça-feira pela tarde, oferecida pela «Rádio Vaticano», o cardeal explicou que «o ensinamento que o grande filósofo russo nos deixou é que o cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de valores. No centro do ser cristão está, de fato, o encontro pessoal com Jesus Cristo».

«Chegarão dias nos quais na cristandade se tratará de resolver o fato salvífico em uma mera série de valores», escreveu Soloviev nessa obra.

Em seu «Relato sobre o anticristo» Soloviev prevê que um pequeno grupo de católicos, ortodoxos e filhos da Reforma, resistirá e responderá ao anticristo: «Tu nos dás tudo, menos o que nos interessa, Jesus Cristo».

Para o cardeal Biffi, esta narração é uma advertência. «Hoje, de fato, corremos o risco de ter um cristianismo que põe entre parênteses Jesus com sua Cruz e Ressurreição», lamentou.

O arcebispo explicou que, se os cristãos se «limitassem a falar de valores compartilháveis, seriam mais aceitos nos programas de televisão e nos grupos sociais. Mas desta maneira teriam renunciado a Jesus, à realidade surpreendente da Ressurreição».

Para o purpurado italiano, este é «o perigo que os cristãos correm em nossos dias»: «o Filho de Deus não pode ser reduzido a uma série de bons projetos homologáveis com a mentalidade mundana dominante».

Contudo, precisou o purpurado, «isso não significa uma condenação dos valores, mas que estes devem ser submetidos a um atento discernimento. Há valores absolutos, como o bem, a verdade, a beleza. Quem os percebe e os ama, ama também Cristo, ainda que não saiba, porque Ele é a verdade, a beleza, a justiça».

O pregador dos exercícios precisou na capela «Redemptoris Mater», do Palácio Apostólico do Vaticano, que, por outro lado, «há valores relativos, como a solidariedade, o amor pela paz e o respeito pela natureza. Se estes se convertem em absolutos, desarraigando ou inclusive opondo-se ao anúncio do fato da salvação, então estes valores se convertem em instigação à idolatria e em obstáculos no caminho da salvação».

Ao concluir, o cardeal Biffi afirmou que «se o cristão, para abrir-se ao mundo e dialogar com todos, dilui o fato salvífico, fecha-se à relação pessoal com Jesus e se coloca do lado do anticristo».

21 de agosto de 2018

Como viver o silêncio de Maria?

O livro de Reis narra que Elias não escutou a voz do Senhor DEUS no barulho da tempestade, mas sim em uma brisa ligeira (cf. 1Rs 19,12).

De fato, é necessário o silêncio para ouvir a voz de DEUS, porque DEUS fala no íntimo de nosso coração, e em nossa consciência.

A Santíssima Virgem Maria com certeza estava em oração no momento em que o Anjo Gabriel veio-lhe ao encontro. Interessante que no Evangelho não diz que Nossa Senhora assustou-se com a presença do Anjo, mas que ela perturbou-se, por sua humildade, com as palavras dele, que a chamava de "Cheia de Graça".

Isso significa que Maria estava tão acostumada com a presença angélica, que eles "entravam" e "saíam" (cf. Lc 1, 28.38) de onde ela estava, e isso não a incomodava; e ela vivia em um profundo silêncio unitivo com Deus. Por isso que Santo Efrém afirma que o Verbo, em Sua concepção, entrou pelo ouvido de Maria, porque ela realmente ouviu a Palavra de Deus, e a pôs em prática.  "... bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!" (Lc 11,28).

São Tiago já dizia em sua Carta: "Se alguém não cair por palavras, este é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo" (Tg 3,2b).

Só daí percebe-se que esta virtude não é tão fácil, mas ao mesmo tempo é muito importante, e por isso, devemos buscá-la com muito afinco!

Todas as virtudes requerem de nós um:
- esforço diário
- que parte de uma determinação da vontade.

Além disso, é preciso ter em mente que:
- aquilo que se busca é um bem,
- que é preciso desejar lutar para alcançar esse bem,
- e é preciso fazê-lo com todas as forças ao nosso alcance, sem desanimar com as dificuldades, ou mesmo com as quedas.

Mas por que é tão difícil fazer silêncio? É porque é muito difícil ficar sozinho conosco mesmo, com os nossos pensamentos. Se por um lado, o silêncio sugere recolhimento e paz, para algumas pessoas pode lembrar solidão e medo, justamente porque o silêncio e a solidão, nos fazem olhar para nós mesmos.


O Silêncio está relacionado a muitas virtudes, como por exemplo:

- humildade (devemos calar diante de uma situação que poderíamos dar a nossa opinião, porque somos sempre tentados a nos mostrar espertos, inteligentes diante das outras pessoas, e isso é sinal de vaidade e orgulho);

- temperança, em especial a modéstia (a pessoa temperante e modesta é sempre mais silenciosa, fala nos momentos certos porque não gosta de chamar a atenção para si);

- sabedoria (há "tempo de falar e tempo de calar" diz o Livro do Eclesiastes 3,7, assim, é preciso saber o momento certo de falar, de dar a própria opinião, de fazer pergunta, de dar conselhos, etc.)

A Virgem Maria não comentou nada sobre a Anunciação a seus parentes, nem mesmo a São José:  “guardava estas coisas, conservando-as em seu coração” (Lc 2, 51). Os Evangelistas conservaram pouquíssima palavras dela. Isso porque DEUS esconde Seus mais preciosos tesouros!

Todos os grandes santos, místicos e doutores espirituais prescreveram o silêncio como um meio seguro para a santidade... O silêncio é necessário para escutarmos as moções do Espírito Santo e para recebermos e preservamos a graça. Vários deles deixaram frases ou escritos sobre o Silêncio; vejamos algumas:

São Maximiliano Maria Kolbe dizia: "Onde não há silêncio, falta a graça de Deus".

Santa Teresa d'Ávila"Na esperança e no silêncio está a minha fortaleza".

Santa Faustina é um santa que falou muito sobre o silêncio. Em seu Diário há diversas passagens sobre o assunto:


"A religiosa que não sabe calar-se, nunca atingirá a santidade" (Diário 118).

"Para ouvir a voz de Deus, é preciso ter o silêncio da alma e calar-se" (D. 118).

"Pode-se falar muito e não interromper o silêncio e, ao contrário, pode-se falar pouco e sempre romper o silêncio" (D. 118).

"Deus não Se comunica à alma tagarela... a alma tagarela é vazia interiormente" (D. 119).

"A alma tagarela nunca atingirá a santidade" (D. 477).

"A alma silenciosa é forte" (D. 477).

"Os lábios selados são como ouro fino e testemunham o silêncio interior" (D. 552).

"O silêncio é uma linguagem tão poderosa que atinge o trono de Deus" (D. 888).

"A paciência, oração e silêncio: eis o que fortalece a minha alma" (D. 944).

Santa Edith Stein: "Quanto mais se resiste no silêncio, menos se sente o mal."

Santa Elizabeth da Trindade: "A alma necessita de silêncio para concentrar-se na oração."

Santa Clara de Assis: "O silêncio é a linguagem de quem ama."

São Francisco de Assis: "Pregue o Evangelho em todo o tempo. Se necessário, use palavras."

São Francisco de Sales: "O bem não faz barulho, e o barulho não faz bem."

Santa Teresa de Calcutá: "Deus se manifesta no silêncio."

São João Paulo II: "Só no silêncio o ser humano consegue escutar no íntimo da consciência a voz de Deus, que verdadeiramente lhe faz feliz."

Padre José Carlos, eremita: "Se nossas palavras não são fruto do silêncio, podemos nos tornar incoerentes."

Provérbio árabe: "A palavra é prata. O silêncio é ouro."

Autor desconhecido: "Falar é próprio dos homens. Calar é próprio dos Anjos.
A palavra é do tempo. O silêncio da eternidade."

No livro "Imitação de Cristo" também tem várias passagens sobre o assunto:

"Quisera muitas vezes ter calado e não ter estado entre os homens... por que raramente voltamos ao silencio sem dano para a nossa consciência." (Imitação de Cristo)

"No silêncio e quietação aperfeiçoa-se a alma devota e penetra os segredos das Escrituras."  (Imitação de Cristo)


"No silêncio das criaturas, Deus fala ao coração"  (Imitação de Cristo)


"Quanto aproveita à alma, a graça conservada em silêncio"  (Imitação de Cristo)


"O falar muito dissipa o coração e este perde preciosidades contidas em seu interior" (F. Suárez, “La Virgen Nuestra Señora”).



Para se viver o silêncio de Maria, é preciso:
- Não criticar, não fazer comentários dos pecados ou defeitos dos outros (principalmente de sacerdotes);
- Fugir de conversas que não edificam;
- Não reclamar (muito menos murmurar ou xingar);
- Mortificar a curiosidade de perguntar algo sobre a vida dos outros;
- Refrear a vaidade de contar algo de si, ou de dar a opinião sobre algum assunto;
- Exercitar-se em não ligar a televisão, ou escutar música, quando estiver sozinho;
- Além disso, é imprescindível ter intimidade com a Mãe Santíssima, através da oração do Santo Rosário, novenas, Sacramentais. E isso é um exercício diário.


E para todos estes pontos, o exame de consciência, o propósito de mudança e o esforço diário contam muito!!!

No conhecido texto "O segredo de Maria", diz entre outras coisas:



"Trabalhe e reze.
Fique em silêncio, reze, ame e reze.
Escute e reze.
Não discuta, não queira ter razão: cale-se...
Quando você fala, Deus se cala".

21 de agosto é dia de Nossa Senhora do Silêncio. Relato da Aparição de Nossa Senhora, sob o Título de Nossa Senhora do Silêncio, na Irlanda. Clique aqui.


E dia 7 de maio é dia mundial do silêncio.



Oração à Virgem do Silêncio


"Santa Virgem Maria, modelo das almas contemplativas, ensinai-nos a guardar nosso recolhimento no meio das agitações da vida.

Preservai-nos tanto da febre da atividade excessiva, como dos retraimentos do egoismo.


Que jamais o ruído das coisas que passam nos faça esquecer a silenciosa Presença d'Aquele que mora em nós.


Que jamais a fascinação das coisas visíveis nos afaste o coração dos esplendores do mundo invisível.


Desenvolvei em nós o gosto do Silêncio, e ensinai-nos, a vosso exemplo, a fazer do nosso coração uma comunhão fiel com a vontade do Pai, para o humilde serviço de Jesus nas almas. Ámen.



Oração ao Santo Anjo do Silêncio


"Senhor e Deus, deixa que o Vosso Anjo do silêncio habite entre nós, a fim de que nos tornemos internamente silenciosos, de bom grado fiquemos em silêncio, de bom grado contemplemos a eternidade, a fim de que aprendamos a escutar, a observar Vossa palavra, e a encontrar-Vos em um amor silencioso, oferente e santo. Amen." 

7 de julho de 2018

A Modéstia ideal no vestir

O que é a verdadeira Modéstia? Existe modéstia parcial e total?

Hoje em dia, inúmeros sites falam sobre a Modéstia, muitos vendem roupas, véus... o assunto é abundante! Mas, será que todos, realmente, falam sobre a verdadeira Modéstia?

Uns sim, outros não! Infelizmente, alguns escrevem coisas, ou colocam exemplos de roupas, que na verdade não são modestas. Isso revela uma falta de noção muito grande! E o problema é que nascemos no meio de uma sociedade em que o que é indecente já se tornou "normal".

Nem tratamos aqui das roupas escandalosas que muitas mulheres usam, mesmo dentro da Igreja, principalmente nos Casamentos, mas falamos aqui apenas do que seria 'pouco modesto', porque - em certos casos - o que é apenas o início de um caminho de modéstia, ou considerado como tolerável, é tratado como se fosse o ideal; e não é!

Para quem não sabe, a Modéstia é um dos 12 Frutos do Espírito Santo. É o Fruto que nos coloca em ordem, ou seja, que regula todo o nosso ser, seja no olhar, no falar, no agir e no vestir.

Assim, a Modéstia deve modelar todo o 'ser' da pessoa, seja homem ou mulher. No caso das mulheres, deve-se buscar como modelo direto a Santíssima Virgem Maria. E este artigo quer ser uma referência de maneira especial para as mulheres, visto que a mulher é o alvo preferido do inimigo das almas. Pois, pervertendo a mulher em sua essência mais profunda, ele sabe que desestabiliza a família, e em consequência, a sociedade inteira; o que infelizmente têm acontecido.

Muitas pessoas logo quando ouvem falar de Modéstia, pensam somente no uso de saia e de véu... mas Modéstia não se restringe a isso, embora isso esteja incluído e seja importante, mas não se deve partir deste ponto para compreender e viver bem a Modéstia. O ponto de partida deve ser outro!

Nas Sagradas Escrituras, vemos algumas passagens que se referem à sacralidade do nosso corpo, pois, além de sermos Templos do Espírito Santo (cf. ICor 6,19), sabemos que teremos novamente nosso corpo ressuscitado, que será unido à nossa alma imortal na vida eterna (cf. Catecismo § 997). É uma das verdades que professamos no Credo de nossa Fé Católica: "Creio na Ressurreição da carne!"

Assim, São Paulo nos explica:
"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém (...) O corpo não é para a impureza, mas para o Senhor (...) Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? (...) Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo." (cf. I Cor 6,12-20). "Os membros do corpo que temos por menos honrosos, a esses cobrimos com mais decoro. Os que em nós são menos decentes, recatamo-los com maior empenho" (cf. I Cor 12,23); "que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente" (I Tess 4,4).

Uma das coisas principais que toda pessoa que está iniciando no caminho de conhecimento sobre a Modéstia deve saber, é que:

1)  A Modéstia não é um Movimento da Igreja.

2)  A Modéstia não é uma opção de estilo de vida.

3)  A Modéstia não é uma moda vintage.

Ou seja, ela não é para ser vivida só por pessoas que participam do Rito Tradicional ou de algum Movimento conservador da Igreja. E não pode estar sujeita a modas e às modernizações da sociedade e da cultura, mesmo que possa, de alguma forma, se utilizar delas. Assim, a modéstia não é algo que a pessoa pode escolher, como se fosse uma opção de estilo de vida, ou uma moda vintage; ela é o único modo de viver que todo cristão, seja mulher, seja homem, deve ter.

O princípio objetivo e prático de se viver a Modéstia parte do ponto de que a mulher não deve querer ser o "centro das atenções". E esse é o ponto chave, porque instintivamente (e isso, depois do pecado original) a mulher "quer" ser o centro das atenções!

Não adianta a mulher estar toda coberta da cabeça aos pés, se não é modesta no falar, no olhar, e na postura.

Um exemplo: Certa vez conversei com uma monja de clausura, através de um locutório, e fiquei escandalizada, pois ela tinha uma postura de sentar, falar e gesticular tão imodesta, que não adiantava nada ela estar coberta de pano da cabeça aos pés!

Isso significa que para ser verdadeiramente modesta, a mulher não deve partir do ponto de pensar que só deve esconder o seu corpo, mas deve entender que, em todo o seu ser, precisa revelar a sua dignidade de criatura feita à imagem e semelhança de Deus, adotada em Cristo como filha de Deus, e Templo do Espírito Santo. Só partindo daí, a mulher realmente compreenderá o que é a Modéstia, e todas as suas "exigências".

Sim, digo "exigências" porque, a princípio, para algumas mulheres, poderá ser difícil acolher e aceitar certas mudanças; mas na verdade é algo natural, pois Deus jamais nos violenta em nossa natureza. Tudo o que a fé cristã nos pede não vai contra a lógica natural, mas é o melhor para nós!

Assim, cada mulher deve pensar como a Virgem Maria se comportaria se estivesse em seu lugar: na maneira de olhar, na maneira de falar (e quais palavras usar), na maneira de agir, e enfim, na maneira de vestir. A mulher modesta vai procurar ser discreta, educada, silenciosa, e não chamar a atenção para si e muito menos para o seu corpo. Aí entram as boas maneiras, a delicadeza, a feminilidade, o falar baixo, não ser grosseira, ter uma postura digna ao se sentar não cruzando as pernas, etc. Sim, tudo isso é Modéstia!

E é claro, aí também entra a parte da vestimenta que, apesar de não ser a base de todas, é a que primeiro se faz notar, mesmo à distância, mesmo sem conversar com a pessoa.

Então, como é o ideal da Modéstia no vestir? Vamos fazer uma comparação. O que é mais modesto?



Uma mulher que usa uma calça jeans com uma blusa de alça, ou uma mulher que está com uma saia um pouco acima do joelho e uma blusinha de manga curta, com um decote?
Creio que todos vão responder que a segunda está mais modesta. Mas... o segundo exemplo, na verdade, não é o ideal de modéstia no vestir.

Veja na imagem abaixo uma apresentação simples e prática do Ideal da Modéstia no vestir.

Se as letras estiverem muito pequenas, tente salvar a imagem e abri-la em seu computador, ou abri-la sozinha em outra Guia do Navegador da Internet; pois a colocamos de maneira que pode ser ampliada. Mas mesmo se isso não for possível, você pode ler as legendas no final  desta Postagem, com alguns acréscimos.



É claro que hoje em dia, na maioria das sociedades ocidentais, essa maneira de se vestir pareceria um grande exagero. Mas não era para ser assim, vestir assim deveria ser algo natural.

Também para as "iniciantes no caminho da Modéstia" isto pode ser uma linguagem muito dura, e fazer com que elas desanimem. Mas digo: não desanimem! Coragem! Comecem com o que vos for possível, vocês não vão se arrepender!

Uma coisa muito triste é quando vemos pessoas que antes, em alguma fase da sua vida, seguiram o caminho da Modéstia, depois o abandonaram... e isso acontece muito! Principalmente com jovens que tiveram alguma experiência na Vida Religiosa ou viveram em alguma Comunidade de leigos, e depois saíram.

E isso é uma prova de que a pessoa provavelmente não compreendeu o real significado da Modéstia, e a vivia simplesmente por um modismo, ou porque a Comunidade exigia. Não havia uma verdadeira conversão do coração.

Mas também a estas mulheres, convocamos: retornem ao caminho da Modéstia! E lembrem do que disse Santa Jacinta Marto: "Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne. Hão de vir umas modas que ofenderão muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Deus é sempre o mesmo!"  E isso foi dito pela vidente de Nossa Senhora de Fátima, uma criança de apenas 7 anos de idade.

É fato também que muitas moças e mulheres temem vestir roupas modestas e serem confundidas na rua com freiras, e assim, não conseguirem encontrar um namorado; mas isto não é ter a sabedoria de Deus.

Saiba que se você se vestir com Modéstia, aproximará de você somente o rapaz que a valorizará pelo que você é como pessoa, como mulher, e não pelo que você aparenta ser, ou porque acha seu corpo bonito. Ele a tratará com a dignidade e o respeito que você merece.

A decadência nas vestes começou há décadas, foi algo progressivo. Convém que agora retornemos ao que é ideal, ao que é modesto, mesmo que seja progressivamente.

Algo que talvez poucas pessoas perceberam é que desde que os Padres e os Religiosos (em especial, as Freiras) deixaram de usar suas vestes religiosas, as mulheres leigas foram deixando de usar roupas modestas e descentes.

Porque se a Freira não usa mais o hábito, mas agora está usando apenas saia e blusa, então, a mulher leiga - que não gostaria de ser "confundida" com uma Freira - consequentemente não vai querer usar saia e blusa, e vai começar a usar calça, ou uma roupa mais avançada, e por fim, imodesta.

Não deveria ser assim! Mas infelizmente é o que acontece. É uma triste constatação, mas é verdadeira!

Com certeza, se as mulheres leigas voltarem a usar roupas modestas, as Freiras retornarão também ao uso do hábito religioso. E isso é muito importante para a nossa fé, para o testemunho da vida religiosa. Contribui inclusive para a atração de novas vocações, e para a preservação da piedade e  incentivo à fidelidade da espiritualidade de cada Comunidade Religiosa!

E assim como "o hábito não faz o monge, mas o identifica", a roupa modesta também irá identificar a mulher cristã, e será, de certa forma, uma cobrança para que ela busque ter uma postura correspondente à roupa que usa.

Outra desculpa que se pode ter para não usar roupas como esta acima, apresentada como "ideal da Modéstia", é o calor, principalmente nos países de clima mais quente.

Mas, creia, isto não é algo impossível de se acostumar, e mesmo que a pessoa sinta calor... sejamos sinceras: você é cristã ou não?

Conhece o sentido da palavra 'sacrifício' para um bem maior?

Já ouviu falar da vida eterna, das penas do Purgatório? Pode ter certeza que este calor não se compara ao do Purgatório e... será que você não terá que passar por ele? 
Assim, sejamos mulheres convictas da fé que dizemos professar!

E para fechar, citamos aqui os 7 perigos que ameaçam a verdadeira Modéstia:

Orgulho e desobediência: a mulher já ouviu falar sobre a modéstia, mas é muito orgulhosa para reconhecer diante dos outros que por muito tempo agiu de maneira errada, e não quer se submeter às leis de Deus, porque não O teme, e para ela, estar 'bem' diante do mundo é o que importa.

Carência afetiva: a mulher usa roupa imodesta porque quer chamar a atenção dos homens para si, pois pensa que mostrando o seu corpo, eles olharão para ela, e gostarão mais dela.

Impureza: a mulher quer ser atraente e sexy, quer que os homens a desejem, por isso quer chamar a atenção dos homens e mostrar o seu corpo. Isso também é um carência, mas é pior, porque está relacionada à malícia da impureza.

Vaidade: a mulher quer que todos (inclusive as amigas) vejam que ela está bonita com tal roupa, por isso quer andar na moda. 

Respeito humano e Imaturidade: a mulher tem medo de ser criticada pelos outros, assim continua usando roupa indecente, ou pouco modesta, para estar bem diante das amigas e da sociedade.

Falsa conversão: ela acha que é o suficiente não usar uma roupa indecente, mas que não precisa usar uma roupa modesta "de mais", pois isso é exagero. O mundo de hoje mudou, não é mais igual antigamente, e usar roupa muito modesta é para quem quer ser Freira ou beata de igreja.

Pusilanimidade e inconstância: Essas são a maioria das mulheres. Não usam uma roupa totalmente indecente, mas também não usam uma roupa totalmente modesta, porque lhes falta firmeza para tomar uma resolução firme, de acordo com aquilo que dizem crer. Assim, ou elas se contentam com uma roupa mais ou menos modesta, ou em alguns lugares usam roupa modesta, mas em outros não. E agem assim por diversas situações: buscam o próprio conforto, achando que tal roupa modesta dá mais calor ou é menos confortável; ou porque não querem ser criticadas por não estarem andando na moda.

Você quer ser uma verdadeira cristã? Mulher sábia e integra? Feminina e modesta como a Santíssima Mãe de Jesus? Vamos! Coragem! Você consegue!

Conteúdo das legendas da foto sobre a Modéstia ideal:

1) O penteado da mulher deve ser sempre feminino. Nada de cortes de cabelo extravagantes ou masculinos. O cabelo da mulher deve ser, de preferência, comprido (cf. ICor 11,15). Se a mulher quiser pintar o cabelo para agradar ao esposo, deve escolher a cor mais próxima à sua cor natural. Quando estiver em oração - seja na Igreja ou não - o ideal é cobrir a cabeça e os cabelos com um lenço ou um véu (cf. ICor 11,13).

2) A gola ideal não pode passar de dois dedos abaixo da cova da garganta. Também para aos lados não pode deixar os ombros descobertos; assim cuidado com as golas canoas.

3) As mangas ideais são até o pulso, mas podem também ser 3/4 ou até o cotovelo. Blusas de manga com o ombro vazado, ou de manga curta, de alças, ou sem mangas, não são modestas!

4) O tecido não pode ser fino, transparente, nem da cor da pele da pessoa. A roupa não pode ser justa, de forma que marque o corpo, mostrando o formato dos seios, da cintura, dos quadris, etc. As blusas com detalhes chamativos, ou com coisas escritas não são ideais, pois direcionam o olhar das pessoas para as partes inferiores do corpo; e o olhar das pessoas deve ser direcionado sempre para nosso rosto. Isso vale também para saia e vestido, que não devem ser justos, nem ter cores e estampas chamativas.
Roupas jeans que tem a costura, bolsos e zippers à mostra não são ideais.

Veja esta saia jeans na foto: em primeiro lugar, ela não é modesta porque é justa. E mesmo se não fosse justa, não seria modesta, pois os bolsos à mostra, direcionam automaticamente o olhar das pessoas para as nádegas da mulher. Também as costuras à mostra não são ideais.

5) Mulher modesta jamais usa calça e bermuda, muito menos short, mas usa somente saia ou vestido. Os vestidos ideais não podem ser justos, transparentes, curtos ou com decotes, e não podem ser de tecidos da cor da pele.

Assim também as saias não podem ser justas, curtas, transparentes, e devem sempre ter forro (ou se deve usar uma anágua). Não é bom que as saias sejam de uma cor muito mais clara do que blusa, porque nossa tendência é de olhar para o que é mais claro, assim você estará chamando atenção para a parte de baixo do seu corpo, e não para o seu rosto.

O ideal é que os vestidos e saias cheguem até o pé, mas pode-se usar também abaixo do joelho, desde que sempre cubram os joelhos quando a mulher estiver em pé, sentada ou ajoelhada. E se usar uma saia ou vestido que não chegue até o pé, o ideal seria usar uma "meia-calça" ou uma meia 3/4 que, de preferência, não seja transparente.

6) A respeito dos sapatos, estes também devem ser discretos. Nada de saltos muito altos, ou que façam barulho ao caminhar. Na verdade, o ideal seriam sapatos que cobrissem os pés, ou que dessem para usar com meias, mas as sandálias são toleráveis, desde que não deixem os pés muito a mostra.

Sugestão de livro: Descobrindo a Castidade - Padre Luiz Carlos Lodi - à venda no Site do Pró-Vida de Anápolis.