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19 de março de 2021

75 anos da Consagração do Brasil ao Imaculado Coração de MARIA

Em 31 de maio deste ano de 2021, completará 75 anos que o Eminentíssimo Cardeal Jaime de Barros Câmara (1894-1971), consagrou o Brasil ao Imaculado Coração de Maria.

Neste mesmo dia, no ano de 1946, o jornal "A Ordem", do Rio Grande do Norte, publicou uma reportagem exaltando o acontecimento singular em nosso país com estas palavras:


"O eminentíssimo Cardeal Câmara, Arcebispo do Rio, vai consagrar, hoje, oficialmente, o Brasil ao Imaculado Coração de Maria. Trata-se de um acontecimento a ser registrado, com letras de ouro, nos anais da Igreja, em nossa pátria.

Na tormenta que está passando o mundo, em meio a tantos desencontros e descaminhos, através de tanta ruína e degradação moral acumuladas pelos erros e perversidade dos homens de todos os climas e latitudes, o Brasil volta-se, cheio de fé e de confiança, ao Coração régio e maternal de MARIA, como a um refúgio de paz e a um farol supremo de todas as mais confrotadoras esperanças.

Ainda colônia, já nos achávamos implicitamente entregues a Nossa Senhora da Conceição pelo Ato Consacratório que à Virgem Santíssima fizera a Corôa Portuguesa, do seu próprio território e de todas as suas possíveis dominações. Anos atrás, sua Eminência, o Cardeal Leme, de saudosa memória, entregara a Terra de Santa Cruz à Imaculada Conceição Aparecida.

Hoje, secundando o sentimento da alma nacional, o Episcopado brasileiro, tendo à frente o digníssimo Arcebispo do Rio de Janeiro, realiza, pública e solenemente, a consagração da nossa Pátria ao Imaculado Coração de MARIA. É a mesma Excelsa Virgem quem o deseja e o pede, e nós vamos aquiescer às suas aspirações salvadoras, na certeza absoluta que temos de sua onipotência para solucionar os gravíssimos problemas, que agitam a hora presente. Rainha dos homens, Auxílio dos cristãos, baluarte inexpugnável da nossa terra, a sua volta e a sua revelação a este mundo será o penhor e a garantia do advento da justiça e da paz.

Nessa esperança e nessa certeza, é que subimos ao seu trono glorioso, para lá depormos, genuflexos e reverentes, em seu Coração, o coração do Brasil."

Renovemos então, a Consagração do Brasil ao Coração Imaculado de Maria:

Ó Maria, Virgem amorosíssima e nossa Mãe, lançai um olhar benigno sobre o povo desta Nação, humilde parte da vossa grande família, que hoje se consagra ao vosso Coração Imaculado.

A isto nos move não só o nosso filial afeto para convosco, mas também a necessidade que sentimos de uma assistência vossa mais especial, nestes calamitosos tempos.

Vede, ó Maria, como se procura extinguir a fé em nossos corações com o gelo do indiferentismo e da incredulidade.

Vós, que sois a Sede da Sabedoria, preservai-nos a todos da vã ciência do século, e conservai-nos inabaláveis na fé santíssima de vosso Filho.

Vede as ciladas que em toda parte se armam aos bons costumes, contaminando todas as coisas com o mais desenfreado sensualismo.

Purificai, ó Virgem Imaculada, de tantas impurezas a terra; ou ao menos, conservai limpas as nossas famílias.

Vede como se tenta convulsionar a sociedade e lançá-la no torvelinho da rebelião contra toda a lei e autoridade.

Conservai, portanto, ó augusta Rainha nossa, entre as classes do vosso povo a ordem por Deus estabelecida, e não permitais que os conselhos dos ímpios prevaleçam.

Finalmente, tende misericórdia da Igreja, ó Auxílio dos Cristãos; tende piedade do seu venerando Chefe; e apressai o momento em que a humanidade inteira seja um só rebanho sob um só Pastor.

Aceitai, pois, ó boa Mãe, a consagração que este povo faz hoje de si mesmo ao vosso Coração materno; e, como prova de vosso benigno acolhimento, fazei que todos sintam a vossa proteção na vida e na morte. Assim seja."


Colocamos aqui também a Consagração que o Santo Padre, o Papa Pio XII, fez do mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 1942:

"Ó Rainha do Santíssimo Rosário, auxílio dos cristãos, refúgio do gênero humano, vencedora de todas as batalhas de Deus! Diante do vosso Trono, prostramo-nos suplicantes, seguros de impetrar misericórdia e de alcançar graça e oportuno auxílio e defesa nas presentes calamidades, não por nossos méritos, mas unicamente pela imensa bondade do vosso maternal Coração.

Nesta hora trágica da história humana, a Vós, a vosso Imaculado Coração nos entregamos e nos consagramos, não apenas em união com a Santa Igreja, corpo místico de vosso Filho Jesus, que sofre e sangra em tantas partes e de tantos modos atribulado, mas também com todo o mundo dilacerado por atrozes discórdias, abrasado num incêndio de ódio, vítima de suas próprias iniquidades.

Que vos comovam tantas ruínas materiais e morais, tantas dores, tantas angústias de pais e mães, de esposos, de irmãos, de crianças inocentes; tantas vidas cortadas em flor, tantos corpos despedaçados na horrenda carnificina, tantas almas torturadas e agonizantes, tantas em perigo de perderem-se eternamente.

Vós, ó Mãe de misericórdia, consegui-nos de Deus a paz; e, principalmente, as graças que podem converter num momento os corações humanos, as graças que reparam, conciliam e asseguram a paz. Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mundo em guerra a paz pela qual suspiram os povos, a paz na verdade, na justiça, na caridade de Cristo.

Dai a paz das armas e a paz das almas, para que, na tranquilidade da ordem, o reino de Deus se dilate. Concedei a vossa proteção aos infiéis e a quantos jazem ainda nas sombras da morte; concedei a paz e fazei que brilhe para eles o sol da verdade e possam repetir conosco, diante do único Salvador do mundo: glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!

Dai a paz aos povos separados pelo erro ou pela discórdia, especialmente àqueles que vos professam singular devoção e nos quais não havia casa onde não se achasse honrada a vossa veneranda imagem, hoje quiçá oculta e retirada para melhores tempos, e fazei que retornem ao único redil de Cristo, sob o único verdadeiro Pastor.

Obtende paz e liberdade completa para a Igreja Santa de Deus; contei o dilúvio inundante do neopaganismo; fomentai nos fiéis o amor à pureza, a prática da vida cristã e do zelo apostólico, a fim de que aumente em méritos e em número o povo dos que servem a Deus. 

Finalmente, assim como ao Coração de vosso Filho Jesus foram consagrados a Igreja e todo o gênero humano, para que, postas nele todas as esperanças, tivessem nele sinal e prenda de vitória e de salvação, de igual maneira, ó Mãe nossa e Rainha do Mundo, também nos consagramos para sempre a Vós, ao vosso Imaculado Coração, para que o vosso amor e patrocínio acelerem o triunfo do Reino de Deus, e todas as gentes, pacificadas entre si e com Deus, vos proclamem bem-aventurada e entoem convosco, de um extremo a outro da terra, o eterno Magníficat de glória, de amor, de reconhecimento ao Coração de Jesus, o único no qual se podem achar a Verdade, a Vida e a Paz. Amém."

1 de março de 2020

A verdade sobre a Comunhão na mão!

Todo ano quando chega o período chuvoso,  ou mais frio, em que é comum as pessoas pegarem algum resfriado ou gripe, a imprensa exagera, gerando um clima de pânico na população desinformada. Veja depois, no vídeo abaixo, sobre o assunto:


Veja também este artigo: Epidemia de coronavírus ou Epidemia do medo?

E nesse clima, algumas Dioceses começam a publicar Normas,  recomendando, sugerindo, ou orientando os fiéis a comungarem apenas nas mãos, para evitar alguma contaminação em "tempos de epidemia".

E o que acontece é o seguinte: no dia-a-dia das paróquias, estas "normas" acabam se tornando uma "obrigação"; pois é assim que isso chega até os fiéis... De modo que as pessoas são constrangidas de maneira tal que, se quiserem comungar na boca, são consideradas "desobedientes e rebeldes" à "ordem" do Bispo!

Mas... quem está desobedecendo neste caso? A quem devemos obedecer? São Pedro já havia dito: "Importa obedecer antes a Deus do que aos homens" (At 5,29).

Todo católico bem instruído sabe que a Instrução Redemptionis Sacramentum, mormente nos Números 90 à 94, dá o direito aos fiéis de receberem a Comunhão diretamente na boca, sem que ninguém o possa obrigar o contrário.

Obrigar os fiéis a comungar nas mãos constitui "abuso de autoridade", já que existe esta Instrução emitida pela Congregação para o Culto Divino que concede ao fiel o direito de escolher como quer receber a Santa Comunhão!

Dom Athanasius Schneider, Bispo, afirmou recentemente: "A proibição da Comunhão na boca é infundada em comparação com os grandes riscos à saúde da Comunhão nas mãos no tempo de uma pandemia. Essa proibição constitui um abuso de autoridade. Além disso, parece que algumas autoridades da Igreja estão usando a situação de uma epidemia como pretexto."  Veja artigo completo aqui.

Além de tudo, o que os fiéis de boa vontade questionam é o seguinte:

1) Como comungando o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é nosso DEUS, fonte de toda Cura e Salvação, poderíamos nos contaminar com alguma doença!?  Jamais no decorrer da História houve algum caso registrado que uma pessoa pegou alguma doença por ter recebido a Eucaristia diretamente na boca. Isso é falta de fé! Só se for em pecado, como nos cita São Paulo: "Aquele que o come e o bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos." (I Cor 11,29-30)

2) Ao contrário, receber a Comunhão nas mãos, além de facilitar o risco de profanações e promover o esfriamento da fé nos fiéis; proporciona um risco muito maior de se contaminar, visto que os fiéis tocam nos bancos da igreja, no dinheiro da oferta, no carro, no ônibus, etc. E com as mãos sujas - mesmo que não visível aos olhos - tocam na Eucaristia e a consomem assim. Já os Ministros tem a maior possibilidade de lavarem bem as mãos e usarem álcool nas mãos antes da Santa Missa, ou antes de distribuir a Sagrada Comunhão.

Os leigos devem se unir, e indo até seus Bispos, dialogar (respeitosamente) e apresentar claramente as razões Teológicas para se comungar somente na boca, ou ao menos, para não impedir os fiéis de comungarem na boca.

Mesmo que isso não consiga um resultado imediato, esta mobilização dos leigos é importante para que nossos Prelados percebam que os leigos não são pessoas desinformadas, mas que conhecem os Documentos da Santa Igreja e os próprios direitos que Ela assegura a todos os fiéis, e direitos que, primordialmente, velam pelo zelo Eucarístico.

Além disso, pode-se apresentar também as razões pastorais e sanitárias, como citamos que afirmou Dom Athanasius Schneider: em uma epidemia, o risco de se contaminar recebendo a comunhão nas mãos é bem maior. Clique depois aqui para ver uma clara explicação de Dom Athanasius Schneider sobre o assunto.

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 907 diz: "Os fiéis, segundo a ciência, a competência e a proeminência de que desfrutam, têm o direito e mesmo por vezes o dever, de manifestar aos sagrados pastores a sua opinião acerca das coisas atinentes ao bem da Igreja e de a exporem aos restantes fiéis, salva a integridade da fé e dos costumes, a reverência devida aos pastores, e tendo em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas" (glifos nossos)

LEIA estas SUGESTÕES que poderiam ser sugeridas aos seus Bispos:

1) Que o Sacerdote (que é o único Ministro Ordinário da Eucaristia) e que os 'Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão' (que são os leigos que no Rito Novo receberam - para condições especiais - a autorização para distribuir a Sagrada Comunhão) lavem bem as mãos e passem o álcool nas mãos antes da Celebração, ou antes de distribuir a Sagrada Comunhão;

2) Que a Comunhão seja distribuída na boca, assim, somente uma pessoa tocará na Partícula Consagrada; e se acharem necessário, "um acólito ou coroinha deve portar, ao lado do ministro que dá a comunhão, um recipiente com álcool em gel, para o ministro limpar os dedos, caso toque na boca ou língua de algum fiel, antes de dar a comunhão ao próximo comungante. Depois, esse recipiente deverá ser purificado e o álcool remanescente lançado na piscina da sacristia."

OU

Uma outra alternativa é fazer filas separadas:
  • filas para quem quer comungar somente na boca,
  • filas para quem quer comungar somente na mão.
Assim, ninguém seria obrigado a comungar da maneira que não quer, e cada um seguiria a sua consciência e assumiria a responsabilidade. É claro que esta opção de fazer 2 tipos de fila, não é a melhor opção, pois nesse caso, continuaria tendo a Comunhão nas Mãos; mas ao menos os católicos que tem consciência da necessidade de comungar somente na boca, não seriam privados, nem impedidos de fazê-lo!

3) Que utilizem partículas maiores para a Comunhão dos fiéis;

4) Que orientem os fiéis a maneira correta de se comungar na boca: "ter a cabeça ligeiramente voltada para cima, colocando a língua sobre o lábio inferior, e não fazendo nenhum movimento com a cabeça em direção ao Ministro, visto que é ele que faz o movimento ao nos dar a comunhão."


* * *
Sabemos que a recente forma de dar a 'Comunhão nas mãos', surgiu por um ato de desobediência (veja artigo sobre isso aqui), que depois, acabou perdendo o controle. E algo que foi (infelizmente) concedido por exceção, tornou-se 'comum'.

Não podemos aceitar que um erro, só pelo motivo de que tem sido repetido por muitos, e por muito tempo, agora seria o certo. Claro que não!

Entenda! Muitos que são a favor da 'Comunhão nas mãos', gostam de citar São Cirilo de Jerusalém (ano 350) e outros escritores, para afirmar que nos primórdios da Santa Igreja a Comunhão Eucarística era distribuída na mão dos fiéis; pois existe escritos registrando esta prática.

Mas, o que ocorre é o seguinte: embora é verdade que esta prática ocorreu em alguns lugares a partir da metade do segundo século, até o terceiro século; provavelmente no Tempo Apostólico a comunhão era recebida na boca. E os Documentos mais antigos, como a própria Sagrada Escritura e o Didaqué não mencionam a Comunhão na mão! Mas, se voltarmos ao Antigo Testamento, vemos que nem a Arca da Aliança podia ser tocada pelas pessoas comuns, mas somente pelos Levitas, que eram os Consagrados (cf. I Cro 15,2), e quem a tocasse, morreria (II Sam 6,6-7). Ora, a Arca é apenas um símbolo da presença de Deus entre o povo, mas a Eucaristia é o próprio Corpo de Deus!

E mesmo que esta prática tenha existido em alguns locais, e durante algum período de tempo, não significa que era o correto; nem mesmo se São Cirilo de Jerusalém, ou outro santo, fosse a favor.

Um bom exemplo disso - para fazer um paralelo - é a crença na Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Um dos maiores santos da Igreja, Santo Tomás de Aquino, não acreditava que a Santíssima Virgem tinha nascido sem pecado, e nem por isso a opinião dele era correta, mesmo ele sendo o "Santo Tomás".

Ele viveu antes da proclamação do Dogma; com certeza se ele tivesse vivido na época da proclamação do Dogma, teria cedido à opinião da Igreja.

Assim, não é porque existe um ou outro Santo que fez ou falou algo, que isso é correto; o que vale é o que o Magistério da Santa Igreja afirma!

Só a título de esclarecimento: o Dogma não é uma proclamação de algo 'que se deve crer a partir daquele momento', mas é uma proclamação que afirma (para que a partir de então, ninguém mais conteste) a fé que a igreja sempre teve em relação a tal ponto da Doutrina, mesmo que isto tenha chegado à maturidade da compreensão só depois de algum tempo!

Assim, a Santa Igreja, como Mãe zelosa, teve que dar um basta nos abusos da 'Comunhão na Mão' que existiu neste período entre o segundo e o terceiro século (pois ocorriam muitos abusos, como: de se levar a Eucaristia para casa, usar como amuleto, passar em partes enfermas do corpo, etc.) e passou a determinar que se recebesse apenas na boca e de joelhos.

E essas determinações explícitas vemos desde:
  • o ano 380, com o 1º Concílio de Zaragoza (Saragoça);
  • confirmado pelo Sínodo de Toledo (ano 400);
  • passando ainda pelo 6º Concílio de Constantinopla (ano 681),
  • pelo Concílio de Córdoba (839),
  • até chegar no Concílio de Rouen (de 878), que afirmou: "Nas mãos de nenhum leigo, homem ou mulher, a Eucaristia deve ser colocada, mas apenas na boca."
Todos estes Concílios afirmaram a proibição da Comunhão nas mãos, barrando todos os desrespeitos que aconteciam em alguns lugares até então.

Interessante que na recente Instrução "Redemptionis Sacramentum" vemos claramente duas situações:
- não se pode proibir a Comunhão na boca.
- mas pode-se proibir a Comunhão na mão em alguns casos.

“Dos documentos da Santa Sé depreende-se claramente que nas dioceses em que o pão eucarístico é depositado nas mãos dos fiéis, a estes fica absolutamente garantido o direito de o receber sobre a língua. Aqueles que obrigam os comungantes a receber a santa Comunhão unicamente nas mãos como também aqueles que recusam aos fiéis a Comunhão nas mãos nas dioceses que utilizam tal indulto, procedem contrariamente às normas estabelecidas."  Veja artigo completo aqui.


Mas o que vemos hoje em dia: quem faz o que é certo, é tipo por desobediente e rebelde; e quem aceita o "politicamente correto" do Modernismo e da Teologia da Libertação, cedendo às pressões dos que abusam da autoridade, são tidos como os obedientes e fiéis.

O "respeito humano" faz com que alguns católicos - mesmo não concordando com o fato de receber a 'Comunhão na mão' - terminam por ceder às pressões, isso porque não tem a alma varonil, de forma que não tem coragem de enfrentar (com respeito e educação, claro!) uma tal situação de abuso de autoridade; e sob o pretexto de que "não podem desobedecer as ordens do Bispo", acabam comungando na mão, e permitindo outros tipos de abusos litúrgicos!

Agora, o que vemos nas últimas notícias: Missas canceladas, Vaticano fechado, Eventos de Adoração cancelados! Tudo o que o inimigo das nossas almas quer!

Será que isso não vos lembra a passagem que Jesus cita o profeta Daniel sobre a abominação da desolação? (cf. Mt 24,15).

E esta profecia do Papa Pio XII parece bem atual: “Preocupo-me com as mensagens da Virgem Santíssima à pequena Lúcia de Fátima. A insistência de Maria acerca dos perigos que ameaçam a Igreja é uma advertência divina contra o suicídio de se alterar a fé, em sua liturgia, em sua teologia e em sua alma… Ouço a minha volta inovadores que desejam desmantelar a Capela Sagrada, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar seus ornamentos e fazê-la sentir remorso por sua história passada… “Dia virá em que o mundo civilizado negará seu Deus, em que a Igreja duvidará como o fez Pedro. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus. Em nossas igrejas, cristãos procurarão em vão pela luz vermelha de onde Deus os espera. Como Maria Madalena, em prantos no sepulcro vazio, eles perguntarão: ‘Aonde eles O levaram?’”

Concluindo: Os fiéis que tem conhecimento de que o correto é receber a Comunhão somente na boca, de modo algum, devem entrar em conflito ou brigar, mas ao mesmo tempo não podem ceder. O que fazer então? 

  • Primeiro, procurar estudar verdadeiramente a Fé Católica; ter consciência do que a Santa Igreja ensina;
  • Tentar um diálogo com o Bispo ou Padre, citando a ele as Sugestões que colocamos acima;
  • Não ceder, não aceitar comungar nas mãos. Procurar uma igreja onde se possa receber na boca;
  • Se de tudo não conseguir encontrar um local, fazer a Comunhão espiritual; acompanhada de súplicas de oração e sacrifícios, para que Deus tenha misericórdia e nos conceda a graça de mudar tal situação.
Oh! Senhor, dai-nos a têmpera dos mártires, daqueles que morreram por JESUS!


Miserere, Domine!
Miserere nobis!

28 de setembro de 2019

Resumo da Doutrina Católica sobre os Anjos

1. Os Anjos são puros espíritos que Deus criou para O adorarem, e executarem Suas ordens.


2. Deus os criou em estado de graça e de santidade, mas nem todos perseveraram nesse estado, uma parte deles revoltou-se contra Deus perdendo a graça pelo seu orgulho.


3. Deus recompensou a fidelidade dos Anjos bons confirmando-os em graça e dando-lhes a posse da felicidade no Céu.

4. A função dos Anjos bons são louvar a Deus e executar as Suas ordens.

5. Os Anjos bons, em especial os Anjos da Guarda velam por nós e protegem-nos.

6. Devemos respeitar a presença do nosso Anjo da Guarda, e invocá-lo nas tentações e perigos.

7. Deus castigou os anjos rebeldes expulsando-os do Céu e condenando-os ao suplício do inferno.

8. Os anjos maus procuram arrastar-nos ao mal, porque são inimigos de Deus e inimigos da felicidade eterna que nos é prometida.

9. É reprovado o uso de dar aos Anjos nomes particulares, exceto Miguel, Gabriel e Rafael, que estão contidos na Escritura. (Diretório sobre a piedade popular e liturgia, 217).

4 de julho de 2019

Pela vida de Vincent Lambert

  1. Para que Vincent-Lambert seja milagrosamente curado.
  2. Na luta contra a Eutanásia.
  3. E para que seja elevado à honra dos altares (seja canonizado) o monge Vicente-Maria da Ressureição.

Nós pedimos a Deus, por intercessão do Monge da Abadia de Lagrasse, Irmão Vicente-Maria da Ressurreição, falecido em 10 de abril de 2016, a cura milagrosa do francês Vincent-Lambert; para  que, mesmo sem o Tubo de Alimentação, ele sobreviva, e seja curado. Nós cremos em Deus, e na intercessão do monge Vicente. Seja feita a Vontade de Deus! Ajude-nos nesse pedido de intercessão, e compartilhe!

We are Christians, Catholics. We ask God that through the intercession of the Monk of the Abbey of Lagrasse, Brother Vincent Maria of the Resurrection, who died on April 10, 2016, miraculously heals Vincent Lambert; so that, even without the Feeding Tube, it will survive, and be healed. We believe in God, and in the intercession of the monk Vincent. May God's will be done!

Nous sommes chrétiens, catholiques. Nous demandons à Dieu que, par l'intercession du moine de l'abbaye de Lagrasse, le frère Vincent Maria de la Résurrection, décédé le 10 avril 2016, guérisse miraculeusement Vincent Lambert; de sorte que, même sans le tube d'alimentation, il survivra et sera guéri. Nous croyons en Dieu et en l'intercession du moine Vincent. La volonté de Dieu est faite.

Vincent Lambert com seus pais
Abbaye des Chanoines de Lagrasse

Frère (Irmão) Vincent-Marie de la Résurrection







1 de junho de 2019

A Eucaristia é uma Pessoa!

No Evangelho de São João há uma das mais belas passagens da Sagrada Escritura, quando Jesus começa a preparar os Seus discípulos para que eles compreendam e creiam no Mistério da Eucaristia. Após multiplicar os pães e realizar tantos outros sinais (milagres) que ultrapassavam extraordinariamente a lógica e a possibilidade natural dos elementos, Jesus começa um discurso que gera muita polêmica: ele começa a dizer que é o Pão da Vida, que desceu do Céu, que quem d'Ele comer viverá eternamente... E aprofundando nessa revelação, diz: “o Pão, que Eu hei de dar, é a Minha Carne para a salvação do mundo. A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: Como pode este homem dar-nos de comer a Sua Carne?” (Jo 6,22ss.51-52).

Nesse momento Jesus poderia ter explicado: ‘Não! Vocês não compreenderam. Não vos digo que darei Minha Carne em alimento, mas que darei um alimento que será um símbolo da Minha presença, e que representará Minha Carne. Mas, ao contrário, Ele continuou afirmando: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.” Depois ainda afirmou resolutamente: “Pois a Minha Carne é verdadeiramente uma comida e o Meu Sangue, verdadeiramente uma bebida” (Jo 6,53-55).

As pessoas ao redor ficaram escandalizadas, pensando que se tratava de canibalismo, costume de algumas religiões pagãs: “Muitos dos seus discípulos, ouvindo-O, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir? Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: Isso vos escandaliza? O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.” (Jo 6,60-63). Ou seja, Jesus não estava falando de canibalismo, mas também não falava em parábolas, como costumava fazer em outras ocasiões, Ele tentava explicar-lhes algo que, apesar de não ser simbólico, ultrapassava milagrosamente as possibilidades naturais dos elementos. E é impressionante ver as consequências desse discurso de Jesus. "Desde então, muitos dos Seus discípulos se retiraram e já não andavam com Ele."

Se Jesus estivesse falando em sentido simbólico, com certeza, explicaria melhor, para que os discípulos não O deixassem, mas Ele ainda perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?” E Simão Pedro proclamou o que nós ainda hoje, mais de dois mil anos depois repetimos: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!” (Jo 6, 66-69). Sim, só Deus pode fazer algo assim, que só a fé e o amor explicam. Jesus queria nos salvar por inteiro, e para isso, queria entrar em comunhão perfeita conosco e elevar-nos dando-nos dignidade de filhos de Deus. E para isso, fez-Se nosso alimento.

Mas, como Ele poderia fazer-Se nosso alimento sem recorrer às práticas canibalescas de cultos pagãos?

E como poderia fazê-lo não somente naquela época, mas durante todos os séculos até o fim do mundo?

A resposta é simples: Fazendo um milagre e criando a Eucaristia, assim, sendo nosso alimento, Ele poderia entrar em verdadeira comunhão conosco, e instituindo o Sacerdócio, criaria a possibilidade para que isso fosse perpetuado no decorrer dos séculos até a Sua volta.

Aquele que transformou a água em vinho, multiplicou pães, etc., não seria capaz de transformar um pão n'Ele mesmo?! Mas porque algo que é tão obvio e claro, se torna causa de dúvida, de escândalo, ou de crítica para tantas pessoas? Porque só pela humildade, amor e fé, é possível compreender isso, pois da humildade germina o verdadeiro amor, e deste, brota solidamente a fé.

Interessante analisar que foi a partir desse momento que o Evangelho afirma o início da perda de fé de Judas Iscariotes. Ele não buscava a salvação em Jesus, mas a libertação dos opressores desta terra.

Jesus declarou: “Mas há alguns entre vós que não creem... Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem O havia de trair.” (Jo 6,64).

O que dizer então dos hereges e apóstatas que protestam ou deturpam a Verdade da Fé?! Isso é muito sério! “Não vos escolhi eu todos os doze? Contudo, um de vós é um demônio!... Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, porque era quem O havia de entregar não obstante ser um dos Doze.” (Jo 6,70-71).

Mas a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, sempre afirmou que a Eucaristia não é um símbolo, mas é uma Pessoa! E uma Pessoa Divina! E comungando a Eucaristia recebemos, milagrosamente, o próprio Corpo, Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado, que está sentado à direita do Pai.

Se a Eucaristia fosse símbolo, não seria causa de condenação para os sacrílegos, como afirma São Paulo, que após narrar o episódio da Última Ceia, declara abertamente: “Todo aquele que comer o Pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor... Aquele que come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação... Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos. Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” (I Cor 11, 27-31).

Dessa forma, cremos que a Eucaristia não é um símbolo, um pão (comum) de igualdade, para reunir os que querem entrar na luta do povo, para ter a posse desta terra, deste chão - dizeres que infelizmente, muito infelizmente mesmo, escutamos em algumas músicas contaminadas pela Teologia da Libertação em nossas Paróquias e Comunidades. Mas... a Eucaristia é enfim, um Alimento Sagrado e Salvífico, para os fiéis batizados, e que estejam em estado de graça, que buscam a santidade, e esperam receber de Deus a posse da verdadeira terra, a pátria celeste.

E São Paulo conclui: “Se alguém tem fome, coma em casa. Assim vossas reuniões não vos atrairão a condenação.” (I Cor 11,34). Vemos claramente aqui que São Paulo fazia sim uma grande distinção entre uma refeição comum e a Celebração Eucarística. A Eucaristia, não é um simples banquete fraterno, partilhado ao redor de uma mesa, para sanar a fome dos pobres, economicamente falando, mas uma celebração espiritual, uma refeição espiritual, a renovação do «mesmo e único» Sacrifício da Cruz, sob as espécies de pão e vinho, como na Última Ceia, agora atualizado em nossos Altares de maneira incruenta, para sanar a fome - das almas, dos pobres - em espírito.

Assim, todas as vezes que entrarmos em uma Igreja, em uma Capela, onde tem a Santíssima Eucaristia, façamos uma genuflexão e adoremos o Senhor (só quem não pode ajoelhar, por motivo de saúde ou deficiência física, está dispensado da genuflexão), pois não estamos diante de um Símbolo, mas diante de uma Pessoa, de Deus mesmo, diante do Qual, os  Santos Anjos e Santos no Céu estão prostrados em sublime, feliz e amorosa adoração.

22 de fevereiro de 2019

Sobre: como será o anticristo

Este artigo foi apresentado originalmente no site (ZENIT.org), mas parece que não está mais 'no ar'. Então, para não deixar perder este texto, de tão grande importância, reproduzimos aqui, na íntegra.
Cardeal Giacomo Biffi celebrando a Eucaristia

O Cardeal Giacomo Biffi faleceu no dia 10 de julho de 2015. No ano de 2007, durante o Pontificado do Papa Emérito Bento XVI, ele pregou os exercícios espirituais para o Papa e para a Cúria Romana; e nesse retiro ele apresentou o seguinte assunto:

* * *
(Atenção: Grifos nossos)

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org). O cardeal Giacomo Biffi apresentou a Bento XVI e à Cúria Romana «a advertência profética de Vladimir S. Soloviev» sobre o anticristo. O pregador dos exercícios espirituais fez referência ao filósofo e poeta russo, que viveu entre 1853 e 1900, para explicar que o anticristo, na verdade, consiste em reduzir o cristianismo a uma ideologia, em vez de ser um encontro pessoal com Cristo salvador.

Citando a obra de Soloviev, «Três diálogos» (1899), o arcebispo emérito de Bolonha recordou que «o anticristo se apresenta como pacifista, ecologista e ecumenista».

«Convocará um Concílio ecumênico e buscará o consenso de todas as confissões cristãs, concedendo algo a cada um. As massas o seguirão, menos alguns pequenos grupos de católicos, ortodoxos e protestantes», disse.

Segundo a síntese de sua pregação desta terça-feira pela tarde, oferecida pela «Rádio Vaticano», o cardeal explicou que «o ensinamento que o grande filósofo russo nos deixou é que o cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de valores. No centro do ser cristão está, de fato, o encontro pessoal com Jesus Cristo».

«Chegarão dias nos quais na cristandade se tratará de resolver o fato salvífico em uma mera série de valores», escreveu Soloviev nessa obra.

Em seu «Relato sobre o anticristo» Soloviev prevê que um pequeno grupo de católicos, ortodoxos e filhos da Reforma, resistirá e responderá ao anticristo: «Tu nos dás tudo, menos o que nos interessa, Jesus Cristo».

Para o cardeal Biffi, esta narração é uma advertência. «Hoje, de fato, corremos o risco de ter um cristianismo que põe entre parênteses Jesus com sua Cruz e Ressurreição», lamentou.

O arcebispo explicou que, se os cristãos se «limitassem a falar de valores compartilháveis, seriam mais aceitos nos programas de televisão e nos grupos sociais. Mas desta maneira teriam renunciado a Jesus, à realidade surpreendente da Ressurreição».

Para o purpurado italiano, este é «o perigo que os cristãos correm em nossos dias»: «o Filho de Deus não pode ser reduzido a uma série de bons projetos homologáveis com a mentalidade mundana dominante».

Contudo, precisou o purpurado, «isso não significa uma condenação dos valores, mas que estes devem ser submetidos a um atento discernimento. Há valores absolutos, como o bem, a verdade, a beleza. Quem os percebe e os ama, ama também Cristo, ainda que não saiba, porque Ele é a verdade, a beleza, a justiça».

O pregador dos exercícios precisou na capela «Redemptoris Mater», do Palácio Apostólico do Vaticano, que, por outro lado, «há valores relativos, como a solidariedade, o amor pela paz e o respeito pela natureza. Se estes se convertem em absolutos, desarraigando ou inclusive opondo-se ao anúncio do fato da salvação, então estes valores se convertem em instigação à idolatria e em obstáculos no caminho da salvação».

Ao concluir, o cardeal Biffi afirmou que «se o cristão, para abrir-se ao mundo e dialogar com todos, dilui o fato salvífico, fecha-se à relação pessoal com Jesus e se coloca do lado do anticristo».

7 de março de 2018

Levantai vossas cabeças!!!

Imagem de Nossa Senhora do Apocalipse
Porque a Santíssima Virgem Maria chorou em La Sallete? (veja aqui)
Porque nossa Senhora (Rosa Mística) apareceu primeiramente com três espadas no peito em Montichiari e em Fontanelle? (veja aqui)
Porque ela ainda desceu à Terra em Fátima e pediu que tomássemos cuidado com os erros que a Rússia espalharia sobre a terra e que rezássemos o Santo Rosário, fizessemos orações e sacrifícios, e nos consagrássemos ao seu Coração Imaculado? (veja aqui)
* * *

"Suponha que o Comunismo foi somente o mais visível dos instrumentos de subversão usados contra as tradições da Revelação Divina.
As mensagens da Santíssima Virgem à Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma.
Ouço à minha volta inovadores que querem desmantelar a Capela-Mor, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os Seus ornamentos e fazê-La ter remorsos do Seu passado histórico.
Chegará um dia em que o Mundo civilizado negará o seu Deus, em que a Igreja duvidará como Pedro duvidou. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus.
Nas nossas igrejas, os Cristãos procurarão em vão a lamparina vermelha onde Deus os espera. Como Maria Madalena, chorando perante o túmulo vazio, perguntarão: 'Para onde O levaram?'."
Palavras do Cardeal Eugenio Pacelli – futuro Papa Pio XII
* * *
"Quando começarem a acontecer estas coisas,
reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação." (Lc 21,28)
* * *
Porque "as portas do inferno
não prevalecerão
sobre ela" (a Igreja)! (cf. Mt 16,18)
* * *
"Por fim, meu Imaculado Coração triunfará!" (N.Sra. de Fátima)

1 de maio de 2014

Até quando, Senhor?

 Quantas vezes diante de fatos dolorosos em nossa vida, ou mesmo quando nos deparamos com a ação do mal no mundo, lançamos a Deus um apelo em busca de respostas que nos satisfaçam, como:



"Onde está Deus que não me ajuda?!"

"Por que Deus não impede o mal?!"

Dias atrás conheci um senhor muito simpático que, sentado no banco de uma rodoviária, desenhava - e muito bem - o Imaculado Coração de Maria. Era um grafiteiro autodidata que havia separado de sua esposa e, morando na rua, ganhava o pão de cada dia com o seu talento.

Conversando com ele, percebi que era uma pessoa que trazia dentro de si uma grande sede de Deus, da Verdade e do Bem, mas ao mesmo tempo, tinha o coração marcado pelo sofrimento, e ferido pela mágoa, angústia e indignação.

Ele fez estas mesmas perguntas a respeito do (aparente) “silêncio de Deus” em face de tantos fatos injustos que sofremos ou presenciamos.

Tentei explicar a ele que Deus criou tudo bom, mas o próprio homem, afastando-se de Deus e de Sua lei, caiu nos laços do demônio e, utilizando mal a sua liberdade, acabou causando danos a si e ao próximo. 

Mas... logo meu ônibus chegou e tive que partir. Deixei-o, pesarosa, pois ele ainda não havia se convencido que Deus não abandonou o ser humano... pois amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho Único, Jesus Cristo, como Redentor (cf. Jo 3,16).

Fiquei a pensar em tantas pessoas que perdem a fé porque se deixam levar por tais questionamentos. 

Então, encontrei em um livro uma passagem que responde a esse paradoxo do mal.

Nele dizia que Deus não impede o mal e a ação de satanás porque,


“tendo criado os homens e os anjos livres, deixa que ajam conforme a sua natureza inteligente e livre.
No fim, Ele fará as contas e dará a cada um o que merece... A parábola do joio e do trigo é bastante clara a esse respeito: quando os servos pedem que se retire o joio, o patrão se recusa a fazê-lo e diz que será preciso esperar o tempo da colheita.
Deus não renega as suas criaturas, mesmo quando elas se comportam mal. Se impedisse a sua ação, a criatura seria julgada antes que tivesse a possibilidade de expressar-se integralmente.
Somos seres finitos, nossos dias na terra estão contados, e por isso não gostamos dessa paciência de Deus.
Temos pressa em ver o bem premiado e o mal punido. Deus espera, permitindo que o homem tenha tempo de se converter, servindo-se muitas vezes também do demônio para que o homem possa provar que é fiel a seu Senhor”
(Leite, Silvana C. - Para falar de Anjos; Loyola).

Na verdade podemos perceber que cada coração humano que grita: “Até quando, Senhor?!”, ainda não compreendeu o Mistério da Economia da Salvação. 

Isso não significa, é claro, que devemos cruzar os braços e deixar que o sofrimento, a doença, o desemprego, a injustiça, etc. progridam.

De modo algum! Devemos agir, sim, e buscar sempre o que é justo e direito, o bem, a paz, a dignidade, a verdade e a ordem; mas, jamais devemos nos revoltar por acontecimentos que “temporalmente” permanecem sem respostas.

Com certeza você conhece ou já ouviu falar de pessoas que, diante de um doloroso quadro de uma doença incurável, por exemplo, dão um belíssimo testemunho de fé e amor!

E um dos melhores modelos que temos é a Santíssima Virgem Maria que, junto à Cruz, vendo seu filho sendo torturado e morto injustamente, permaneceu de pé, revelando ao mundo que nosso sofrimento, unido ao de Cristo, torna-se corredentor (conf. Jo 19, 25 e Col 1, 24).

Interessante que aquele grafiteiro da rodoviária desenhava o Imaculado Coração de Maria. Lembrei-me de que em Fátima, Nossa Senhora afirmou: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”

Maria anunciava ali a vitória de todos que, crendo no amor de Deus, não se esmorecem diante das tribulações ou injustiças causadas direta ou indiretamente pelo pecado, pelo mal, mas com firme esperança no amor de Deus sabem que “todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1Jo 5,4).

Que possamos também ser portadores desta fé, desta esperança, n'Aquele que, por nosso amor, humildemente baixou até este vale de lágrimas e nos deu uma Mãe que intercede junto a Ele por nós. 

Salvou-nos por Sua morte, e ressuscitou para nos dar a Vida... preparou-nos um lugar (conf. Jo 14, 2) onde “enxugará toda lágrima de nossos olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor” (conf. Ap 21,4). Deus é Bom!
Maio de 2012