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21 de julho de 2019

Saiba quais são os cânticos TL


Em tempos de Sínodo da Amazônia... Ou seja, tempos que temos que rezar triplicado pela Santa Igreja, pelo Papa, Bispos e Sacerdotes... lembrando que, apesar de toda confusão e crise que a Santa Igreja possa estar passando, "as portas do inferno não prevalecerão sobre ela!"

Vamos tocar em um assunto que quase ninguém presta atenção: os cânticos da Teologia da Libertação. Sim, aqueles cânticos que saem nos "folhetinhos" de Missas Paroquiais, geralmente estreados nas "Campanhas da Fraternidade".

Na maioria das vezes, camuflados sob melodias bonitas, e misturados com frases bíblicas, eles trazem consigo uma mensagem que vai aos poucos mudando a mentalidade das pessoas, fazendo com que aos poucos as pessoas se acostumem com a linguagem de pensamentos marxistas, comunistas, socialistas... o que é totalmente contrário a fé católica.

Infelizmente, a maioria dos católicos não conseguem enxergar a mensagem por trás destes cânticos... acham normal, ou até bonitos... porque cresceram em um tempo onde esta mentalidade de Marxismo Cultural já era bem disseminada.

Esse é um alerta aos músicos católicos! Recusem tocar nas Missas estes cântico (e outros que talvez não estejam nesta lista), e que influenciam:
  • para o político-social;
  • para a apologia à luta de classes;
  • para a crítica, desvalorização, ou nivelamento da Hierarquia da Igreja;
  • para a deturpação da interpretação tradicional da Sagrada Escritura, da Tradição, da Fé e da Moral da Igreja;
  • para a neutralização ou mesmo destruição daquilo que é sagrado.
  • que trazem um espírito de rebeldia e revolução dentro da própria Igreja.
A Linguagem da Teologia da Libertação é própria, e já está há tanto tempo enraizada em nossa igreja, em nosso país e cultura, que muitos não percebem mais os desvios... Por exemplo: Não se fala em nenhum tipo de pecado: o único pecado para a "Teologia da Libertação" é somente o pecado social... O reino para eles não é o Celeste, mas é aqui mesmo, fazendo a "reforma agrária". O pão que eles desejam dar para todos, não é o Corpo e o Sangue de Cristo, mas o pão da igualdade, da partilha... que sacia a fome material. O Altar é somente uma mesa fraterna, onde se reúnem. O único milagre que existe (porque eles justificam todos) é o milagre "da partilha"... e por aí vai...


Não se fala de virtudes, de vida de oração, de confissão dos pecados, de conversão, de santidade, de pureza, de modéstia, de castidade, de fidelidade no matrimônio, de família santa, etc... essas palavras parecem não existir para eles!

Vejamos alguns exemplos, com uma breve reflexão:

1. SE CALAREM A VOZ DOS PROFETAS (Ir. Vaz Castilho)
Vamos analisar algumas frases:

- "Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem os poucos caminhos, mil trilhas nascerão."
- Eles se consideram os profetas que não se calam... Vivem em uma contínua luta revolucionária...
- "Muito tempo não dura a verdade"
- Ao contrário! A Verdade de DEUS é uma só, e dura para sempre! Assim como a Verdade que JESUS deixou em Sua Santa Igreja, através da Sagrada Tradição, Sagrada Escritura e Sagrado Magistério.
- "nessas margens estreitas de mais"
- Seria uma crítica sobre os costumes tradicionais da Santa Igreja?
- "É Jesus este pão de igualdade"
- JESUS Eucarístico não é "pão de igualdade", pois infelizmente, não são todos os que podem comungá-Lo. Para comungar a Eucaristia é preciso ter recebido a Catequese, e estar em "estado de graça", ou seja, sem pecado mortal. Assim, não se pode "igualar todas as pessoas", pois muitas não querem deixar a vida de pecado: adultério, fornicação, corrupção, idolatria, etc. E como diz São Paulo: "que cada um se examine antes de comer deste Pão e beber deste Cálice, porque quem O come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação". Assim, JESUS não é pão comum de igualdade, para fortalecer os que sofrem da "fome social", mas é alimento de salvação eterna, para os fiéis que buscam a conversão e a santidade!

- "Com a luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo. Viemos pra incomodar!"
- Ainda precisa de comentário?! A luta do verdadeiro cristão deve ser pela própria conversão, a busca da santidade, para alcançar o Céu. Comungar não nos torna um perigo! Mas nos torna instrumentos da verdadeira paz e caridade. E o único incômodo que um cristão deve provocar é de ser, "no meio desta geração perversa", um testemunho de uma "vida santa"!

- "No banquete da festa de uns poucos, só rico se sentou. Nosso Deus fica ao lado dos pobres, colhendo o que sobrou."
Aqui é uma crítica ao que eles chamam de "elite social da Igreja". Sim, DEUS fica ao lado dos pobres, mas principalmente dos "pobres de espírito", pois não basta ser pobre materialmente para ter o Céu garantido. Geralmente os que estão envolvidos em lutas "a favor" dos pobre, pensam somente no material, em "ajuntar tesouros onde a traça e a ferrugem consomem"; não pensam nos bens eternos, nem na salvação das almas deles; não pensam em conversão de vida e de costumes; mas usam os pobres e a "causa dos pobres" como um palanque político, para promoverem a si mesmos e os seus ideais comunistas... e uma vez no poder, eles tornam-se opressores, e ditadores, como vemos em todos os Regimes Comunistas. O Comunismo tem um "ideal utópico" onde tudo é igual para todos, mas este "todos" compreende somente o povão, porque os dirigentes do próprio Comunismo estão sempre em uma "casta" acima.
- "O poder tem raízes na areia. O tempo faz cair..."
A palavra "poder" aqui é uma crítica à ordem e à hierarquia, tanto em relação às autoridades civis quanto religiosas. Frases contra o poder, e à favor da igualdade, são muito usadas no meio da Teologia da Libertação; mas são usada de uma maneira totalmente deturpada, no sentido de ir contra o poder que DEUS deu às autoridades constituídas. DEUS quis a ordem e a hierarquia. E em relação às autoridade eclesiásticas, São Paulo é bem claro: "Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação" (Rm 13,1-2). 
- "Toda luta verá o seu dia, nascer da escuridão."
- Que luta?! Só se for a luta revolucionária! Pois nada que é de DEUS brota da escuridão, pois DEUS é Luz e Santidade!

2. VEJAM, EU ANDEI PELAS VILAS...

- "Vejam, Eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu.. eu não quis ser escravo de um poder que retrai... Semeei consciência nos caminhos do povo... Tramas, enfrentei prepotência dos que temem o novo, qual perigo sem fim... Vejam, Eu quebrei as algemas, levantei os caídos, do meu Pai fui as mãos... Laços, recusei os esquemas, Eu não quero oprimidos, quero um povo de irmãos... Vejam: Procurei ser bem claro; o meu reino é diversonão precisa de Rei... Tronos, outro jeito mais raro de juntar os dispersos o meu Pai tem por lei... Vejam, fui além das fronteiras..."
- Este cântico vai na mesma linha do anterior. Mostra um JESUS socialista e revolucionário: "escravos de um poder que retrai"; "enfrentei prepotência dos que temem o novo". Que novo seria este? A Teologia da Libertação? DEUS é sempre o mesmo: ontem, hoje e sempre! "Quebrei algemas", "recusei esquemas", "meu reino é diverso, não precisa de Rei", ou seja, eles não precisam de uma autoridade, eles querem ser a autoridade que os governe. Além disso, usa uma linguagem popular, bem próxima ao povo: "vilas, povo..." Enfim, este cântico, não tem nada que eleve as almas à contemplação dos bens eternos, mas somente paira em uma visão humana, de revoltas e lutas contra os poderes estabelecidos, e propõe uma luta sócio-política mesmo dentro da Igreja. E olha que é um cântico para o momento da Comunhão Eucarística! Este é um daqueles cânticos que "pescam" facilmente as pessoas que não prestam atenção ao conteúdo, mas fixam-se apenas na melodia envolvente.

3. AS MESMAS MÃOS (Zé Vicente)

Este "Zé" aparecerá aqui muitas vezes. Creio que seja o compositor (ou intérprete) principal dos cânticos de Teologia da Libertação.

- As mesmas mãos que plantaram a semente aqui estão. O mesmo pão que a mulher preparou aqui está. O vinho novo que a uva sangrou jorrará no nosso altar. / A liberdade haverá, a igualdade haverá. E nessa festa, onde a gente é irmão, o Deus da vida se faz comunhão. / Na flor do chão brilha o sonho da paz mundial...
- Também é um cântico que rebaixa ao nível do terreno, uma meditação que deveria elevar a alma para o Céu, para o Sagrado. Fala-se de "mãos que plantam", "pão que a mulher preparou". Em vez de ser uma meditação mística do que significa o pão e o vinho, torna-se quase que uma reflexão agrícola! Depois, volta no tema favorito deles, que lembra o mesmo grito da Revolução Francesa: "liberdade, igualdade, fraternidade", e o "sonho de paz mundial!" Mas poderiam alguns incautos questionar: "Mas o que tem demais em falar de liberdade, de igualdade, e de fraternidade? Isso não é bom?!" Poderia até ser bom, mas não no conceito que é aplicado. E infelizmente, hoje em dia, estas expressões tomaram outro significado, todos ligados ao Marxismo Cultural.

4. TRABALHAR O PÃO (Padre Zezinho)

- "Trabalhar o pão. Celebrar o Pão. Oferecer e Consagrar o Pão."
- Também rebaixa a meditação do Sagrado a algo social. Outro pequeno detalhe, que pode passar despercebido, é colocar em uma mesma estrofe o fato de: trabalhar, celebrar, oferecer e consagrar. Ora! Quem faz o pão é um trabalhador leigo, mas quem oferece e consagra é um Sacerdote. Assim, neste cântico, há uma insinuação de nivelamento da hierarquia, onde aquele que trabalha o pão, também o consagra.
- "Fruto do suor e do trabalho. Sacrifício que Jesus pediu. Pão da liberdade e da justiça... Fruto da esperança e da partilha... Pão bendito da libertação!"
- Mesma ladainha de sempre!... Pega-se um cântico que deveria ser usado para evangelizar e catequizar as pessoas para a Sacralidade da Eucaristia, e rebaixa a um tema social e político. E ainda por sinal confunde as pessoas, dizendo que este é o sacrifício que Jesus pediu.

5. GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS (Pe. Zezinho)

- Glória a Deus nas alturas é o canto das criaturas. Rios e matas se alegrem, teus povos pro Ti esperam. Paz para o povo sofrido, é o grito dos oprimidos. A terra mal repartida clama por Tua justiça... Veio por meio dos pobres, pra carregar nossas dores. Glória ao Espírito Santo/ que nos consola no pranto./ Que orienta a igreja/ pra que do pobre ela seja...
- O primeiro ponto que está errado, é que este cântico não tem a mesma letra da oração do Glória, o que deveria ter. Depois, vemos que se volta no mesmo tema de lutas sociais... Sem mais comentários!

6. A MESA TÃO GRANDE E VAZIA (Zé Vicente)

- Ao recebermos, Senhor, Tua presença sagrada, pra confirmar teu amor, faz de nós Tua morada. / Surge um sincero louvor...
- Até então, tudo poderia até estar bem... quando começa aquelas palavrinhas que aos mais despercebidos, poderiam não significar nada... mas para quem já está escolado na Teologia da Libertação, sabe que sempre tem um significado bem social:
- Brota a semente plantada... Desamarrem as sandálias e descansem. Este chão é terra santa, irmãos meus. Venham, orem, comam, cantem. Venham todos...
- A propósito, quando Deus pediu para Moisés tirar as sandálias - porque onde ele estava era uma terra santa -, não pediu para ele descansar, mas para preparar-se para fazer a Sua Vontade, que era conduzir o povo de Israel para a Terra Santa. E, como dissemos anteriormente, no momento da Eucaristia, não são "todos" que podem comungar, mas somente aqueles que estão em Estado de Graça.

7. NOSSOS PRESENTES (Zé Vicente)

- Como o cântico anterior, este também começa "camuflado". Fala até de "memória e tradição!" Oh! Que maravilha!
- Trazemos pão e vinho da memória e tradição. / Da eterna aliança, sempre nova no cristão. / O corpo todo entregue por amor em comunhão. / Ô, ô, ô... ô, ô, ô. é tudo teu, Deus do amor.
- Mas... a continuação do cântico mostra bem a intenção. Na verdade, o título deveria ser: "Reforma Agrária: nosso presente". Para ser bem claro, poderíamos dizer: "terras e casas invadidas". Até que a palavra "ocupadas" retratou muito bem a intenção. Parece até ser um Hino do MST...
- "Os frutos produzidos, nestas terras conquistadas. / As flores dos jardins de tantas casas ocupadas... / Trazemos novo mapa da história alternativa. / A nova humanidade solidária combativa...
 Nos olhos tantos sonhos de um futuro com mais vida. / Nos pés a marcha lenta para a terra prometida."
- Este "sonho do futuro e da terra" com certeza não é o Céu, mas a posse de qualquer propriedade privada...

8. UTOPIA (Zé Vicente)

- "...Quando as cercas caírem no chão. Quando as mesas se encherem de pão. Eu vou cantar... Quando os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins vão perfumar. / Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada de novo. No olhar da gente a certeza de irmãos, reinado do povo. / Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação. Eu vou sonhar. / E o decreto que encerra a opressão... / Quando a voz da verdade se ouvir... E a mentira não mais existir, será enfim, tempo novo de eterna justiça Sem mais ódio sem sangue ou cobiça..."
- Com certeza, este é um dos Hinos preferidos dos TL's. É realmente a "utopia" de todo Comunista... Acho que nem é necessário uma análise deste cântico!

9. O QUE VALE É O AMOR (Zé Vicente)

- "Se é pra ir a luta, eu vou! Se é pra tá presente, eu tô!... É que a gente junto vai / reacender estrelas vai/ replantar nosso sonho em cada coração. / Enquanto não chegar o dia / Enquanto persiste a agonia / A gente ensaia o baião / Lauê, lauê, lauê, lauê...
- Este aí dever ser o cântico de convocação para as reuniões... Será que essas estrelas que eles querem acender, são as do PT? E pra terminar... um "lauê, lauê" quem lembra mais um cântico de Candomblé...

10. OFERTÓRIO DO POVO (Zé Vicente)

- "Quem disse que não somos nada e que não temos nada para oferecer... A fé do homem nordestino que busca um destino e um pedaço de chão./ A luta do povo oprimido que abre caminho e transforma a nação. Ô, ô, ô, ô, recebe Senhor. / Retalhos de nossa historia bonitas vitórias que meu povo tem. Palmares, Canudos, Cabanas são lutas de hoje e de ontem também... / Aqui trazemos a semente sangue desta gente que fecunda o chão. Do gringo e tantos
lavradores, santos e operários em libertação. / É força que destrói a morte e muda nossa sorte é ressurreição. Ô, ô, ô, ô recebe Senhor."
- Antes, a mensagem era camuflada, agora está mais clara! E perguntamos: por acaso a Santa Igreja é formada só por pessoas oprimidas que buscam um pedaço de chão? Será que é esta "libertação" que Jesus veio trazer? Mas Nosso Senhor Jesus Cristo, veio nos trazer a salvação! A libertação que Jesus nos alcançou com Sua morte e ressurreição, não é a dos poderes políticos, mas a libertação do pecado; também da ganância e das lutas. Ele quer que lutemos, antes de tudo, para alcançar a conversão, a santidade e o Céu, "pois que vale o homem ganhar o mundo inteiro, se vir a perder a sua alma?!" A santidade sim é a força que destrói a morte e "muda nossa sorte"! Isso é ressurreição!

11. Ó SENHOR NÓS ESTAMOS AQUI (Frei Luiz Terra)

- "Ó senhor, nós estamos aqui, junto à mesa da celebração... Igualdade, fraternidadenesta mesa nos ensinais... Este encontro convosco, Senhor, incentiva a justiça e a paz, nos inquieta e convida a sentir os apelos que o pobre nos faz."
- Quando tiver um cântico que chama o "Altar" do Santo Sacrifício da Missa, de "mesa", já podemos desconfiar! Quando começa a  usar palavras como: "justiça", "libertação", "povo", "terra", "chão",  "milagre da partilha", e ainda a frase bem conhecida da Revolução Francesa: "Igualdade, liberdade, fraternidade" (que foi inclusive o cântico de uma "Campanha da Fraternidade"), então, não resta mais dúvida: é um cântico TL, marxista!


12. IMPORTA VIVER

- "Na mesa sagrada ... / Enquanto na terra o pão for partido / O homem nutrido se transformará / Vivendo a esperança num mundo melhor / Com Cristo lutando, o amor vencerá. / Chegar junto à mesa é comprometer-se... / O grito dos fracos devemos ouvir... / Se unidos buscarmos libertação..."
- Aqui entra a mesma reflexão: Usar a religião como palanque para resolver problemas sociais. A expressão "grito dos fracos" é praticamente sinônimo do "grito dos excluídos", algo totalmente relacionado à reforma agrária. E mais uma vez lembramos: não é "mesa", e sim: "Altar".

13. DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER
- "... Dai-lhes vós mesmos de comer, Que o milagre vai acontecer! / Quando o pão é partilhado ... / O milagre da partilha serve a mesa dos irmãos..."

- Um dos grandes erros ensinados pela Teologia da Libertação, é justificar ou negar os milagres da Bíblia. Os milagres da multiplicação dos pães, que têm toda uma vertente Eucarística, de amor e salvação, eles deturpam para uma reflexão de partilha social para acabar com a fome da terra. Assim, sempre encontraremos as expressões: "mesa, milagre da partilha, etc."

14. PÃO EM TODAS AS MESAS

- "... A mesa da Eucaristia nos quer ensinar, ah, ah / Que a ordem de Deus nosso Pai é o pão partilhar / Pão em todas as mesas... / As forças da morte, a injustiça e a ganância de ter, de ter / Agindo naqueles que impedem ao pobre viver, viver / Sem terra, trabalho e comida a vida não há, não há... / Irmãos, companheiros na luta vamos dar as mãos... / Unindo a peleja e a certeza vamos construir, aqui / Na terra, o projeto de Deus... / ... o pão partilhado a presença Ele nos deixou - deixou! / Bendita é a vida nascida de quem se arriscou, ô ô / Na luta pra ver triunfar neste mundo o amor!
- O problema de todos estes cânticos - para quem ainda não conseguiu entender - é que eles transformam a realidade sagrada e espiritual da Santa Missa, em um palanque para assuntos sociais e políticos.

Poderiam alguns ainda dizer: "Ah! Mas os cristãos também devem agir na sociedade, defender os direitos dos pobres e oprimidos!"

Então, explicamos: Com certeza! Os cristãos leigos devem agir na sociedade e aplicar objetivamente em todo o meio em que vive os valores cristãos, colocando em prática a caridade. Mas isto é feito a partir de cristãos convertidos.

Assim, o papel da Santa Igreja, e principalmente o momento Sagrado da Santa Missa, deve ser educar e evangelizar as pessoas, primeiramente conduzindo cada uma para a vida de oração, para a vivência dos Sacramentos, para a conversão.

Como disse a Santa Teresa de Calcutá: "Quer fazer alguma coisa para promover a paz mundial? Vá para casa e ame sua família!"

E um outro ditado: "Antes de mudar o mundo, dê três voltas em torno de sua casa!"

Assim, alimentados pela Eucaristia e formados pela Palavra de Deus, os cristãos podem fazer o bem na sociedade.

Afinal, se utilizarmos a Igreja para falar de política e problemas sociais, onde então se falará de Deus? Em que hora falaremos de Deus?!

Creio que não é mais necessário tanta explicação. Eis abaixo outros cânticos. Com certeza esta lista é maior... e a cada dia... com cada nova "Campanha da Fraternidade", "Sínodos de Amazônia", e coisas parecidas... esta lista, infelizmente, irá aumentar:

15. É prova de amor (Frei Luiz Terra)
16. Cantar a beleza da vida
17. A mesa santa que preparamos
18. Eu creio num mundo novo
19. Meu canto, minha arma (Zé Vicente)
20. Na mesa da Eucaristia (Padre Vanildo)
21. Em Tua mesa
22. Eu vim para que todos tenham vida 

7 de março de 2018

Tenhamos o Sangue dos Profetas e Mártires!

07 de março de 2018: Como o nosso Blog tem como uma das finalidades a defesa da fé e da verdade, como fiéis, pertencentes ao Corpo Místico de CRISTO, não podemos deixar de nos posicionar diante dos fatos que estão acontecendo na atualidade.

Diante da Nota de Sua Excelência Dom Rifan em relação às críticas apresentadas à CNBB, e do Pronunciamento do Reverendíssimo Padre Paulo Ricardo a respeito das polêmicas envolvendo a CNBB, em uma Live, no dia de ontem, e do mais recente vídeo do Bernardo Küster, respondendo aos dois primeiros, queremos opinar.

Ficamos felizes com a Nota do Dom Rifan, e respeitamos o pronunciamento feito com sabedoria pelo Padre Paulo Ricardo, mas continuamos apoiando a coragem na luta pela defesa da fé do jovem leigo Bernardo Küster.

Santo Tomás de Aquino ensina que, em casos extremos, é lícito resistir publicamente até ao Santo Padre, assim como São Paulo resistiu a São Pedro (cf. Gálatas 2,14). Vejamos o que diz este Doutor Angélico:

"(...) havendo perigo próximo para a fé, os prelados devem ser arguidos [questionados], até mesmo publicamente, pelos súditos. Assim, São Paulo, que era súdito de São Pedro, arguiu-o publicamente, em razão de um perigo iminente de escândalo em matéria de Fé. E, como diz a Glosa de Santo Agostinho, "o próprio São Pedro deu o exemplo aos que governam, a fim de que estes afastando-se alguma vez do bom caminho, não recusassem como indigna uma correção vinda mesmo de seus súditos". (Santo Tomás de Aquino, Suma Theológica II-II,33,4,2) [grifos nossos].

E o que temos visto - há um bom par de décadas - senão:
  • A politização da fé nas comunidades paroquiais (CEB's, Teologia da Libertação & Cia.);
  • O apoio velado e, às vezes descarado, à partidos Comunistas e Socialistas, inclusive com a presença de padres e bispos junto destes políticos, e em suas reuniões;
  • A profanação dos Mistérios Sagrados e da Espiritualidade em nome da inculturação e do modernismo;
  • Os escândalos dos apoios a Ideologias e Movimentos contrários a fé e à moral da Santa Igreja, que afetam diretamente os Sacramentos deixados por CRISTO;
  • O apoio velado de muitos prelados ao fim do celibato, ao casamento homossexual, à comunhão aos divorciados, à ordenação de mulheres, etc.;
  • O desvio da necessária Contemplação da Paixão de Cristo, e da verdadeira Espiritualidade Quaresmal para uma fé rebaixada à 'campanhas libertadoras' com mensagens sociais-comunistas;
  • O imcompreensível ecumenismo de quem implica ou persegue os irmãos da própria Igreja - só porque estes desejam viver a Sagrada Tradição -, mas acolhe com grande liberdade - em nome desse Ecumenismo - os de fora, com suas doutrinas pagãs, afro ou orientais?
Agora vos pergunto: Quem está causando a divisão na Santa Igreja? Aqueles que querem defender a Santa Igreja e sua integridade, ou aqueles que a estão destruindo por dentro, como bem denunciou o Papa Paulo VI: ao afirmar que "por alguma brecha, a fumaça de Satanás entrou dentro da Igreja!"

A Santíssima Virgem em Fátima também já nos tinha alertado que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo. E o que são esses erros, senão o Comunismo e suas ramificações dentro da Igreja? Em especial no Brasil, com a Teologia da Libertação, que já foi mais de uma vez condenada pelos Papas. Veja aqui neste artigo sobre isto. E não deixem de ver este vídeo sobre a reação do Papa João Paulo II diante da Teologia da Libertação na América Latina:




Mas o que tem acontecido: Se os leigos, ao verem todas estas coisas, questionam e denunciam, são chamados de rebeldes, que não respeitam a autoridade da Igreja, que querem lavar roupa suja em público, são chamados até de "cachorros que ladram"!!!

Sim, se for necessário, vamos continuar a ladrar, pois o mesmo Mestre Divino, que acolheu a mulher pagã, que clamava pelas migalhas que caiam da mesa dos filhos, acolherá os mesmos filhos que agora são chamados e tratados por "cães que ladram!"

VEJAM ainda o conteúdo destas FRASES destes grandes Santos da Igreja:

"Ainda que os Católicos Fiéis à Tradição se reduzam a um punhado, são eles a Verdadeira Igreja de Cristo. [...] Se o mundo for contra a Verdade, então Atanásio será contra o mundo!" (Santo Atanásio)

"Se um futuro Papa ensinar algo contra a Fé Católica, não o sigam. [...] O Protestantismo é a grande revolta contra Deus. [...] Lançai fora a ímpia e funesta opinião de que, em qualquer religião, é possível chegar ao caminho da salvação eterna." (São Pio IX)

“Devemos defender a Verdade a todo custo, mesmo que voltemos a ser somente doze” (São João Paulo II).

EMBORA o conteúdo destas FRASES talvez não se relacionem direta e completamente ao assunto que estamos tratando, ELAS REFLETEM O SEGUINTE:

Não devemos nos calar diante dos erros, que são fatos! Devemos denunciar, sim, devemos ter em nossas veias o "sangue dos profetas e dos santos" (Cf. Apoc 18,24). Sim, exortar com respeito, e com caridade, mas sem jamais nos omitir!!!

Se o jovem Bernardo não tivesse colocado "a boca no trombone", continuaria tudo do jeito que está. [E olha que estas coisas - que agora vimos se agravar - já acontecem há um bom par de décadas na Santa Igreja]. Se ele não tivesse denunciado, ninguém se importaria de tomar uma providência.

Muitas pessoas, muitos católicos, nem tinham noção de que estas coisas aconteciam, e só por causa de todo o alarde que o Bernardo causou, que estas pessoas passaram a ter conhecimento disso!

Não estamos apoiando nenhuma revolução ou rebeldia, nenhum ataque à pessoa de nenhuma autoridade da Santa Igreja, até porque algo que defendemos é o amor pela Santa Igreja e pelos Sacerdotes, que inclusive colocamos neste artigo "Em defesa dos Sacerdotes".

E achamos muito sensato e equilibrada a posição do Padre Gabriel Vila Verde:




Mas... jamais devemos "colocar pano quente" em cima dos erros, só porque estes são cometidos por autoridades. Se fossem pecados pessoais, não deveria ser colocado em público, mas quando se trata de pontos relacionados a toda a Santa Igreja, aí sim, devemos pedir uma explicação pública.

Diz em: "Cornelius a Lapide" sobre a mesma passagem de Gálatas 2,11-14) que, segundo Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Beda, Santo Anselmo e muitos outros, a resistência de São Paulo a São Pedro foi pública "para que desse modo o escândalo público dado por São Pedro fosse remediado por uma repreensão também pública".

E São Belarmino afirma: "(...) assim como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, assim também é lícito resistir ao que agride as almas, ou que perturba a ordem civil, ou sobretudo, àquele que tentasse destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe não fazendo o que ordena e impedindo a execução de sua vontade; não é lícito, contudo, julgá-lo, puni-lo ou depô-lo, pois estes atos são próprios a um superior." (S. Roberto Bell., "De Rom. Pont.", lib II,c.29).

Assim, que saibamos respeitar com afeto filial as autoridades da Santa Igreja, que são nossos pastores, o Santo Padre, os Bispos e Sacerdotes, mas jamais devemos nos omitir, cobrir os olhos e ouvidos e colocar 'pano quente' quando eles mesmos afrontam, ou permitem afrontar a Esposa de CRISTO, que é a Santa Igreja, com a sua fé, doutrina e ensinamentos morais.

Que DEUS abençoe e proteja todos aqueles que lutam em defesa da Santa Igreja, em defesa das Verdades da Fé. Que DEUS dê a eles, cada vez mais, a ousadia dos profetas, a coragem dos mártires, que não tiveram medo de falar a verdade e denunciar o erro e o pecado, mas que também dê a eles, a grandeza dos humildes, para que sempre ajam com sabedoria e caridade. Amém.

23 de fevereiro de 2018

E a defesa da Fé continua...

Como escreveu São João Paulo II: "Devemos defender a Verdade a todo custo, mesmo que voltemos a ser somente doze!"


https://www.youtube.com/watch?v=fsPy6erjHE8


Não tenham medo! As portas do inferno não prevalecerão sobre a Santa Igreja, fundada por JESUS, em Pedro. "Portanto, não temais as suas ameaças e não vos turbeis. Antes santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito". (I Pd 3,15)

14 de fevereiro de 2018

O jejum que vai além

Hoje, na Santa Missa de Imposição das Cinzas, escutei a seguinte afirmação: 'A igreja no Brasil não insiste muito no jejum porque o povo brasileiro já se alimenta mal, porque o povo passa fome. O verdadeiro sacrifício deve ser tratar bem os outros, ser educado com os empregados, com o porteiro do prédio, com o jardineiro', etc.

Ora, mas isto não deve ser visto como um sacrifício, isso é uma obrigação do cristão!!!

É claro que a Santa Igreja sempre nos alertou sobre o 'falso jejum', ou seja: cumprir externamente os ritos, não buscando a conversão, levando assim uma vida hipócrita. 

Porque a verdadeira "conversão se realiza na vida cotidiana por meio de gestos" (Cat. §1435) concretos de caridade, como as "Obras de Misericórdia".

Assim, é muito conhecida a passagem de Isaías 58: "Por acaso o jejum que aprecio consiste em afligir um homem a sua alma por um dia... ou em se deitar sobre o saco e a cinza?" E depois cita diversas Obras de Misericórdia: "O jejum que aprecio é romper as cadeias injustas, libertar os oprimidos, repartir o alimento aos famintos, dar abrigo aos infelizes, vestir os maltrpilhos..."

Realmente não adianta fazer jejum se não se vive a caridade, aí seriam só atos externos. A base do cristianismo é o amor, a caridade! Mas, de maneira alguma, esta passagem acima deve incitar a abstração (omissão) do jejum e da penitência.

A passagem indica apenas que não adianta fazer um jejum e uma penitência se não se vive a caridade. Mas... ainda é preciso - e hoje mais do que nunca! - fazer o jejum e o sacrifício! E, claro! Viver a caridade mais ainda!

Nos três Evangelhos Sinóticos, é citada a passagem da discussão dos fariseus com JESUS a respeito do jejum; pois eles questionavam por que os discípulos de JESUS não jejuavam como os discípulos de João Batista. E JESUS respondeu: "Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão" (Lc 5,34-35). E nós vivemos este tempo, pois o Esposo (que é JESUS) nos foi tirado, e nós aguardamos ainda a Sua volta gloriosa.

Os três principais gêneros de Boas Obras são: a Oração, o Jejum, e a Esmola; "que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros" (Catecismo § 1434).

Oração - em relação a DEUS.
Jejum - em relação a si mesmo.
Esmola - em relação ao próximo.

Assim, o jejum, a oração e a esmola (caridade) são coisas interligadas, mas ao mesmo tempo distintas. Ou seja, neste caso que estamos tratando, deve-se viver a caridade, claro, porque é algo indispensável, mas isso não tira a necessidade de se também viver o jejum. Assim, dizer que 'viver a caridade é o melhor jejum', é relativisar as coisas.

Mas o que é, e pra que serve o jejum?

Jejum não é regime alimentar, não é uma dieta para emagrecer. O jejum é uma maneira de mortificar o corpo (as paixões carnais) e serve para fortalecer o espírito na luta contra as tentações e o pecado. Assim, ele é uma arma de fortalecimento espiritual que "contribui para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade do coração" (Cat. § 2043).

Sim, o jejum também afasta de nós os demônios e suas tentações, com JESUS afirmou: "Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum" (cf. Mateus 17,19-20).

O jejum é uma prática ascética recomendada pela Sagrada Escritura e pelos primeiros Padres da Igreja. Todos os santos viveram a prática do jejum, e nenhum deles via o jejum somente como viver a caridade no lugar de uma mortificação corporal. Eles sabiam que eram duas coisas interligadas entre si, mas ao mesmo tempo distintas.

Voltamos a afirmar, a caridade deve existir, claro, se não o jejum se tornaria hipócrita, mas a caridade não deve substituir o jejum corporal!

Outro motivo é que o cristão se abstêm do alimento e da bebida para 'fazer memória' e imitar o jejum de JESUS no deserto.

Mas a "desculpa da caridade" para omitir as práticas penitenciais já são bem antigas em nosso país.

Devemos ter muito cuidado com o fermento da ideologista Marxista e Comunista que contaminou, através da 'Teologia da Libertação', a Igreja no Brasil e, em grande parte, a América Latina.

Desde 1962, a Igreja do Brasil colocou, durante o período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade.

Ora, algo que até poderia ser bom, e levar à prática das 'Obras de Misericórdia', transformou-se, principalmente nas últimas décadas, em um trampolim para "politizar a fé", transformando nossas Paróquias em um palco de lutas sociais e políticas. Sob o 'pretexto da caridade em ação', a "Campanha da Fraternidade" têm tirado totalmente o foco espiritual (da conversão do coração) da Quaresma.

Lembro-me que há um bom tempo atrás, fui participar de uma Via-Sacra em uma Paróquia, durante o período da Quaresma, qual foi meu espanto ao deparar-me com a 'Via-Sacra da Amazônia'!!! De JESUS não se falava nada... dos Mistérios da Fé, então, nem sombra!

E... por falar em Campanha da Fraternidade... Abrindo um 'parêntesis', quem quiser, depois veja este vídeo do Bernardo.




Mas... voltando ao assunto: é preciso que as pessoas compreendam que não é esta caridade marxista - onde se ingora a espiritualidade e a fé, e só fica no ativismo político - que resolverá os problemas sociais do mundo. O Comunismo e o Socialismo são uma ideologia utópica!

Jesus afirmou: "Pobres sempre tereis convosco, mas a Mim, nem sempre Me tereis" (veja: Jo 12,1-8). Isso não significa, é claro, que devemos cruzar os braços e não ajudar os outros, mas devemos lembrar que o amor ao próximo está totalmente interligado com o amor a Deus.

Para quê gritar tanto por justiça, se se rejeita a fé e a vida espiritual?! A justiça seria feita naturalmente se houvesse a conversão do coração! Se as pessoas realmente lutassem contra o pecado em suas vidas, buscassem mais o Sacramento da Confissão, deixassem completamente de querer levar vantegem em tudo, de ser 'espertinhas' vivendo o chamado 'jeitinho brasileiro', haveria mais justiça. Caridade sem espiritualidade é assistencialismo barato e interesseiro!

Mas, porque estamos falando disso? Justamente para que possamos abrir os olhos e viver bem a Quaresma, de uma maneira espiritual: com oração, jejum e esmola; e não deixar as coisas espirituais de lado, para tratar só de assuntos políticos e sociais.

- É preciso fazer caridade? Sim, claro!
- É preciso que o leigo cristão se envolva na política e nos meios sociais para fazer a diferença? Sim! Mas... o cristão só conseguirá agir com eficácia se ele estiver fortalecido na fé e na graça de Deus!

Assim, nesta Quaresma, não vamos pensar que o 'verdadeiro jejum é fazer a caridade' sem precisar de fazer o jejum físico que uma verdadeira espiritualidade requer; pois a caridade é consequência de uma verdadeira espiritualidade!

Quem deve ou pode jejuar?

O jejum e a abstinência são obrigados na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa para todos os católicos que não têm problema de saúde, e que tenham entre 18 e 60 anos. Fora destes requisitos, recomenda-se a uma pequena mortificação, que não precisa ser, necessariamente, de alimentos.

A abstinência é recomendada a partir dos 14 anos.

Mas seria bom se os fiéis, não somente na Quaresma, mas também durante o resto do ano, buscassem práticas ascéticas, como: jejuar nas quartas-feiras; jejuar e abster-se de carne nas sextas-feiras; e em honra de Nossa Senhora, fazer um jejum ou mortificação nos sábados.

Como podemos jejuar? Quais os tipos de Jejum que existem?


A existência do jejum é anterior ao Cristianismo. Já no Judaismo e até em outras religiões pagãs já existia esta prática. Mas foi o Cristianismo que ele adquiriu a sua forma sensata: "Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição". (Mt 5,17)

Quanto aos dias de se fazer Jejum, podem ser: quarta e sexta (e também no sábado em honra de Nossa Senhora).

No Oitavo capítulo do livro de "Didaqué" (A chamada Doutrina dos Apóstolos; documento da Igreja primitiva datado do ano de 90 d.C.), fala que os dias de jejum são quartas e sextas-feiras: "Vossos jejuns não tenham lugar com os hipócritas; com efeito, eles jejum no segundo e no quinto dia da semana; vós, porém, jejuai na quarto e no sexto dia (dia de preparação)".

Os tipos de jejum são:

- Jejum da Igreja
- Jejum a pão e água
- Jejum à base de líquido
- Jejum completo

Veja sobre cada um deles aqui neste link.

Ah! Um pequeno detalhe, que hoje em dia não é mais lembrado, ou considerado: quando jejuamos, devemos evitar dormir durante o momento em que estamos jejuando (durante o dia, claro, pois à noite se deve dormir). Mas, por quê? É porque "o sono sustenta". Assim, se a pessoa deixa de almoçar, por exemplo, mas vai dormir, ela não vai 'sentir' o jejum.

O jejum deve estar sempre dentro de um equilíbrio, pois a pessoa não pode desmaiar ou morrer de fome, não é esta a intenção do Jejum. Mas o Jejum é uma "mortificação" corporal, para fortalecer o espírito; assim, não vale tirar uma "sonequinha" para tapear...

E como escolher uma Penitência na Quaresma?

Assim como o jejum, qualquer outro sacrifício cristão deve ter como objetivo principal a conversão do coração para Deus e a caridade para com o próximoÉ preciso um propósito santo.

Muitos escolhem como Penitência Quaresmal coisas como: deixar de assistir televisão, não beber, não fumar, não jogar, ficar sem usar internet, whatsapp, facebook, etc.

Estas coisas até podem ser consideradas penitência para certas pessoas, mas são coisas simples, que na verdade já deveriam ter sido banidas ou controladas na vida das pessoas: Banidas como: o cigarro e a ingestão descontrolada do álcool; e controladas como: internet, celular, televisão, jogo, etc.

Além do mais, deixar estas coisas não deveria ser considerado penitência, pois são coisas que realmente deveríamos deixar.

As penitências tem sentido e valor se realmente forem relacionadas à coisas boas que renunciamos, ou atitudes que tomamos que nos conduzirão à conversão do coração, à ascese espiritual e à caridade cristã.

Mas, por falar em penitência, gostaríamos de fazer um comentário: é sobre o costume que algumas pessoas tem de comer Bacalhau na sexta-feira santa! Ora! Um alimento tão caro e delicioso (para alguns), considerado um prato chique, ser utilizado como penitência?! Isso é um verdadeiro disparate! Uma incoerência! Deveria utilizar-se do dinheiro da compra desse produto para comprar cesta básica para os pobres, e fazer um verdadeiro sacrifício de não comer carne, seja ela vermelha ou branca!


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"Ó Deus que vos deixais comover pelos que se humilham e vos reconciliais com os que reparam suas faltas, ouvi como um pai as nossas súplicas. Derramai a graça da vossa bênção sobre os fiéis que vão receber estas cinzas, para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal do vosso Filho". (Oração para a bênção das Cinzas)