1 de outubro de 2020

Como foi a morte de Santa Terezinha

Relato do momento da morte de Santa Terezinha, narrado por sua irmã Celina (Irmã Genoveva)

“... Nossa Madre despediu a Comunidade, crendo que a agonia poderia prolongar-se.

A angélica paciente voltando-se então para ela, perguntou: “Minha mãe, é a agonia, não é? Não vou morrer!?

E à resposta de que a agonia poderia prolongar-se ainda, disse com voz doce e queixosa: “Pois bem, vamos... vamos... Oh! Não desejaria sofrer menos!” Mas depois, olhando seu crucifixo: “Oh!... eu O amo!... Meu Deus, eu... vos... amo!!!” 

Foram suas últimas palavras. Assim que acabou de pronunciá-las, com grande surpresa nossa, abateu-se imediatamente com a cabeça pendida para a direita. Mas de repente, ergueu-se como que chamada por uma voz misteriosa, abriu os olhos, fixou-os irradiantes um pouco acima da imagem milagrosa da Virgem. Esse olhar durou alguns minutos, o tempo de recitar lentamente um Credo.

Muitas vezes, depois, procurei analisar esse êxtase e compreender a intensidade desse olhar mais expressivo do que um simples olhar de beatitude, pois nele lia-se uma grande admiração e, em sua atitude, uma segurança cheia de nobreza. Pensei que havíamos assistido a seu julgamento! De um lado, como diz o Evangelho, foi "achada digna de comparecer de pé diante do Filho do Homem", e de outro, via que as prodigalidades de que ia ser cumulada "ultrapassavam infinitamente seus imensos desejos". Pois a essa expressão de indizível admiração associou-se outra: era a vibração de todo o seu ser, parecia não suportar a vista de tanto Amor... Era demais! Fechou os olhos e exalou o último suspiro… Era quinta-feira, 30 de setembro de 1897, às sete e vinte da noite.

Acabava apenas de expirar, senti meu coração partir-se de dor e saí precipitadamente da enfermaria. Parecia-me, na minha ingenuidade, que iria vê-la no Céu, mas o firmamento estava coberto de nuvens. Chovia!!! Então, apoiando-me a um dos pilares da arcada do claustro disse soluçando: "Se ao menos houvessem estrelas no Céu!"

Logo que acabei de pronunciar estas palavras, o Céu tornou-se sereno, estrelas começaram a brilhar e não haviam mais nuvens!”

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