Estamos entrando no mês em que celebramos a Paixão e morte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, assim como a vitória da Ressurreição e a Festa da Misericórdia. Neste tempo, os cristãos são convidados, de maneira especial, a aproximarem-se do Sacramento do Perdão.
Embora atualmente, já seja bem comum para muitos católicos buscar a Confissão mensalmente, ou até semanalmente, existem ainda um grande número de pessoas que tem muita dificuldade com este Sacramento.
Quando Jesus caminhava pelas terras de Israel e curava os doentes, perdoando seus pecados, os judeus indignados gritavam: “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Mc 2,7). De fato, só Deus pode perdoá-los; mas o que eles não sabiam, ou não queriam crer, era que Jesus é Deus. Hoje, passados mais de dois mil anos de Sua Ressurreição, muitos continuam dizendo tal qual os fariseus: “Eu me confesso diretamente com Deus, pois só Ele pode perdoar os pecados!”; “Ah! Não vou confessar com um padre, que pode ser até um homem mais pecador do que eu!”; “Não tenho pecado! Nunca matei, nem roubei!”
Após a Sua ressurreição, Jesus apareceu aos Apóstolos, soprou sobre eles e disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Atos 20,21-23). Mas alguém poderia ainda questionar: “Ah! Mas isso era com os apóstolos! Eles morreram! Os padres de hoje não podem fazer isso!” Bem, veja em Atos 1,16-26, nos primeiros dias da Igreja nascente, o exemplo claro do que hoje a Santa Igreja chama de sucessão apostólica: a eleição de São Matias.
O poder que Jesus tem de perdoar os pecados, Ele confiou aos Seus apóstolos, e isso vem sendo passado de geração em geração até os nossos dias. Assim, no Sacramento da Confissão, não é o padre que está dando o perdão, pois naquele momento, ele age “in Persona Christi”, ou seja, na Pessoa de Cristo. Quem perdoa é Jesus, que usa do sacerdote como um canal para derramar Seu perdão e Sua Graça.
São Paulo afirmou: “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o Ministério desta Reconciliação... e pôs em nossos lábios a mensagem da Reconciliação. Portanto, desempenhamos o encargo de Embaixadores em Nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (II Cor 5,18-20).
“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós O declaramos mentiroso e a Sua palavra não está em nós” (I Jo 1,8-10).
“Confessai os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5,16). Quão Bom é Deus, pois podemos confessar com o sacerdote, que nos compreende em nossas misérias, pois é ser humano pecador como nós, e não precisamos nos confessar com os Anjos, que são Seres Puríssimos, diante dos quais, muitos, apenas por vê-los, caíram por terra aterrorizados (cf. Mt 28,4).
Mas... o que está por trás de todos estes questionamentos, é o mesmo ponto: vergonha, respeito humano, orgulho. São João Bosco dizia que os pecados que mais levam para o Inferno são os pecados de “respeito humano”. Este pecado fere diretamente o Primeiro Mandamento, de amar a Deus acima de tudo, pois se dá um respeito às situações humanas acima do respeito e temor que se deve dar a Deus. Assim, pela vergonha do que o outro pode pensar, muitas vezes se cala um pecado a vida toda, e se perde eternamente, e assim, “inutiliza os meios tão poderosos e eficazes de que Deus se serve para nos atrair a Si.”
“Ó alma, quem quer que sejas neste mundo, ainda que teus pecados sejam negros como a noite, não temas a Deus, tu, frágil criança, porque grande é o poder da Misericórdia Divina!” (Sta. Faustina; D.1652). “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do Trono da Graça, a fim de alcançar Misericórdia e achar a Graça de um auxílio oportuno.” (Heb 4,16).
Não há pecado, por maior que seja, que não possa ser perdoado pela Misericórdia de Deus. O pecado contra o Espírito Santo, no qual se diz que não tem perdão, é aquele pecado de quem se obstina na incredulidade, de não crer no Amor e no Perdão de Deus; afinal, Ele não obriga ninguém a receber o Seu perdão, mas, ao mesmo tempo, “o amor de Cristo nos constrange” – dizia São Paulo – afirmando ainda: “Eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (cf. II Cor 5,14; Rom 5,8). Veja! Ele já morreu por amor a você, mesmo antes de você nascer! Mesmo sabendo que você cometeria todos estes pecados! Mesmo assim, Ele quis te criar. E foi também a seu respeito, que Ele suplicou: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Então! Aquela alma que lia esse artigo, entrou em si e refletiu: “Ó Senhor, quantas graças deixastes para mim, através da Santa Igreja, pelos Sacramentos! «Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuos gemidos, pois, dia e noite, Vossa Mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão.» Mas, já sei o que irei fazer: «Vou confessar o meu pecado, e não mais dissimular a minha culpa. Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade.» (cf. Sal 31). Criarei coragem, levantar-me-ei, irei ao sacerdote, e direi: “Padre, há tanto (tempo) não me confesso, e os meus pecados são esses...”
Depois que aquela alma colocou-se diante de uma imagem de Jesus Crucificado, e junto à Santíssima Mãe Maria, fez o Exame de Consciência, foi à Igreja e, no Confessionário, falou tudo o que lembrava, sem nada ocultar, o Sacerdote lhe disse: “Deus, Pai de Misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo Ministério da Igreja, o perdão e a paz.” E continuando, in Persona Christi, completou: “Eu te absolvo dos teus pecados, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
Nesse momento, essa alma estava tão feliz que, entre lágrimas, respondeu apenas: 'Amém!', e nem percebeu que, quando, “estava ainda longe, seu Pai o viu” e, após a Confissão, Ele ”movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou... e falando aos servos (Anjos), disse: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lhe, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés... Façamos uma festa, pois este Meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado” (Lc 15,20-24).
Agora, imaginemos: E se não existisse a Confissão? Imagina se, depois que pecássemos, não tivéssemos mais nenhuma chance, e fossemos condenados para sempre?! Mas o Pai Eterno nos dá a oportunidade de recomeçarmos, e nos dá o Seu perdão, “pelo Sangue de Cristo... que purifica a nossa consciência das obras mortas” (cf. Hb 9,14).
Que grande Graça do Amor e Misericórdia de Deus! O perdão é para todos: para você, para mim! O perdão só não está disponível para aquele que acha que não precisa dele. Este Sacramento é o Trono da Graça de Deus, aproveitemos dele enquanto podemos, e lembremos que: “o Confessionário é o único Tribunal onde você entra como réu, declara-se culpado, e sai absolvido.” Deus é Bom!
Embora atualmente, já seja bem comum para muitos católicos buscar a Confissão mensalmente, ou até semanalmente, existem ainda um grande número de pessoas que tem muita dificuldade com este Sacramento.
Quando Jesus caminhava pelas terras de Israel e curava os doentes, perdoando seus pecados, os judeus indignados gritavam: “Só Deus pode perdoar os pecados!” (Mc 2,7). De fato, só Deus pode perdoá-los; mas o que eles não sabiam, ou não queriam crer, era que Jesus é Deus. Hoje, passados mais de dois mil anos de Sua Ressurreição, muitos continuam dizendo tal qual os fariseus: “Eu me confesso diretamente com Deus, pois só Ele pode perdoar os pecados!”; “Ah! Não vou confessar com um padre, que pode ser até um homem mais pecador do que eu!”; “Não tenho pecado! Nunca matei, nem roubei!”
Após a Sua ressurreição, Jesus apareceu aos Apóstolos, soprou sobre eles e disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Atos 20,21-23). Mas alguém poderia ainda questionar: “Ah! Mas isso era com os apóstolos! Eles morreram! Os padres de hoje não podem fazer isso!” Bem, veja em Atos 1,16-26, nos primeiros dias da Igreja nascente, o exemplo claro do que hoje a Santa Igreja chama de sucessão apostólica: a eleição de São Matias.
O poder que Jesus tem de perdoar os pecados, Ele confiou aos Seus apóstolos, e isso vem sendo passado de geração em geração até os nossos dias. Assim, no Sacramento da Confissão, não é o padre que está dando o perdão, pois naquele momento, ele age “in Persona Christi”, ou seja, na Pessoa de Cristo. Quem perdoa é Jesus, que usa do sacerdote como um canal para derramar Seu perdão e Sua Graça.
São Paulo afirmou: “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o Ministério desta Reconciliação... e pôs em nossos lábios a mensagem da Reconciliação. Portanto, desempenhamos o encargo de Embaixadores em Nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (II Cor 5,18-20).
“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós O declaramos mentiroso e a Sua palavra não está em nós” (I Jo 1,8-10).
“Confessai os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5,16). Quão Bom é Deus, pois podemos confessar com o sacerdote, que nos compreende em nossas misérias, pois é ser humano pecador como nós, e não precisamos nos confessar com os Anjos, que são Seres Puríssimos, diante dos quais, muitos, apenas por vê-los, caíram por terra aterrorizados (cf. Mt 28,4).
Mas... o que está por trás de todos estes questionamentos, é o mesmo ponto: vergonha, respeito humano, orgulho. São João Bosco dizia que os pecados que mais levam para o Inferno são os pecados de “respeito humano”. Este pecado fere diretamente o Primeiro Mandamento, de amar a Deus acima de tudo, pois se dá um respeito às situações humanas acima do respeito e temor que se deve dar a Deus. Assim, pela vergonha do que o outro pode pensar, muitas vezes se cala um pecado a vida toda, e se perde eternamente, e assim, “inutiliza os meios tão poderosos e eficazes de que Deus se serve para nos atrair a Si.”
“Ó alma, quem quer que sejas neste mundo, ainda que teus pecados sejam negros como a noite, não temas a Deus, tu, frágil criança, porque grande é o poder da Misericórdia Divina!” (Sta. Faustina; D.1652). “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do Trono da Graça, a fim de alcançar Misericórdia e achar a Graça de um auxílio oportuno.” (Heb 4,16).
Não há pecado, por maior que seja, que não possa ser perdoado pela Misericórdia de Deus. O pecado contra o Espírito Santo, no qual se diz que não tem perdão, é aquele pecado de quem se obstina na incredulidade, de não crer no Amor e no Perdão de Deus; afinal, Ele não obriga ninguém a receber o Seu perdão, mas, ao mesmo tempo, “o amor de Cristo nos constrange” – dizia São Paulo – afirmando ainda: “Eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (cf. II Cor 5,14; Rom 5,8). Veja! Ele já morreu por amor a você, mesmo antes de você nascer! Mesmo sabendo que você cometeria todos estes pecados! Mesmo assim, Ele quis te criar. E foi também a seu respeito, que Ele suplicou: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Então! Aquela alma que lia esse artigo, entrou em si e refletiu: “Ó Senhor, quantas graças deixastes para mim, através da Santa Igreja, pelos Sacramentos! «Enquanto me conservei calado, mirraram-se-me os ossos, entre contínuos gemidos, pois, dia e noite, Vossa Mão pesava sobre mim; esgotavam-se-me as forças como nos ardores do verão.» Mas, já sei o que irei fazer: «Vou confessar o meu pecado, e não mais dissimular a minha culpa. Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade.» (cf. Sal 31). Criarei coragem, levantar-me-ei, irei ao sacerdote, e direi: “Padre, há tanto (tempo) não me confesso, e os meus pecados são esses...”
Depois que aquela alma colocou-se diante de uma imagem de Jesus Crucificado, e junto à Santíssima Mãe Maria, fez o Exame de Consciência, foi à Igreja e, no Confessionário, falou tudo o que lembrava, sem nada ocultar, o Sacerdote lhe disse: “Deus, Pai de Misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo Ministério da Igreja, o perdão e a paz.” E continuando, in Persona Christi, completou: “Eu te absolvo dos teus pecados, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
Nesse momento, essa alma estava tão feliz que, entre lágrimas, respondeu apenas: 'Amém!', e nem percebeu que, quando, “estava ainda longe, seu Pai o viu” e, após a Confissão, Ele ”movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou... e falando aos servos (Anjos), disse: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lhe, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés... Façamos uma festa, pois este Meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado” (Lc 15,20-24).
Agora, imaginemos: E se não existisse a Confissão? Imagina se, depois que pecássemos, não tivéssemos mais nenhuma chance, e fossemos condenados para sempre?! Mas o Pai Eterno nos dá a oportunidade de recomeçarmos, e nos dá o Seu perdão, “pelo Sangue de Cristo... que purifica a nossa consciência das obras mortas” (cf. Hb 9,14).
Que grande Graça do Amor e Misericórdia de Deus! O perdão é para todos: para você, para mim! O perdão só não está disponível para aquele que acha que não precisa dele. Este Sacramento é o Trono da Graça de Deus, aproveitemos dele enquanto podemos, e lembremos que: “o Confessionário é o único Tribunal onde você entra como réu, declara-se culpado, e sai absolvido.” Deus é Bom!