10 de fevereiro de 2018

Existe Festa de Carnaval cristão?

Vemos em vários escritos de santos - e abaixo, para conferir, colocamos algumas frases - que o Carnaval é um tempo horrível, onde abunda o pecado.

Se na época em que estes santos viviam - em que o Carnaval não tinha a metade de pecados e escândalos que acontecem hoje - já era clara a noção de que esta é uma festa profana, onde as almas são cegamente arrastadas para o pecado e para o inferno; imagina agora, nos nossos tempos, em que se faz propaganda e se apoia abertamente, toda espécie de pecado e blasfêmia como se fosse algo natural, como se fosse algo bom, como se fosse a expressão da liberdade e da cultura?!!

Mas, neste tempo de Carvanal, muitas paróquias católicas (e também muitas igrejas evangélicas) promovem os Encontrões, Rebanhões... que são "uma opção" para quem quer festejar sem se envolver com os "carnavais do mundo"; o que chamam de "Carvanal Cristão".

Vejamos então os diversos tipos de argumentos que se apresentam para defender estes eventos:

- "Onde vou não tem nada de imoral, as pessoas estão somente festejando a alegria da vida!"

- "É um Encontro da Igreja, as músicas são todas com letras cristãs, é uma festa sadia, não tem nada de errado, não tem pecado, e também tem momentos de oração!"

- "O povo está tão oprimido com tanta corrupção, desemprego e coisas ruins, que precisa de um tempo para viver um pouquinho de alegria!"

- "Aqui não tem nem bebida alcóolica, nesta festa da Igreja agente só canta, dança e louva o Senhor, só que no ritmo do Carnaval!"

- "É como se fosse uma Festa de Fantasia, não tem nada de errado!"

- "Até padre e freira pulam Carnaval! O Encontro é na Igreja, não vou em carnaval do mundo!"

- "É uma opção sadia para quem quer pular Carnaval; aí em vez das pessoas irem para as festas do mundo, vem pra igreja; principalmente para atrair os jovens para a igreja."

Todos estes argumentos, parecem até lícitos para defender os Encontros de Carnaval, mas será que hoje em dia ainda é recomendável ao fiel cristão festejar o Carnaval, mesmo que seja em Encontrinhos e Econtrões, nos salões de Festa da Igreja?

Vejamos então as frases dos Santos, citando as festas de Carnaval em sua época, ou seja, há muitos anos atrás:

Santa Faustina Kowalska (1905-1938): “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926)

Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690): “No tempo de carnaval, apresentou-me, após a santa comunhão, [Jesus apareceu-me] sob a forma de Ecce-Homo, carregando a Cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora?” (Escritos Espirituais)

São Francisco de Sales (1567-1622): “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”.  Naqueles dias,  esse santo fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos.

São Vicente Ferrer (1350-1419): “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.

O Servo de Deus, João de Foligno, dava ao carnaval o nome de: “Colheita do diabo”.

Santa Catarina de Sena (1347-1380), referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) escreveu: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).

Santa Teresa dos Andes (1900-1920) escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado...” (Carta 162).

Se é um tempo em que ocorre tanto pecado, o verdadeiro cristão, não devia jamais festejar, nem mesmo sob o pretesto de festa sadia, deveria sim, rezar muito, e se possível até fazer jejum e penitência, em desagravo aos pecados cometidos e pela conversão dos pecadores.

No verão de 1916, quando os três Pastorinhos de Fátima brincavam no quintal da casa do pais de Lúcia, apareceu-lhes pela segunda vez o Anjo, e lhes disse: "Que fazeis!? Orai! Orai muito! Os Corações Santíssimos de JESUS e MARIA têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios."


Ora, por acaso é errado as crianças brincarem? Porque será que o Anjo foi tão severo?! Mas, vejamos ainda:

Na Aparição seguinte, quando o Anjo lhes deu a Santa Comunhão, ele falou: "Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de JESUS CRISTO, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos! Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus!"

Assim, o fato não é que seria errado as crianças brincarem, mas os tempos em que vivemos são graves e necessitam de oração e penitência: "Mas eis o que vos digo, irmãos: o tempo é breve. O que importa é que os que têm mulher vivam como se a não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não usassem. Porque a figura deste mundo passa." (I Cor 7,29-31)

E em 19 de agosto de 1917, na 4ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, ela disse aos Pastorinhos: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".

Foto tirada dos pastorzinho após a visão do inferno
Não estamos tratando aqui do "Carnaval do mundo", pois este já sabemos que é um horrendo pecado, estamos falando aqui justamente dos eventos promovidos por Igrejas, Paróquias e Grupos de Oração.

Não estamos dizendo é errado alegrar-se, mas, ao mesmo tempo podemos dizer que 'festejar o carnaval' é algo errado sim. Mas por quê?

Porque os cristãos que participam destas festas, que aproveitam "o feriado" para viajar e passear, estão como que indiferentes ao que está acontecendo com tantas almas que estão se perdendo, estão indiferentes aos pecados que estão sendo cometidos contra o Coração de JESUS, contra DEUS! Ou será que o que DEUS pediu aos pastorinhos de Fátima foi só algo para aquele tempo, pedido somente àquelas três inocentes crianças?

Está na hora, e já passou da hora, de nós cristãos, amadurecermos na fé! Deixarmos de lado tantas emotividades, e abrir nossos olhos para a grave realidade que nos rodeia... "porque há muitas almas que vão para o inferno e não há quem se sacrifique e reze por elas", disse Nossa Senhora em Fátima; e estas almas podem ser qualquer pessoa deste mundo, mas também pode ser um amigo ou um parente seu. E mesmo se não for um parente seu, é alguém que tem uma alma imortal, que foi criada por DEUS e remida pelo Sangue de CRISTO.

Se cada católico que vai a uma Festa de Carnaval da Igreja, em vez disso, fosse a um Retiro de Silêncio e Oração, não para rezar por si e por seus interesses pessoais, mas para desagravar o Coração de JESUS de tantos pecados e de interceder pela conversão dos pecadores, certamente estaria agradando muito mais a DEUS, e fazendo o seu papel de verdadeiro cristão, e com certeza, sairia de lá, com o coração repleto de felicidade; não da felicidade passageira de uma "festinha de carnaval", mas de uma felicidade verdadeira, de quem pode utilizar bem o seu tempo para estar com DEUS.

"Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai". (I Jo 2,15)

"Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia". (I Jo 15,19)

"Salvai-vos do meio dessa geração perversa!" (Atos 2,40)

Se ainda quer ver mais sobre este assunto, escute a palavra desses sacerdotes abaixo:

Padre Leonardo Henrique:

Padre Paulo Ricardo:


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