Dos Escritos da Serva de DEUS
Madre Luiza Margarida Claret de La Touche
"Bossuet diz em algum lugar, falando da Santíssima Virgem:Dos Escritos da Serva de DEUS
Madre Luiza Margarida Claret de La Touche
'Maria é um CRISTO começado'.
O Sacerdote é um CRISTO continuado.
Sua vida é como um prolongamento, através dos séculos, da vida terrestre de JESUS. Sua palavra não é um eco, mais ou menos sonoro, da Palavra do Mestre: é a própria Palavra de JESUS passando por sua voz, pois não disse nosso Divino Salvador a Seus sacerdotes: 'Aquele que vos ouve a Mim ouve'? (Lc 10, 16).
Fazer conhecer JESUS sob o aspecto mais amável, mais manso, mais atraente; fazer penetrar nas almas o reconhecimento da Misericórdia, abrir os corações à confiança e ao amor, eis a Obra do sacerdote!
Como é consolador! Como o sacerdote é feliz em ser o Ministro de um DEUS de Misericórdia! Seu coração deveria fundir em seu peito, pelos ardores de um inexprimível amor, quando sente poder dizer à alma pecadora, em Nome de JESUS, estas palavra Divina: Eu te absolvo! Nunca o sacerdote é tão elevado, nunca tão revestido de DEUS, como quando perdoa e absolve!
É desejo ardente de JESUS CRISTO ver seus sacerdotes penetrados pela sublime graça de seu caráter e ao mesmo tempo pelo sentimento de sua fraqueza, virem a Seu Coração e receberem, desse foco Divino, a luz que ilumina e o calor que vivifica.
Ide, pois, sacerdotes de JESUS às fontes do Salvador. Ide colar vosso lábios a essa Chaga de Amor de onde brota o Sangue de vossos Cálices. Ide a esse foco do Amor Infinito. Enchei de fogo vosso peito; enchei-vos de amor e espalhai-o pelo mundo. JESUS trouxe o fogo à terra; Seu desejo é de que se acenda e queime (cf. Lc 12, 49), e deveis ser vós, sacerdotes de JESUS CRISTO, a atear estas Divinas chamas e abrasar o mundo no Amor".
O Cura d'Ars e o caminho para o Céu
Na entrada da cidade de Ars, na França, encontra-se uma imagem do padroeiro dos Sacerdortes, São João Maria Vianney, junto com um pequeno pastor; mostrando o santo apontando para o Céu. Este monumento faz memória a um bonito episódio na vida do santo. Leia abaixo o artigo e conheça mais a vida do humilde padroeiro dos sacerdotes.
Jean-Marie Baptiste Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, em Dardilly, uma vilarejo a dez quilômetros da cidade de Lyon, na França. Seus pais chamavam-se Mateus e Maria.
Ele foi o quarto de sete filhos. João-Maria só pôde frequentar a Escola na adolescência, e por apenas dois anos, pois precisava trabalhar no campo para ajudar no sustento da casa. Entretanto, não deixava de ir à igreja. É certo que desde criança já dizia que queria ser Sacerdote.
Mas para alcançar o caminho do Sacerdócio teve que passar por grandes tribulações. A primeira delas foi enfrentar a oposição de seu pai... Só aos 20 anos, com o apoio de seu Pároco, conseguiu ingressar no Seminário. Mas lá surgiram outros obstáculos para o jovem Vianney, por causa de sua pouca instrução, ele começou a ter muitas dificuldades nos estudos e não conseguia acompanhar os outros Seminaristas. Entretanto, ele era um exímio exemplo de humildade, obediência, caridade, piedade e perseverança.
Assim, depois de inúmeras dificuldades, foi ordenado Sacerdote em 1815, mas com um impedimento: não poderia atender as confissões; pois ele era considerado incapaz de guiar as consciências e orientar os fieis. Vianney acolheu com humildade, mas grande dor no coração, este impedimento, mas confiava na Providência e Bondade de DEUS. Só depois de três anos de Ordenação, com o apoio de seu diretor espiritual, o abade Malley - que conhecia suas virtudes - ele conseguiu a permissão de atender as confissões. Foi então designado Vigário geral da pequena localidade de 'Ars-sur-formans'.
Assim, em fevereiro de 1818, numa carroça, onde carregava apenas alguns pertences e seus livros, João Maria Vianney foi em direção à sua nova paróquia.
A localidade de Ars, que possuía pouco mais de duzentos habitantes, era bastante conhecida por seus habitantes infiéis e violentos. As tabernas ficavam lotadas, a igreja vazia. E foi esta paróquia, que não era aceita por nenhum sacerdote, que o jovem padre João-Maria Vianney acolheu com amor, e lá permaneceu até a sua morte.
Conta a tradição que chegando próximo a Ars, sem ainda conhecer direito o caminho, encontrou um pequeno pastor e lhe pediu informações. Ao garoto que lhe ajudara ele respondeu: "Me mostraste o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu".
Hoje, um monumento na entrada de Ars faz memória a esse episódio. Este menino, chamava Antonio Grive, e foi o primeiro paroquiano a morrer depois de São João Maria Vianney; que assim lhe mostrou o caminho do céu.
A princípio ninguém valorizou o novo Pároco e nem mesmo frequentava a Santa Missa. Mesmo assim, Vianney abria a igreja, celebrava o Santo Sacrifício e ali permanecia horas e horas em adoração. Na paróquia ele fazia tudo, inclusive os serviços de casa e sua própria refeição.
Aos poucos, por curiosidade, as pessoas do povoado foram se aproximando, para ver quem era aquele padre que permanecia horas e horas em adoração. Mas foram quase 13 anos de luta para conseguir a conversão dos moradores, mas com perseverança, e também pelo testemunho de santidade, o padre Vianney acabou mudando este cenário. As tabernas começaram a ficar vazias, e a igreja lotada de pessoas que queriam reconciliar-se com Deus, através do Sacramento da Confissão, e escutar os sábios conselhos daquele humilde sacerdote.
Deus lhe concedeu o dom dos milagres. Ele, por humildade, atribuía-os todos a Santa Filomena, da qual era grande devoto.
Com o tempo, sua fama de santidade e dons místicos percorreu a Europa, e o local tornou-se um Centro de Peregrinações. Muitos acorriam à paróquia de Ars para ver o padre santo e confessar-se com ele; e para isto esperavam horas ou dias inteiros.
Conta-se que um destes peregrinos (há duas versões: uma versão de que foi um médico de Paris, e outra que diz que foi um Advogado de Lyon), depois de voltar de uma visita ao Cura d'Ars, questionado por seus amigos, que lhe perguntaram: "O que você viu em Ars?" Respondeu-lhes: "Eu vi Deus em um homem!"
Conta-se que um destes peregrinos (há duas versões: uma versão de que foi um médico de Paris, e outra que diz que foi um Advogado de Lyon), depois de voltar de uma visita ao Cura d'Ars, questionado por seus amigos, que lhe perguntaram: "O que você viu em Ars?" Respondeu-lhes: "Eu vi Deus em um homem!"
O 'Cura' de Ars, como era chamado - como tantos outros santos - não tinha tempo para descansar. Seu tempo era todo para Deus e para as almas. Alimentava-se pouquíssimo, dormia menos que quatro horas por noite, e ficava longas horas em adoração, ou com seu Rosário nas mãos, e mais um grande período do dia no Confessionário.
Por algumas vezes, ele tentou sair de Ars, para ingressar em um Mosteiro, pois almejava a vida contemplativa, mas os habitantes de Ars, já conhecendo sua santidade, o buscavam de volta. Conta-se que chegaram a se revesar em turnos de vigília para verificar se ele não fugia escondido da cidade.
Durante a sua vida sofreu muitos ataques do demônio; que um dia chegou até a incendiar sua cama, para matá-lo. Mas, com grande confiança em DEUS e humildade, ele vencia as tentações... assim DEUS lhe concedeu o dom de expulsar os demônios.
Por algumas vezes, ele tentou sair de Ars, para ingressar em um Mosteiro, pois almejava a vida contemplativa, mas os habitantes de Ars, já conhecendo sua santidade, o buscavam de volta. Conta-se que chegaram a se revesar em turnos de vigília para verificar se ele não fugia escondido da cidade.
Durante a sua vida sofreu muitos ataques do demônio; que um dia chegou até a incendiar sua cama, para matá-lo. Mas, com grande confiança em DEUS e humildade, ele vencia as tentações... assim DEUS lhe concedeu o dom de expulsar os demônios.
Consumido pela fadiga, sem nenhum sinal de agonia, entregou sua alma para DEUS, na presença de seu confessor e algumas pessoas mais próximas, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade.
Os paroquianos e milhares de peregrinos desfilaram diante de seu corpo durante quarenta e oito horas sem interrupção.
Os paroquianos e milhares de peregrinos desfilaram diante de seu corpo durante quarenta e oito horas sem interrupção.
Foi beatificado por São Pio X em 5 de janeiro de 1905, e canonizado por Pio XI em 31 de maio de 1925, mas bem antes de ser canonizado já era venerado como santo.
O seu corpo foi encontrado incorrupto, e atualmente repousa em um altar lateral no Santuário de Santa Filomena, em Ars, igreja construída conforme o desejo do Santo, que era muito devoto da santa mártir.
Em 1929 foi declarado Patrono dos Párocos pelo papa Pio XI, e Padroeiro de todos os Sacerdotes em 2010, pelo papa Bento XVI.
Algumas memoráveis frases do santo
"O meu Rosário vale mais do que meus cem sermões."
"Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar."
"Para que nossa oração seja ouvida não depende da quantidade de palavras, mas do fervor de nossas almas."
"O meio mais seguro de fazermos a Vontade de Deus, é rezarmos a nossa boa Mãe."
"Meu Deus eu vos amo, e o meu único desejo é amar-vos até o último suspiro da minha vida."
"Entre a eternidade e o último suspiro paira um abismo de misericórdia."
"Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar."
"Cada hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano."
"Quando comunga, a alma se impregna do bálsamo do amor, como a abelha do perfume das flores."
"Quando comunga, a alma se impregna do bálsamo do amor, como a abelha do perfume das flores."
"Exala de uma alma onde reside o Espírito Santo um perfume tão delicado quanto o de uma videira em flores."
"Se tiver muito, dê muito. Se tiver pouco, dê pouco. Mas sempre dê com o coração e com alegria."
"O demônio só tenta aqueles que querem sair do pecado e aqueles que estão em estado de Graça; os outros já lhe pertencem, não precisam ser tentados."
"Se em tua caminhada não bateres de frente ao diabo, é porque estás caminhando na mesma direção que ele."
"Se em tua caminhada não bateres de frente ao diabo, é porque estás caminhando na mesma direção que ele."
"Deixai uma paróquia sem padre durante 20 anos e aí se adorarão os animais."
"Se entendêssemos na terra o que é um padre, morreríamos não de susto, mas de amor."
"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo."
"O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os Sacramentos. Ele não é para si, é para vós!"
* * *
Nestes dois links você encontra a emocionante narrativa da vida de São Cura d'Ars, e muitas fotos dos locais em que o Santo viveu: Amor Mariano e Apostolado dos Sagrados Corações
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