21 de agosto de 2017

São Pio X - o Papa da Eucaristia

"Instaurare omnia CHRISTO"
"Restaurar todas as coisas em CRISTO"


Giuseppe Mechiore Sarto, nasceu em 2 de junho de 1835, no norte da Itália, de uma família pobre e profundamente religiosa. Foi o segundo de 12 filhos. Com muito esforço e sacrifício conseguiu estudar e ingressar no Seminário; seus pais o ajudaram a realizar a sua vocação.

Giuseppe Sarto jovem
Ele dizia de si mesmo que era «um pobre vigário da roça». Foi percorrendo com simplicidade cada eleição dos graus do Sacramento da Ordem: Diácono, Presbítero, Bispo...

Já cardeal, quando foi à Roma para o Conclave que o elegeria Papa, pegou dinheiro emprestado para comprar as passagens, de ida e de volta, pois «não acreditava num erro do Espírito Santo.»
Mamma Margherita

Seu lema de papa foi: «Restaurar todas as coisas em Cristo», e isso ele cumpriu com simplicidade e firmeza, condenando os erros do modernismo, realizou reformas litúrgicas, promovendo o culto eucarístico, incentivando a Comunhão Eucarística diária e dando a permissão das crianças a possibilidade de receber a Santíssima Eucaristia. Para isso, ele mesmo escreveu um Catecismo; chamado Catecismo de São Pio X. (Baixe o Catecismo de São Pio X em PDF).

Aos que o chamavam de santo, ele brincava: «Santo não, Sarto!» Fazendo um trocadilho com o seu sobrenome.

Faleceu em Roma em 20 de agosto de 1914, com fama de santidade. Tinha 79 anos.

Não deixe de ver a homilia do padre Paulo Ricardo sobre o Papa São Pio X.

15 de agosto de 2017

Quaresma de São Miguel Arcanjo

A "Quaresma de São Miguel Arcanjo" surgiu com São Francisco de Assis, que tinha uma grande devoção pelo Arcanjo. No ano de 1224, terminando a Festa da Assunção de Nossa Senhora, São Francisco foi para o monte Alverne, buscando um local distante do povoado, e propício para a oração. Chegando lá, decidiu dedicar 40 dias de oração e jejum em honra do Arcanjo, e em preparação de sua Festa (dia 29 de setembro). Disse ele: "Para honra de DEUS, da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma Quaresma." E foi durante uma Quaresma de São Miguel, dois anos antes de sua gloriosa morte, que o Santo Seráfico recebeu a impressão dos estigmas de JESUS.


Para fazer a Quaresma de São Miguel Arcanjo, você pode preparar um altarzinho em sua casa, colocando:
- uma imagem ou estampa abençoada de São Miguel;
- acender uma vela benta;
- fazer as orações em honra de São Miguel;
- colocar uma intenção, e oferecer uma penitência durante os dias desta Quaresma.

A Quaresma de São Miguel é tradicionalmente iniciada no dia da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto), e termina no dia 28 de setembro, já que a Festa dos Santos Arcanjos é no dia 29 de setembro.

Não existe uma oração específica para a Quaresma de São Miguel, já que São Francisco não deixou nada registrado das orações que ele fazia para esta ocasião.

Popularmente, costuma-se rezar, além da Oração a São Miguel, a Ladainha e a Consagração ao Santo Arcanjo.

Há também quem reze a Coroa ou Terço de São Miguel, e outras orações. Vamos colocar abaixo, as três primeiras orações.

Orações para a Quaresma de São Miguel

Oração a São Miguel
versão reduzida
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio! Subjugue-o Deus, instantemente vos pedimos! E vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo Divino Poder, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perderem as almas. Amém.
Veja aqui a versão completa da Oração a São Miguel, composta pelo papa Leão XIII.

Ladainha a São Miguel
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Ícone de São Miguel
de Longobardo

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel Arcanjo, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

- Rogai por nós, ó glorioso São Miguel Arcanjo, Príncipe da Igreja de Cristo,
- para que sejamos dignos de Suas promessas. Amém.

Oremos: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu, e a trocar os bens do tempo presente pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos. Amém.

Consagração a São Miguel

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.


É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça de amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima.

Alcançai-me a aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no céu.

São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo. Amém. 

13 de agosto de 2017

A volta pra casa...

Joe Robins era um homem que tinha tudo o que muitos gostariam de ter: uma família maravilhosa. Sua esposa, Margarett, lhe amava muito. Era uma esposa muito dedicada e ótima mãe. Além disso, eles tinham dois filhos sadios e inteligentes: Frederick e Elizabeth.

Só havia uma coisa em sua esposa que lhe desagradava: tudo o que ela fazia tinha que ter Deus no meio. Robins dizia não acreditar em Deus. Na verdade, ele tinha raiva de DEUS, mesmo sem saber o porquê; e achava qualquer coisa relacionada à religião era uma perda de tempo.

Todas as noites, Margarett reunia os filhos para ler a Bíblia e rezar o Terço. Robins irritado, saía de perto, ligava a televisão, ou ia beber.

Certa vez, ele resolveu ir com sua família para a fazenda, descansar. Ao chegar, pegou seu filho Frederick e foi para o campo.

_ “Vamos procurar o 'tesouro' que o rico rei escondeu?” - disse o pai brincando.

E os dois foram. Depois de um tempo, cansado de brincar com o filho, Robins sentou-se à sombra de uma árvore e começou a considerar a trajetória de sua vida: lembrou-se de sua infância, de sua família, e do grande império de riquezas que possuía hoje: casas, carros, cavalos, possibilidade de viagens... tinha todas as coisas que sempre desejou ter desde criança. Ele havia conseguido acumular todos esses bens, mas... em algum momento de sua vida, ele havia perdido um, apenas um... mas que fazia mais falta do que todos os outros: a felicidade! Sua vida parecia não ter sentido! Na verdade, mesmo tendo tudo, e até mesmo uma família maravilhosa, ele não era feliz, pois sentia um grande vazio dentro de si.

Uma ansiedade em saber o porquê disto cresceu em seu coração, e ele desabafou:
_ “Deus, se você existe, me faça entender por que mesmo não sofrendo fome, frio, tendo dinheiro, saúde e uma família maravilhosa, não sou feliz!”

Enquanto isso, seu filho, longe de todas essas preocupações, inocentemente folheava o livro “O mágico de Oz” que havia acabado de ganhar.

De repente, uma ventania começou a balançar as árvores com força. Vendo isto, Robins pensou alto: “As árvores são mais feliz do que eu: não têm inteligência e assim não têm preocupações se vão cair ou não com este vento; não têm memória e assim não sofrem relembrando o dia em que perderam algum galho em muitas outras ventanias; não têm vontade própria, assim não precisam se preocupar em fazer escolhas”.

Enquanto considerava isto, seu filhinho se aproximou e mostrando o livro, disse: “Pai, lê pra mim!”

Robins, começou a folhear o livro e, mostrando as gravuras, procurou contar com suas próprias palavras, e da melhor maneira possível, a estória; querendo dar ao filho uma lição de felicidade e esperança: o que ele mesmo não tinha. E assim como toda criança, a cada instante Frederick lhe interrompia com mil 'porquês'.

_ “Pai, por que o 'Homem de lata' queria um coração?”
_ “Ora, para poder amar e lembrar-se dos fatos felizes que sempre ficam guardados no coração!”

_ “Pai, por que o 'Leão' queria coragem?”
_ “Para conseguir realizar seus sonhos, sendo capaz de fazer boas coisas com a sua própria vontade.”

_ “Por que o 'Homem de palha' queria... um... ‘céleblo’?
_ “Se diz 'cérebro'!... Ele queria um cérebro para poder ser inteligente como um homem, e não burro como a palha que nem sabe que existe.”

_ “E a Dorothy? Ela também queria essas coisas?”
_ “Não, ela já tinha todas essas coisas. Ela só queria voltar para casa.”

Frederick fixou o olhar nas gravuras do livro com muita intensidade e afirmou:
_ “Então só ela que vai ser feliz!”

_ “Por quê?” perguntou o pai intrigado.
_ “Porque ela é a única que já tem o que procura!”

Impressionado com a resposta do filho, Robins fechou o livro.

É claro que este não era o verdadeiro fim da estória, mas não deixava de ser muito mais real. Pegou seu filho pelas mãos, e para disfarçar a emoção disse:
_ “Então, vamos voltar para casa, igual a Dorothy.”

Mas logo, Frederick, soltou de suas mãos, e foi correndo na frente, feliz, grintando: “Sim! Vamos voltar para casa... nós também já temos o que procuramos!”

Mais emocionado ainda Joe Robins foi caminhando lentamente para casa e refletindo. Lembrou-se de ter escutado sua esposa dizer certa noite para seus filhos que o ser humano é muito mais importante e feliz do que todos os outros seres, porque é o único que foi criado à 'Imagem e Semelhança de Deus', e que para jamais perder esta 'Imagem e Semelhança', tinha que buscar sempre a Deus, através da oração.

Joe, sentou-se novamente na relva e começou a chorar. Em toda a sua vida, ele jamais havia se preocupado em pensar em Deus, nem mesmo para agradecer por tudo o que tinha e por sua família. Ele nunca tinha enxergado que desde que nasceu já possuía tudo o que poderia fazê-lo feliz: uma alma que poderia viver eternamente e amar a Deus... e assim, passou a vida inteira procurando a felicidade nos bens e prazeres do mundo, e em ser alguém importante.

Hoje, seu pequeno Frederick tinha-o feito entender o sentido que buscava para sua vida. Ele não precisava buscar tantas coisas, pois Deus já havia lhe dado tudo: a inteligência para poder reconhecer a existência de Deus através das coisas mais simples e relacionar-se com Ele; uma memória para lembrar o quanto Deus havia feito obras maravilhosas em sua vida; e uma vontade para poder recomeçar a cada dia. Ele só precisava voltar para casa... e ele sabia que 'essa casa' significava muito mais do que 'o lugar' em que ele morava. Levantando-se depressa, alcançou seu filho, colocou-o nos ombros, e correndo em direção à casa, gritava:
_ “Sim! Vamos voltar para casa... nós também já temos o que procuramos!”

Nesta mesma noite, quando Margarett foi pegar a Bíblia na estante para ler para seus filhos, não a encontrou. Começou a procurar dentro das gavetas, em baixo dos móveis, em todos os lugares. Quando chegou na sala, surpreendeu-se.

_ “Você está atrasada” - disse Joe sorrindo.


Por R. Maria. Blog "Filhas de Maria Rosa Mística". Esta é uma estória fictícia. As imagens deste 'Post' são ilustrativas. Pode-se copiar o texto. Favor, ao copiá-lo, citar a fonte. DEUS lhe pague!

6 de agosto de 2017

Menina Mártir da Eucaristia

Dia 06 de agosto
é o dia mundial de oração pelos cristãos perseguidos!
Visite o Site da Ajuda Igreja que sofre

Esta é uma história verídica!

Imagem ilustrativa
Relatamos a seguir uma história verídica contada pelo Arcebispo Fulton Sheen.

Ele possuía uma eloquência natural e falava com o poder do Espírito Santo.

Dois meses antes de sua morte, em 1979, um jornalista de uma TV americana perguntou-lhe: “Vossa Excelência inspirou milhões de pessoas pelo mundo. Quem lhe serviu de inspiração?”.

Ele respondeu: “Foi uma pequena chinesa de dez anos”; e relatou a seguinte história:

“Foi nos anos 50. Uma garotinha chinesa, chamada “Li” tinha feito há pouco tempo a Primeira Eucaristia. Nessa época a perseguição religiosa na China já era grande. 

Os militares comunistas invadiam escolas e igrejas, arrancando os crucifixos, maltratando e prendendo as pessoas, profanado os sacrários.

Um dia eles invadiram a escola de Li. Arrombaram o sacrário e jogaram as hóstias consagradas no chão, aos gritos: “Agora vamos ver se Cristo sabe defender-se. Vejam o que eu faço com Ele!”

“Padre Luc, das Missões Estrangeiras, escondidos pelos paroquianos, presenciou tudo do coro da Igreja. Ele rezava e sofria por não poder fazer nada. Se fosse descoberto, os paroquianos seriam presos por traição.

De repente, a porta da Igreja se abriu. Era a pequena Li. Conseguiu enganar os guardas e entrou sem fazer barulho. Se fosse descoberta seria morta imediatamente.

Ela se aproximou do altar e se ajoelhou diante das Hóstias espalhadas pelo chão. Com as mãos posta ela rezou, adorou em silêncio, como lhe havia ensinado a Irmã Eufrasine. Permaneceu uma hora em adoração. Depois se abaixou e apanhou, com a língua, uma das Hóstias Consagradas. Rezou um instante e silenciosamente foi embora.

Padre Luc se perguntava porque ela não havia tomado todas as Hóstias de uma vez. Mas a Irmã Eufrasine lhe havia ensinado que bastava uma Hóstia por dia.

Assim, todas as manhãs, a pequena Li voltava à Igreja e fazia a mesma coisa. Padre Luc sabia que eram 32 hóstias.




No 32º dia, ao amanhecer, Li conseguiu entrar na Igreja e se aproximar do altar. Ajoelhou-se e rezou junto à última Hóstia.

Mas, o militar que estava de guarda acordou e disparou o revólver. Ouviu-se um bater seco, seguido de uma grande gargalhada.

Padre Luc julgou-a morta. Mas ela conseguiu rastejar até a Hóstia e, com a língua, tomou-a do chão.

Li comungou e morreu. Havia conseguido salvar todas as Hóstias!

Fulton Sheen dizia: “O amor desta criança por Jesus na Eucaristia me impressionou de tal modo que, quando conheci sua história, fiz uma promessa: que em todos os dias de minha vida, até morrer, eu faria uma hora de adoração diante do Santíssimo Sacramento”.


(Fonte: Revista Brasil Cristão 08/2009)

4 de agosto de 2017

Dia do padre

A todos os sacerdotes:
DEUS lhes pague
pelo seu 'sim'!

Cada sacerdote é um
Dom da Misericórdia de DEUS
para as almas!





Dos Escritos da Serva de DEUS
Madre Luiza Margarida Claret de La Touche


"Bossuet diz em algum lugar, falando da Santíssima Virgem:

'Maria é um CRISTO começado'.
O Sacerdote é um CRISTO continuado.

Sua vida é como um prolongamento, através dos séculos, da vida terrestre de JESUS. Sua palavra não é um eco, mais ou menos sonoro, da Palavra do Mestre: é a própria Palavra de JESUS passando por sua voz, pois não disse nosso Divino Salvador a Seus sacerdotes: 'Aquele que vos ouve a Mim ouve'? (Lc 10, 16).

Fazer conhecer JESUS sob o aspecto mais amável, mais manso, mais atraente; fazer penetrar nas almas o reconhecimento da Misericórdia, abrir os corações à confiança e ao amor, eis a Obra do sacerdote!


Como é consolador! Como o sacerdote é feliz em ser o Ministro de um DEUS de Misericórdia! Seu coração deveria fundir em seu peito, pelos ardores de um inexprimível amor, quando sente poder dizer à alma pecadora, em Nome de JESUS, estas palavra Divina: Eu te absolvo! Nunca o sacerdote é tão elevado, nunca tão revestido de DEUS, como quando perdoa e absolve!

É desejo ardente de JESUS CRISTO ver seus sacerdotes penetrados pela sublime graça de seu caráter e ao mesmo tempo pelo sentimento de sua fraqueza, virem a Seu Coração e receberem, desse foco Divino, a luz que ilumina e o calor que vivifica.

Ide, pois, sacerdotes de JESUS às fontes do Salvador. Ide colar vosso lábios a essa Chaga de Amor de onde brota o Sangue de vossos Cálices. Ide a esse foco do Amor Infinito. Enchei de fogo vosso peito; enchei-vos de amor e espalhai-o pelo mundo. JESUS trouxe o fogo à terra; Seu desejo é de que se acenda e queime (cf. Lc 12, 49), e deveis ser vós, sacerdotes de JESUS CRISTO, a atear estas Divinas chamas e abrasar o mundo no Amor".




O Cura d'Ars e o caminho para o Céu


Na entrada da cidade de Ars, na França, encontra-se uma imagem do padroeiro dos Sacerdortes, São João Maria Vianney,  junto com um pequeno pastor; mostrando o santo apontando para o Céu. Este monumento faz memória a um bonito episódio na vida do santo. Leia abaixo o artigo e conheça mais a vida do humilde padroeiro dos sacerdotes.

Jean-Marie Baptiste Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, em Dardilly, uma vilarejo a dez quilômetros da cidade de Lyon, na França. Seus pais chamavam-se Mateus e Maria.

Ele foi o quarto de sete filhos. João-Maria só pôde frequentar a Escola na adolescência, e por apenas dois anos, pois precisava trabalhar no campo para ajudar no sustento da casa. Entretanto, não deixava de ir à igreja. É certo que desde criança já dizia que queria ser Sacerdote. 

Mas para alcançar o caminho do Sacerdócio teve que passar por grandes tribulações. A primeira delas foi enfrentar a oposição de seu pai... Só aos 20 anos, com o apoio de seu Pároco, conseguiu ingressar no Seminário. Mas lá surgiram outros obstáculos para o jovem Vianney, por causa de sua pouca instrução, ele começou a ter muitas dificuldades nos estudos e não conseguia acompanhar os outros Seminaristas. Entretanto, ele era um exímio exemplo de humildade, obediência, caridade, piedade e perseverança.

Assim, depois de inúmeras dificuldades, foi ordenado Sacerdote em 1815, mas com um impedimento: não poderia atender as confissões; pois ele era considerado incapaz de guiar as consciências e orientar os fieis. Vianney acolheu com humildade, mas grande dor no coração, este impedimento, mas confiava na Providência e Bondade de DEUS. Só depois de três anos de Ordenação, com o apoio de seu diretor espiritual, o abade Malley - que conhecia suas virtudes - ele conseguiu a permissão de atender as confissões. Foi então designado Vigário geral da pequena localidade de  'Ars-sur-formans'.
Assim, em fevereiro de 1818, numa carroça, onde carregava apenas alguns pertences e seus livros, João Maria Vianney foi em direção à sua nova paróquia.
A localidade de Ars, que possuía pouco mais de duzentos habitantes, era bastante conhecida por seus habitantes infiéis e violentos. As tabernas ficavam lotadas, a igreja vazia. E foi esta paróquia, que não era aceita por nenhum sacerdote, que o jovem padre João-Maria Vianney acolheu com amor, e lá permaneceu até a sua morte.
Conta a tradição que chegando próximo a Ars, sem ainda conhecer direito o caminho, encontrou um pequeno pastor e lhe pediu informações. Ao garoto que lhe ajudara ele respondeu: "Me mostraste o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu".
Hoje, um monumento na entrada de Ars faz memória a esse episódio. Este menino, chamava Antonio Grive, e foi o primeiro paroquiano a morrer depois de São João Maria Vianney; que assim lhe mostrou o caminho do céu.
A princípio ninguém valorizou o novo Pároco e nem mesmo frequentava a Santa Missa. Mesmo assim, Vianney abria a igreja, celebrava o Santo Sacrifício e ali permanecia horas e horas em adoração. Na paróquia ele fazia tudo, inclusive os serviços de casa e sua própria refeição.
Aos poucos, por curiosidade, as pessoas do povoado foram se aproximando, para ver quem era aquele padre que permanecia horas e horas em adoração. Mas foram quase 13 anos de luta para conseguir a conversão dos moradores, mas com perseverança, e também pelo testemunho de santidade, o padre Vianney acabou mudando este cenário. As tabernas começaram a ficar vazias, e a igreja lotada de pessoas que queriam reconciliar-se com Deus, através do Sacramento da Confissão, e escutar os sábios conselhos daquele humilde sacerdote.
Deus lhe concedeu o dom dos milagres. Ele, por humildade, atribuía-os todos a Santa Filomena, da qual era grande devoto.
Com o tempo, sua fama de santidade e dons místicos percorreu a Europa, e o local tornou-se um Centro de Peregrinações. Muitos acorriam à paróquia de Ars para ver o padre santo e confessar-se com ele; e para isto esperavam horas ou dias inteiros.

Conta-se que um destes peregrinos (há duas versões: uma versão de que foi um médico de Paris, e outra que diz que foi um Advogado de Lyon)depois de voltar de uma visita ao Cura d'Ars, questionado por seus amigos, que lhe perguntaram: "O que você viu em Ars?" Respondeu-lhes: "Eu vi Deus em um homem!"
O 'Cura' de Ars, como era chamado - como tantos outros santos - não tinha tempo para descansar. Seu tempo era todo para Deus e para as almas. Alimentava-se pouquíssimo, dormia menos que quatro horas por noite, e ficava longas horas em adoração, ou com seu Rosário nas mãos, e mais um grande período do dia no Confessionário.

Por algumas vezes, ele tentou sair de Ars, para ingressar em um Mosteiro, pois almejava a vida contemplativa, mas os habitantes de Ars, já conhecendo sua santidade, o buscavam de volta. Conta-se que chegaram a se revesar em turnos de vigília para verificar se ele não fugia escondido da cidade.

Durante a sua vida sofreu muitos ataques do demônio; que um dia chegou até a incendiar sua cama, para matá-lo. Mas, com grande confiança em DEUS e humildade, ele vencia as tentações... assim DEUS lhe concedeu o dom de expulsar os demônios.
Consumido pela fadiga, sem nenhum sinal de agonia, entregou sua alma para DEUS, na presença de seu confessor e algumas pessoas mais próximas, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade.

Os paroquianos e milhares de peregrinos desfilaram diante de seu corpo durante quarenta e oito horas sem interrupção. 
Foi beatificado por São Pio X em 5 de janeiro de 1905, e canonizado por Pio XI em 31 de maio de 1925, mas bem antes de ser canonizado já era venerado como santo.
O seu corpo foi encontrado incorrupto, e atualmente repousa em um altar lateral no Santuário de Santa Filomena, em Ars, igreja construída conforme o desejo do Santo, que era muito devoto da santa mártir.
Em 1929 foi declarado Patrono dos Párocos pelo papa Pio XI, e Padroeiro de todos os Sacerdotes em 2010, pelo papa Bento XVI.
Algumas memoráveis frases do santo
"O meu Rosário vale mais do que meus cem sermões."
"Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar."
"Para que nossa oração seja ouvida não depende da quantidade de palavras, mas do fervor de nossas almas."
"O meio mais seguro de fazermos a Vontade de Deus, é rezarmos a nossa boa Mãe."
"Meu Deus eu vos amo, e o meu único desejo é amar-vos até o último suspiro da minha vida."
"Entre a eternidade e o último suspiro paira um abismo de misericórdia."
"Meu Deus infinitamente amável, eu vos amo e preferiria morrer amando-vos a viver sem vos amar."
"Cada hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano."

"Quando comunga, a alma se impregna do bálsamo do amor, como a abelha do perfume das flores."
"Exala de uma alma onde reside o Espírito Santo um perfume tão delicado quanto o de uma videira em flores."
"Se tiver muito, dê muito. Se tiver pouco, dê pouco. Mas sempre dê com o coração e com alegria."
"O demônio só tenta aqueles que querem sair do pecado e aqueles que estão em estado de Graça; os outros já lhe pertencem, não precisam ser tentados."

"Se em tua caminhada não bateres de frente ao diabo, é porque estás caminhando na mesma direção que ele."
"Deixai uma paróquia sem padre durante 20 anos e aí se adorarão os animais."
"Se entendêssemos na terra o que é um padre, morreríamos não de susto, mas de amor."
"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo."
"O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os Sacramentos. Ele não é para si, é para vós!"
* * *
Nestes dois links você encontra a emocionante narrativa da vida de São Cura d'Ars, e muitas fotos dos locais em que o Santo viveu: Amor Mariano e Apostolado dos Sagrados Corações