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1ª Estação: JESUS é condenado à morte
Reza-se no início de cada Estação:
D.: Nós Vos adoramos, Santíssimo
Senhor Jesus Cristo, e Vos
bendizemos;
T.: Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
A Santíssima Virgem é a Imaculada Conceição, ou seja, Ela
nasceu sem o pecado original, e podemos perfeitamente chamá-la de “a concepção
sem pecado”. Este é um dos Dogmas Marianos, ao qual devemos aceder com fé.
O pecado é a verdadeira condenção à
morte. E se é grave (mortal), é pior que uma morte temporal, pois leva à condenção
eterna. Nós nascemos manchados com o pecado original, réus do inferno, mas
graças à Misericórdia infinita de Deus, pela morte de Cristo, e através do
Batismo, recebemos o perdão do pecado original, mas para continuarmos isentos
de pecados, sejam graves ou leves, precisamos lutar a vida inteira, fugir do
pecado, buscar sempre o Sacramento da Confissão.
Que pela morte de Cristo e pelos
méritos que o Pai Eterno concedeu à Imaculada Conceição, possamos alcançar as
graças para nossa salvação eterna. Amen.
Reza-se no fim de cada Estação:
D.: Ave Maria… Tende piedade de nós,
Senhor!
T.: Tende piedade de nós!
D.: Que as almas dos fieis defuntos,
T.: pela Misericórdia de Deus, dencansem em paz. Amém.
2ª Estação: JESUS recebe a Cruz com um
beijo
Segundo a Tradição, e vários místicos afirmam, a
Santíssima Virgem teve a plenitude das
graças e o uso da razão desde o primeiro instante de vida. Não foi por
acaso que o Anjo Gabriel a saudou de uma forma inaudita, como nunca outra
pessoa foi saudada: “Ave! Maria, Gratia plena!”
Jesus recebeu a Cruz com um beijo, pois como
Verdadeiro Deus, Ele sabia que aquele infame instrumento de condenação agora
se tornaria um instrumento de graças, e escola de sabedoria e conhecimento
celeste para todos os santos e para todos os que, seguindo Seu exemplo,
abraçasse as cruzes de cada dia.
Ensinai-nos, ó Mãe da Graça, a acolhermos, como vós, e
como vosso Filho Jesus, as cruzes de cada dia: Ave! Crux, Spes unica! Amen.
3ª Estação: JESUS cai pela primeira vez
Outra grandeza da Santíssima Virgem é a isenção de todo pecado atual e de
qualquer inclinação para o mal. A Santíssima Virgem jamais caiu em nenhuma
falta, nem mesmo leve. Sua vida foi toda um caminho reto e firme, crescente em
santidade, em direção a Deus.
A primeira queda de Jesus lembra a primeira queda de
cada alma, as vezes até em idade pueril, no pecado grave. Que horror! Que
desgraça terrível! E pensar que hoje em dia, as pessoas nem se importam em
educar suas crianças para que tenham horror do pecado.
Ó Mãe, assim como correstes para sustentar seu Filho
Divino, que caía com a Cruz às costas, nas ruas de Jerusalém, correi também ao
encontro de cada um de nós, vossos filhos, para que não caiamos em pecado. Amen.
4ª Estação: JESUS encontra Sua aflita Mãe
A terceira grandeza da Santíssima Virgem que queremos
meditar é a sua correspondência perfeita
à Graça.
É unânime em toda a Tradição, que a Santíssima Virgem,
durante o percurso de Jesus até o Calvário, conseguiu aproximar-se d’Ele. Os
dois olhares se encontraram num misto de dor e de amor. De certa forma, a
presença da Santíssima Virgem era para Jesus como um bálsamo em meio à tantas
dores. Contemplando-a, Ele podia descansar o Seu olhar - entumecido por tantos
horrores à vista de tantos pecados - em uma criatura que sempre foi fiel e sempre correspondeu a Graça de Deus, e
mais ainda, uma pessoa - a Sua própria Mãe - que, naquele momento, podia unir-se perfeitamente ao Seu holocausto de
Amor.
Faze, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta o espinho da
dor, para contigo chorar... Ó Santa Mãe dá-me isto, trazer as chagas de Cristo,
gravadas no coração. Amen.
5ª Estação: JESUS recebe ajuda de Cireneu
A maior dignidade da Santíssima Virgem Maria, é sem
dúvida a Maternidade Divina, outro
Dogma Mariano. Esta dignidade é o princípio e o fundamento de todas as outras
grandezas. Podemos dizer que esta era a sua vocação, para isso Ela nasceu.
Simão de Cirene, recebeu a missão de auxiliar o
Salvador no carregamento da Cruz. Este penoso encargo foi a maior graça que ele
pôde ter em sua vida, e que mudou completamente o rumo de vida.
Cada um de nós recebe também uma missão nesta vida, e vivê-la
cem por cento deve ser a nossa única meta; isso será o fundamento para
alcançarmos a santidade e a vida eterna. Que a Mãe Celeste nos possa auxiliar
na compreensão e pleno cumprimento da nossa missão. Amen.
6ª Estação: JESUS imprime a Face no véu
de Verônica
Só em uma alma completamente límpida, Deus pode
estampar-Se com perfeição. Maria foi Virgem antes, durante e depois do parto: a
Virgindade Perpétua, Dogma de fé, é
também uma das 12 grandezas da Imaculada.
Jesus quis deixar Sua Face estampada no Véu de
Verônica; devemos também nós almejar esta graça, mas, mais que em um tecido,
que possamos estampar em nossa alma, e em nosso coração, a Face Augusta de
nosso Salvador. E se para que isso ocorra, é preciso ter alma e coração
límpidos, corramos aos pés de nossa Mãe Santíssima, para que passando por suas
mãos puríssimas, e seu Coração Imaculado, sejamos alvejados e enriquecidos com
seus adornos maternais. Amen.
7ª Estação: JESUS cai pela segunda vez
O
parto milagroso e sem dor, outra prerrogativa de Maria, foi
consequência óbvia da sua Maternidade divina. Ela não simplesmente dava à luz
um filho qualquer, mas d’Ela nascia "a própria Luz, que vindo ao mundo ilumina
todos os homens." (cf. Jo 1,9)
A segunda queda de Jesus nos lembra as trevas e a dor
do pecador, quando reincide no pecado e não tem forças para levantar, já que a
dor e o sofrimento é consequência da desordem causada pelo pecado original.
Ó Mãe debaixo da Cruz, não sofrestes no nascimento do
vosso Divino Filho, mas sofrestes terrivelmente no nosso nascimento místico; intercedei por nós. Amen.
8ª Estação: JESUS fala às mulheres
O Dogma da Assunção de Maria diz:
“tendo completado o curso de sua vida terrestre, foi assumida de corpo e alma à
glória celeste”, assim crê os cristãos que sua
morte foi causada unicamente por veemência de amor.
O amor deve ser o motor que rege a
vida de todos nós. São Paulo nos ensina que “ainda que entregássemos o corpo para ser queimado, se não tivéssemos
caridade, de nada valeria!” (Cf. ICor 13,3). Jesus exortou as mulheres para
que não chorassem por acontecimentos externos, mas por causa do pecado e por
suas consequências.
Ó Mãe de amor, ensina-nos a fazer de
nossa vida um contínuo ato de amor, que começará aqui e continuará na
eternidade. Amen.
9ª Estação: JESUS cai pela terceira vez
A Imaculada teve a incorruptibilidade do corpo no túmulo.
Já para nós, é reservada outra sorte. O famoso hino “Dies iræ” nos lembra isso
ao cantar o Julgamento Final: “Dia de ira
aquele dia, em que os séculos se dissolverão em cinzas... Dia de lágrimas
aquele dia, em que ressurgirá das cinzas o homem para ser julgado”. Todos
retornarão ao pó, consequência do pecado original (Gn 3,19).
A terceira queda de Jesus é refletida
por muitos como a última queda do pecador, já próximo de sua morte. Momento
terrível, onde o pecador empedernido vê o destino que o espera se não se arrepender
a tempo.
À vossa proteção recorremos, Santa Mãe
de Deus, não desprezeis as nossas súplicas na hora extrema de nossa vida, mas
livrai-nos do desespero e da morte eterna. Amen.
10ª Estação: JESUS é despojado de Suas
vestes
Como o corpo da Imaculada nunca foi morada de pecado,
mas ao contrário, foi Arca santíssima, onde habitou o próprio Deus,
naturalmente teve Ela a ressurreição
antecipada e a Assunção de corpo e alma ao Céu.
São João Paulo II, em suas catequeses sobre a Teologia
do Corpo afirma: “o corpo é capaz de
tornar visível o que é invisível: o espiritual e o divino”; ele “foi criado
para transferir para a realidade visível do mundo o mistério oculto desde a
eternidade em Deus e assim ser sinal d'Ele”. Assim, nosso corpo, que pelo
Batismo, se torna Templo do Espírito Santo, e que ressuscitará no último dia,
deve ser tratado com dignidade.
Jesus foi despojado de Suas vestes também para reparar
os pecados que os homens cometem em seu próprio corpo: a imodéstia, a
impureza, o prazer, o uso de drogas, tatuagens, as cirurgias plásticas tanto
para a vaidade, quanto para o pecado do homossexualismo...
Que a Virgem, por seu Coração Imaculado, possa
resgatar-nos deste mar de lama, que mancha nosso corpo, e principalmente nossa
alma. Amen.
11ª Estação: JESUS é pregado na Cruz
“Junto à Cruz de Jesus estava, de pé, Sua
Mãe... Quando Jesus viu Sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à Sua
Mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua Mãe. E
dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.” (cf. Jo 19,25-27).
Jesus na Cruz é Rei. A Cruz é o Seu Trono. Os pobres
pecadores arrependidos, que antes eram Seus súditos, agora, redimidos, se
tornam Seus irmãos, pois a Santíssima Virgem aos pés da Cruz, tornou-se nossa
Mãe. Ela também é Rainha aos pés da Cruz, e foi coroada como Rainha do Céu e da terra.
Salvai-nos, Maria, Mãe e Rainha, pelo vosso Coração
Imaculado. Amen.
12ª Estação: JESUS agoniza e morre na
Cruz
Que cena vemos no Calvário? Jesus em
Seu Trono Real e a Santíssima Virgem a Seus pés, o apóstolo João, Madalena e as
outras mulheres. Também os outros crucificados, os sodados e algozes, os
fariseus e mestres do Templo, o povo de maneira geral... e nós! Sim! Cada um de
nós estava lá, presente no Sagrado Coração de JESUS e no Coração Imaculado de
Maria: “E quando Eu for levantado da
terra, atrairei todos os homens a Mim.” (Jo 12,31-32). Mas, como poderemos
ser atraídos por Jesus crucificado, sendo que a visão da Cruz nos atemoriza?
No Antigo Testamento existiu uma
rainha, Ester, pré-figura da nossa Mãe Santíssima, que em vista do perigo de morte de seu povo,
recorreu ao rei... mas sua prece cai muito melhor nos lábios da Santíssima Virgem
aos pés da Cruz; pois sabemos do seu poder
de intercessão junto de Deus.
“O Rei estava sentado sobre o Seu
Trono Real... logo que o Rei viu a Rainha, Sua graça O conquistou, de sorte que
Ele estendeu o cetro de ouro que tinha na mão... Qual o teu pedido, Rainha,
qual o teu desejo? Ainda que Me peças a metade de meu reino, Eu to daria!... A
Rainha respondeu: Se achei Graça diante de Vós, ó Rei, e se Lhe parecer bem,
concede-nos a vida – eis o meu pedido – salva o meu povo – eis o meu desejo!”
Amen.
Orações finais: Reza-se ainda: 1 Pai-nosso; 1 Ave-Maria e 1 Glória, nas intenções do Sumo Pontífice, para alcançar as indulgências desta santa devoção, que por caridade podemos aplicar às Almas do Purgatório.