Colocamos aqui um maravilhoso testemunho de
amor, fé e coragem. É a história de Fortunata Cargnin, uma humilde
camponesa gaúcha, brasileira de ascendência italiana, de 27 anos de idade, e
que deve servir de modelo para todas as mães!
O fato aconteceu em 1929, em Vila Cruz, na zona rural do município de Nova Palma, no estado do Rio Grande do Sul (Brasil).
Fortunata e seu esposo Sebastião Cargnin, moíam cana-de-açúcar em um rústico
moinho. Por uma distração, a sua mão esquerda prendeu-se nos cilindros de
madeira e ficou completamente esmagada. Era o início de muitas horas de dor.
Para chegar ao hospital mais próximo,
distante cerca de 50 Km de sua casa, eles levaram 10 horas, viajando numa
carroça, em péssimas estradas. Chegando lá, a dura constatação do médico: era
necessário amputar imediatamente o que restava da mão, e para isso, tomar
anestesia geral, que na época era feita por inalação de éter.
Fortunata revelou ao médico que estava grávida de três meses e perguntou se a anestesia influiria na gravidez. O médico argumentou que, neste caso, o bebê seria sacrificado, para que a vida dela fosse salva.
Fortunata respondeu decididamente: “Pode cortar sem anestesia!”
Além da dor da amputação, ela enfrentou o preconceito e as críticas dos parentes e vizinhos, pois
o casal já tinha 6 filhos. Alguns diziam: “Chega de filhos!”, ao que ela sempre
respondia: “Os filhos que o
Senhor me enviar, eu aceito.”
Seis meses depois, em fevereiro de 1930,
nasceram dois bebês. Fortunata não sabia que estava grávida de gêmeos. Eram
dois meninos, que receberam o nome de Daniel e Abraão.
Depois deles, Fortunata e
Sebastião tiveram mais seis filhos, de modo que o casal teve ao todo 14 filhos!
Daniel e Abraão cresceram com um sonho: o sacerdócio, mas como a família era pobre, não tinham condição de realizar este sonho…
Mesmo assim, conseguiram entrar na Congregação dos Palotinos, e tornaram-se religiosos; só mais tarde, em 1972, aos 42 anos, foram ordenados sacerdotes!
E foi nessa ocasião, na Celebração de Ordenação Sacerdotal, que foi levada à público a história do nascimento deles, ou seja, que ela teve a mão amputada para salvar os filhos... Interessante o detalhe: a mãe amputou a mão sem anestesia para dar à vida aos filhos que mais tarde teriam as mãos ungidas e consagradas para o Sacerdócio!
E mais um detalhe que revela a grandeza de alma dessa mãe católica: ela
nunca se queixou do que sofrera, nem mesmo se gabou do que fizera... até então,
guardara o silêncio, pois para ela “importava
apenas que Deus soubesse o seu gesto”.
O Padre Daniel Cargnin, além de Sacerdote e
Pároco de Nova Treviso, foi cientista muito respeitado, como Paleontólogo e estudioso
de fósseis minerais. O Padre Abraão Cargnin, foi pároco de Nova Esperança;
ambos da Diocese de Santa Maria.
Quatro das filhas do casal tornaram-se Religiosas, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.
Todos os
filhos tiveram muito orgulho do gesto de sua mãe. “O exemplo de vida que ela deu foi de paz e tranquilidade,
considero-a a bondade em pessoa”, declarou Irmã Santina, uma
das filhas religiosa.
Fortunata faleceu em paz em 1976. Os dois
padres também já faleceram.
A história de Fortunata aconteceu há muitos
anos, mas possui uma mensagem forte ainda para os dias de hoje, pois a opção
pela vida não perde sua atualidade jamais! Quantos padres, quantos santos, quantos cientistas foram
executados neste crime tão hediondo?!!
Que possamos, como esta mãe, ter a têmpera
dos mártires, e não ter medo de nos oferecermos e nos doarmos, escolhendo em
primeiro lugar a Vida!
Maria, Mãe das mães, rogai por nossas mães,
para que sejam corajosas portadoras da Vida!
http://recadosdoaarao.com.br/carrega.php?cat=7&id=2108 (Jornal Novo Milênio: 20 outubro 1997)
http://www.fundadores.org.br/AbortoNao/principal.asp?IdTexto=910&pag=1&categ=1
Que lindo! Emocionante! Esta mãe deve ser santa no céu, sem dúvida!
ResponderExcluirEu também sou da família Cargnin, eu me chamo Cleide Maria Cargnin de Oliveira. Moro em Paranavai cidade do Paraná.
ResponderExcluirQue bênção!
ExcluirOrgulho de ser bisneto da Fortunata cargnin .
ResponderExcluirQue maravilha!!! Há um tempo atrás, nós ligamos para a Cúria Diocesana de Santa Maria, e falamos com a Secretária (parece-me que o Bispo estava na sala no momento, pois lembro-me bem de que a secretária falou com um homem que estava a seu lado, para me responder) perguntando se não havia nenhum processo de Beatificação iniciado na Diocese para ela (pois não tenho nenhuma dúvida de que seja uma santa), então, para minha tristeza, me responderam que já tinham olhado isso, mas não tinha ido para frente. Penso que vocês que são da família, poderiam se unir para ver isso... primeiro pesquisar a vida dela, tudo o que puderem achar de fotos e de fatos, o local onde ela foi enterrada, etc... e, claro, divulgar... para que cresça a devoção... só assim a Diocese pode abrir formalmente o processo de Beatificação/Canonização.
ExcluirQue orgulho ser cargnin está parente e uma santa que está no coração de cada um de nós
ResponderExcluirTenho muito orgulho pois é a mãe do filho mais velho e este sendo meu pai, onde diga-se de passagem foi até a Bíblia e escolheu meu nome, me chamo Humilde Cargnin Quatrin , sou muito grata
ResponderExcluirQue história desta mulher. .
ResponderExcluir