Há muito tempo desejamos colocar aqui no Blog alguma postagem sobre a oração do "Terço da Misericórdia", ou seja, sobre a maneira correta de se rezá-lo, já que são muitas e muitas pessoas que o tem rezado de maneira errada, provavelmente por falta de compreensão do próprio conteúdo e sentido da oração, ou mesmo pela falta de conhecimento gramatical.
A partir do número 474 do Diário, Santa Faustina narra como se deu o surgimento deste Terço, e como ela foi inspirada a rezá-lo. Assim, não foi simplesmente algo criado pela devoção popular, nem mesmo criado pela própria santa. Ela escreveu: «À noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira divina (...) Comecei a fazer a súplica a DEUS pelo mundo com palavras ouvidas interiormente (...) Quando eu assim rezava, vi a impotência do Anjo, que não podia executar o castigo justo, merecido por causa dos pecados (...)» (Diário n. 474).
A partir do número 474 do Diário, Santa Faustina narra como se deu o surgimento deste Terço, e como ela foi inspirada a rezá-lo. Assim, não foi simplesmente algo criado pela devoção popular, nem mesmo criado pela própria santa. Ela escreveu: «À noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira divina (...) Comecei a fazer a súplica a DEUS pelo mundo com palavras ouvidas interiormente (...) Quando eu assim rezava, vi a impotência do Anjo, que não podia executar o castigo justo, merecido por causa dos pecados (...)» (Diário n. 474).
A fórmula correta do Terço da Misericórdia se encontra entre os números 475-476. Interessante verificar que Santa Faustina rezou a primeira vez tudo como uma só oração, mas depois foi instruída por uma voz interior da maneira correta de rezá-la:
«As palavras com que suplicava a DEUS eram as seguintes: Eterno PAI, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor JESUS CRISTO, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro; pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós.
No dia seguinte pela manhã, quando entrei na nossa Capela, ouvi interiormente estas palavras: "Toda vez que entrar na Capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem."
Quando rezei essa oração, ouvi na alma estas palavras: "Essa oração é para aplacar a Minha ira; recitá-la-ás por nove dias por meio do terço do Rosário da seguinte maneira:
Primeiro rezarás um Pai Nosso e Ave Maria e o Credo,
em seguida, nas contas do Pai Nosso, dirás as seguintes palavras: Eterno PAI, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor JESUS CRISTO, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Nas contas das Ave Maria rezarás as seguintes palavras: Pela Sua dolorosa Paixão, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.
No fim rezarás três vezes estas palavras: DEUS Santo, DEUS Forte, DEUS Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro".»
Agora, vamos esclarecer:
= Em primeiro lugar, a ordem correta de se rezar as orações iniciais é: PAI-nosso, Ave-Maria e Credo; pois foi assim que DEUS quis e inspirou à Santa Faustina. Portanto, nada de rezar primeiro o Credo, depois o PAI Nosso e a Ave-Maria, como é feito no Rosário Mariano.
= Em segundo lugar deve ficar bem claro que este Terço deve ser rezado na 'primeira pessoa do singular'! Ainda que o Terço seja rezado por várias pessoas, cada uma vai dizer: «... eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue... em expiação dos nossos pecados», e não como alguns rezam erroneamente: "nós Vos oferecemos o Corpo e o Sangue...".
Isso não é egoísmo, ao contrário, pois cada pessoa estará rezando individualmente, mas em nome de todas as outras, que também precisam da Misericórdia de DEUS.
= Em terceiro lugar, saibamos que o Terço da Misericórdia é dirigido à DEUS PAI, e não a JESUS; como claramente se vê na fórmula:
«Eterno PAI, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de nosso Senhor JESUS CRISTO...»
Assim é na primeira, mas também na segunda parte do Terço. Ele todo é rezado a DEUS PAI. Isso significa que no decorrer do Terço não vamos dizer erradamente:
O correto é dizer: «Pela Sua dolorosa Paixão, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.» Deve-se dizer "Sua" mesmo, e sem "ó JESUS" no final.
Para entender melhor, vamos recordar os Pronomes Possessivos.
Assim, no "Terço da Misericórdia", nós (primeira pessoa) estamos falando com DEUS PAI (segunda pessoa) sobre JESUS (terceira pessoa); por isso deve-se utilizar o pronome "Seu".
Portanto, no trecho «Pela Sua dolorosa Paixão» não estamos falando com JESUS, mas estamos falando de JESUS, ou seja, estamos falando com DEUS PAI sobre JESUS.
= E por fim, lembremos que não é correto acrescentar outras palavras e expressões, que não estão no original. Por exemplo: não é necessário dizer: "...em expiação dos nossos pecados e dos pecados do mundo inteiro." No original, não tem este acréscimo. Basta dizer somente: «...em expiação dos nossos pecados e os do mundo inteiro.»
= Durante a oração do "Terço da Misericórdia" não se diz nenhuma jaculatória; isso não faz parte do Terço a qual Santa Faustina foi inspirada. Mas por quê tudo isso? É porque o Terço da Misericórdia é uma breve oração, mas ao mesmo tempo muito forte.
O certo é - para quem quiser - dizer estas jaculatórias após terminar todo o Terço. As mais conhecidas, seriam: «Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de JESUS, como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós!» e «JESUS, eu confio em Vós!»
Isso não é egoísmo, ao contrário, pois cada pessoa estará rezando individualmente, mas em nome de todas as outras, que também precisam da Misericórdia de DEUS.
= Em terceiro lugar, saibamos que o Terço da Misericórdia é dirigido à DEUS PAI, e não a JESUS; como claramente se vê na fórmula:
«Eterno PAI, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de nosso Senhor JESUS CRISTO...»
Assim é na primeira, mas também na segunda parte do Terço. Ele todo é rezado a DEUS PAI. Isso significa que no decorrer do Terço não vamos dizer erradamente:
"Pela Vossa dolorosa Paixão, ó JESUS..."
ou
"Pela Tua dolorosa Paixão, ó JESUS!"
O correto é dizer: «Pela Sua dolorosa Paixão, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.» Deve-se dizer "Sua" mesmo, e sem "ó JESUS" no final.
Para entender melhor, vamos recordar os Pronomes Possessivos.
- Meu - se refere à "primeira pessoa", ou seja, a própria pessoa que está falando. Ex.: "Este é o meu livro."
- Teu (ou Vosso - é mais comum em algumas regiões do país, ou é usado para exprimir respeito com a pessoa que se fala) - se refere à "segunda pessoa", ou seja, a pessoa com quem você está falando. Ex.: "Este é o teu livro." - "Este é o vosso livro."
- Seu (Sua) - se refere à "terceira pessoa", ou seja, a pessoa da qual você está falando. Ex.: "João não foi à aula, mas o professor não teve dúvidas de que aquele era o seu livro."
Assim, no "Terço da Misericórdia", nós (primeira pessoa) estamos falando com DEUS PAI (segunda pessoa) sobre JESUS (terceira pessoa); por isso deve-se utilizar o pronome "Seu".
Portanto, no trecho «Pela Sua dolorosa Paixão» não estamos falando com JESUS, mas estamos falando de JESUS, ou seja, estamos falando com DEUS PAI sobre JESUS.
= E por fim, lembremos que não é correto acrescentar outras palavras e expressões, que não estão no original. Por exemplo: não é necessário dizer: "...em expiação dos nossos pecados e dos pecados do mundo inteiro." No original, não tem este acréscimo. Basta dizer somente: «...em expiação dos nossos pecados e os do mundo inteiro.»
= Durante a oração do "Terço da Misericórdia" não se diz nenhuma jaculatória; isso não faz parte do Terço a qual Santa Faustina foi inspirada. Mas por quê tudo isso? É porque o Terço da Misericórdia é uma breve oração, mas ao mesmo tempo muito forte.
O certo é - para quem quiser - dizer estas jaculatórias após terminar todo o Terço. As mais conhecidas, seriam: «Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de JESUS, como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós!» e «JESUS, eu confio em Vós!»
Boa noite! Eu tenho uma dúvida; por que falamos Jesus eu confio em vós e não em Jesus eu confio em ti?
ResponderExcluirLouvor a Deus! Boa pergunta! Realmente, se fôssemos olhar pela regra gramatical, o correto seria "ti", mas geralmente, em relação às Pessoas Divinas, utiliza-se o "Vós", porque se trata de Deus, que é Uno, mas também Trino, assim, seria 2a Pessoa do plural; mas também por questão de respeito, como utilizamos nos "Pronomes de Tratamento", por exemplo: Vossa Senhoria.
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